Corey Taylor, do Slipknot, anuncia primeiro álbum solo
O novo álbum de Corey Taylor, vocalista do Slipknot e Stone Sour, já está a caminho, com previsão de lançamento mundial para 2 de outubro, pela Roadrunner Records. O trabalho, nomeado CMFT, é a abreviação Corey Mother Fucking Taylor e traz vários estilos de músicas, desde hard rock, bem como rock clássico até punk e hip hop. A princípio, dois singles que compõe o álbum já foram disponibilizados nas plataformas de streaming, são eles CMFT Must Be Stopped, lançado na última semana e Black Eyes Blue, nesta quarta-feira (19). Nesse ínterim, este primeiro clipe já atingiu 2,4 milhões de visualizações no YouTube. Enquanto o mais recente, caminha para atingir o #1 na Hard Rock Songwriters, da Billboard. CMFT possui 13 faixas, que foram gravadas no Hideout Studio em Vegas. A produção foi de Jay Ruston e contou com a participação dos guitarristas Christian Martucci e Zach Throne, do baixista Jason Christopher, assim como do baterista Dustin Robert. Confira as faixas que compõe o CMFT HWY 666 Black Eyes Blue Samantha’s Gone Meine Lux Halfway Down Silverfish Kansas Culture Head Everybody Dies On My Birthday The Maria Fire Home CMFT Must Be Stopped [Feat. Tech N9ne & Kid Bookie] European Tour Bus Bathroom Song Por fim, podemos esperar um álbum com um roteiro selvagem e emocionante.
Benziê tem novo EP; Ouça Quando é Pra Valer
Na última sexta-feira (14), o duo Benziê lançou o EP Quando é Pra Valer, trabalho que representa um novo ciclo na vida de Du Pessoa e Vic Conegero. O casal de namorados está de casa nova: de São Paulo para o Litoral, onde a partir de agora estarão ainda mais conectados com as temáticas presentes em suas letras. “Toda essa mudança é a realização de um sonho antigo, tenho certeza que isso vai refletir muita verdade e essência pra nossa músicas”, diz Du. “Afinal, agora posso surfar e criar músicas todo dia, bem como durante essa temporada nossa base é o mar”. Com uma produção híbrida, assinada por dois dos produtores mais requisitados do mercado, Jeff Pina – conhecido por trabalhos com Anavitoria – e Marcio Arantes – que recentemente assinou projetos do rapper Emicida, o EP traz desde o MPB ao reggae. Neste mesmo ínterim, as faixas carregam mensagens positivas que colocam o duo na cena Good Vibes, encabeçada por artistas como Melim e Lagum. “Trabalhar com pessoas que sempre admiramos é um verdadeiro privilégio. Aprendi muito durante as gravações, os dois são muito talentosos. Foi uma verdadeira aula”, conta Vic. Por fim, de casa nova, Benziê promete ainda mais inspiração para projetos futuros. Ouça:
One Direction: 10 anos de história
Há exatos 10 anos, nascia nos palcos do The X-Factor UK (2010), a boyband One Direction, que vinha para deixar sua marca no pop. Naquele ano, os adolescentes Harry Styles, Liam Payne, Louis Tomlinson, Niall Horan e Zayn Malik foram atrás de seus sonhos como artistas solo. Entretanto, em uma jogada de Simon Cowell – diga-se de passagem, muito bem feita –, acabaram se tornando uma boyband. Foram diversas apresentações que levaram os meninos ao terceiro lugar da competição. Futuramente, entretanto, ocupariam o primeiro lugar das maiores paradas do mundo, inclusive, da Billboard. One Direction com músicas, vídeos e filmes Após diversos covers como Torn (Natalie Imbruglia), Viva La Vida (Coldplay), Kids In America (Kim Wilde) e muitos outros, One Direction enfim, tomou sua direção própria com o debute de Up All Night. Lançado em 2011, Up All Night carrega um dos singles mais marcantes da década, What Makes You Beautiful, bem como One Thing e Gotta Be You. O álbum deu nome à primeira turnê da banda, no mesmo ano. Logo depois vieram os álbuns Take Me Home (2012), Midnight Memories (2013), Four (2014) e por último, Made in The A.M (2015). Além dos álbuns, One Direction lançou diversos clipes como o romântico Little Things (2012), o divertido Best Song Ever (2013) e o memorável Steal My Girl (2014), que levou chuva ao deserto. Definitivamente, ninguém parava esses meninos e em 2013, eles lançaram seu primeiro filme, This Is Us. Em 2014, foi a vez do documentário Where We Are – The Concert Film. Quando as direções se tornaram opostas Apesar do grande sucesso, que levou One Direction a grandes turnês que reuniam milhares de fã em estádios por todo o mundo, os integrantes decidiram seguir caminhos opostos. Em março de 2014, Zayn Malik anunciou através das redes sociais que deixaria a banda. Em 2016, após inúmeras turnês, a banda decidiu entrar em hiato, que acabou se estendendo até os dias de hoje. Atualmente, cada um dos integrantes tem sua própria carreira, mas ainda assim o nome One Direction se destaca entre todas elas. Não por não terem reconhecimento ou talento em suas carreiras solo, mas porque juntos, fizeram história. One Direction comemora com vídeo especial As redes sociais amanheceram cheias de fotos e lembranças da boyband, que completa uma década de história. Harry, Liam, Louis e Niall fizeram postagens em agradecimento a todo apoio e sucesso, bem como vários dos integrantes da equipe 1D. E não parou só por aí: foi lançado um site oficial com uma linha do tempo que relembra toda a trajetória da banda, bem como um vídeo em homenagem a todos estes anos. (Confesso que chorei). A fã base se destacou no twitter, dominando todos os assuntos do momento com hashtags e travando o site, o que ocasionou uma brincadeira da produção: “One Direction quebrando a internet, de novo”. Além disso, como mais um presente, a 1D decidiu lançar seus maiores singles em versão 4K, que serão lançados até o dia 28. Directioners: a fã base que segue em uma direção Para mim, falar da One Direction é tão fácil, mas ao mesmo tempo tão difícil que às vezes, me perco. Confesso que hoje o dia foi movido à emoção. Lembro perfeitamente da primeira música que ouvi, o primeiro clipe e a decisão de criar um fã clube. Era dia 22 de setembro de 2012. Lembro dos sonhos, das amizades, das brincadeiras e de como cada um daqueles cinco garotos mudou a minha perspectiva. “Se eles sonharam e realizaram, eu também irei”, pensava. Da mesma forma, lembro do show, 11 de maio de 2014, em São Paulo. As luzes se apagaram, a batida de Midnight Memories começou, o chão tremeu e então eu os vi. Como eu, há diversos outros fãs (apelidados carinhosamente de directioners) que em entrevista, relataram seus sentimentos sobre o marco dos 10 anos. “One Direction sempre foi mais do que uma simples banda pra mim. Quando conheci os meninos, eu estava passando por uma fase muito difícil na minha vida, e as músicas, os vídeos e todo esse mundo voltado a eles me ajudou a superar esse momento”, comenta a fã Beatriz Santos. Gabriely Coelho relembra o quanto a banda a incentivou e inspirou na escolha da carreira. “Me pergunto se teria sido diferente se mesmo de tão longe, aqueles cinco garotos incríveis não tivessem entrado na minha vida”, comenta. “Ser fã me fez sentir parte de algo muito maior. Me deu amizades que carrego até hoje, inúmeras alegrias e momentos inesquecíveis, seja no lançamento de músicas, clipes ou filmes”, diz a directioner Catarina Barbosa. Por fim, um adendo: não importa quanto tempo passe, ou como passe. One Direction será, para sempre, a boyband que marcou a vida de diversos fãs pelo mundo – incluindo a minha.
Entrevista | Pedro Bara – “É nosso dever participar de ações que promovam o bem”
Estamos em contagem regressiva para o Juntos Pela Vila Gilda, que reunirá diversos artistas em uma boa causa. Entre eles está o roxo guitarra, Pedro Bara. A sua história com a música começou quando ele ainda era criança. Começou a tocar guitarra sozinho aos nove anos, entretanto, foi aos 12 que teve seu primeiro encontro com o blues. “Eu estava aprendendo a escrever. Lembro que meu pai tinha uma coleção de discos, a maior parte de bandas inglesas dos anos 60”, relembra Pedro. “Isso me levou a procurar estilos que influenciavam aquele som e acabei encontrando blues”. Entre suas primeiras influências estão Eric Clapton, Fleetwood Mac, Rolling Stones, entre outros. O álbum de estreia: Heading To The Moon Aos 17 anos, Bara lançou o seu primeiro álbum, Heading To The Moon (2018), com 11 músicas autorais que foram compostas em parceria com Carlos Sander e Alexandre Fontanetti. Com uma estreia marcante na cidade de Santos, o álbum combina blues tradicional e moderno, rock, soul e funk. O disco não só foi parar em rádios do Reino Unido, como também entrou na lista das mais tocadas em duas delas. “Ter minhas músicas tocadas nos lugares que serviram de berço para o que eu admiro é uma grande realização”, comenta. “Ouvir meu som numa rádio inglesa foi surreal” Com esse lançamento, Pedro passou a ser uma promessa do blues nacional. Em 2019, foi citado pela A Tribuna entre os 10 nomes mais relevantes da música na região. “Este disco foi decisivo para que eu integrasse em alguns palcos extremamente importantes no cenário nacional, como o Santos Jazz Festival, a Mostra Blues”, conclui o músico. Pedro Bara no Juntos Pela Vila Gilda Para o evento beneficente que acontece no próximo fim de semana, o artista gravou um versão de uma música que gosta muito, na companhia de Silas Andrade no sax e André Matanó no piano. Bara acredita que os artistas devem estar unidos em prol de eventos como este. “Nós temos o dever de estar sempre o mais próximo possível de ações que promovam o bem da sociedade”, finaliza.
Entrevista | Beline – “A música em prol de alguém, se torna algo muito maior”
O Juntos Pela Vila Gilda irá reunir diversos artistas em prol de uma única causa: ajudar o próximo. Entre eles, estão os caras da Beline. Nando (guitarra e vocal), Erick (baixo) e Matheus Oliveira (bateria), não carregam apenas o mesmo sobrenome, como também, a paixão pela música. O nome da banda faz referência ao renascentista Bellinni e isso não é em vão. Após um período sem tocar, decidiram se juntar em um projeto que seria para eles como uma forma de renascer. “A Beline veio como uma luz, trazendo à tona nossos sentimentos que foram avivados com tudo o que temos hoje”, diz Nando. Essa experiência faz com que a banda transmita ao público, através de seu trabalho, a mensagem de reinvenção e ressignificados, além do autoconhecimento que para eles não é algo efêmero, mas sim um processo. “Queremos que as pessoas se tornem cada vez melhores através deste processo. Que sejam mais felizes com o que fazem e com quem elas são”, comenta o vocalista. Beline no 16º Curta Santos Em outubro de 2018, a Beline conquistou o prêmio Videoclipe Caiçara no 16º Festival Curta Santos com seu clipe de estreia, Intangível. “Nós tínhamos gravado o nosso primeiro clipe e vimos a oportunidade de participar do evento”, relembra Nando. “Fizemos a inscrição e, de repente, recebemos a notícia de que estávamos entre os dez, então fomos a voto popular e acabamos ganhando”. Em síntese, o clipe dirigido por Matheus Correia e finalizado por Bruno Canuto levou o troféu com 1.500 votos. “Santos certamente é a casa de muitos artistas como nós e ficamos felizes pelo reconhecimento do nosso trabalho. E é claro, ver nosso clipe em uma tela de cinema foi muito legal”, brinca. O encontro do ser no Elemento Sorte O EP Elemento Sorte (2019) veio como um complemento do EP Experimental (2018), que fala sobre o autoconhecimento através de erros e acertos. “Elemento Sorte é uma segunda etapa do processo de busca do autoconhecimento. É quando você vivencia algo que conquistou durante este trajeto”, explica Nando. O trabalho possui quatro faixas e entre elas está o single Somos Vidas, lançado em dezembro do ano passado. O clipe gravado no antiquário, em Santos, traz o encontro do passado com o presente, bem como a música que carrega consigo a mensagem deste encontro. “Somos Vida, é como olhar para o espelho e falar: ‘não desista dos seus sonhos e das suas convicções’, porque eu sou feito deles, e se eu não estou crente disso, eu trilho um caminho oposto ao que acredito e logo, deixo de viver”, diz Nando. “Afinal, para mim, ter vida é ser alegre, feliz, completo”. Se reinventando em meio ao coronavírus Que a pandemia causada pelo novo coronavírus afetou todo o cenário artístico, não é novidade. Com a Beline, não foi diferente. A banda tinha diversos projetos e lançamentos para este ano, que tiveram que ser replanejados, bem como shows adiados. Entretanto, Nando vê a situação como uma oportunidade para se reinventar, afinal, este é o lema da Beline. “Nós estamos exercendo a Beline e nos reinventando em meio a este caos. Vejo como um momento de reflexão, de planejamento, não só profissional, como também artístico”, diz. “Estamos aprendendo coisas novas, inovando e buscando a melhora do nosso trabalho”. Para Nando, é importante vermos o copo mais cheio do que vazio. Beline no Juntos pela Vila Gilda Para o evento, a Beline separou seus dois singles: Intangível e Somos Vida, que serão apresentados por Nando. A banda acredita na importância da mobilização das pessoas e que há uma aproximação com o público, mesmo que à distância. “No momento em que temos a oportunidade de usar nosso trabalho para ajudar as pessoas, tudo faz mais sentido. Tudo se torna mais especial e isso nos dá força pra continuar”, diz. “E quando você usa a música em prol de alguém, ela se torna algo muito maior”, conclui o vocalista.
Entrevista | Julio Igrejas – “A música tem um poder transformador”
A banda gaúcha Julio Igrejas foi criada em dezembro de 1995. Entretanto foi apenas em 1997 que fez seu primeiro show e gravou sua primeira fita demo. Em resumo, 1996 foi destinado para a criação de músicas, ensaios e testes de formação. “Nessa época era muito difícil gravar músicas, ao contrário de hoje, que praticamente todo mundo consegue gravar em casa e com qualidade muito boa”, diz o vocalista, Christian Satã. Duas décadas é muito tempo, e de lá pra cá, muitas coisas mudaram no cenário musical. Desde a tecnologia ao marketing de divulgação, e para Christian a segunda é a mais significativa. “O final dos 1990 e o início dos anos 2000 foram maravilhosos para o cenário underground, nessa época tínhamos shows sempre lotados e um público muito sedento por novidade, o que nos dias atuais infelizmente não acontece”, comenta. “Entre as mudanças mais significativas colocaria a forma como a música é divulgada. Nós começamos com a fita cassete Demo Ska Punk (1997), passamos pelo CD-r caseiro, Músicas de Amor (2002), pelo CD-r industrial, Perfil (2006), pelo CD prensado, Descongelando Corações (2014) e chegamos à era digital com O Último Álbum (2019)”, completa. Além de Christan Satã (guitarra e vocal), a banda também conta com o talento de Luan Sanchotene (baixo e vocais) e Arthur Pitt (bateria). A era digital e O Último Álbum A princípio o nome O Último Álbum foi dado ao CD porque, provavelmente, será o último álbum lançado em mídia física. “Logo após o lançamento do Descongelando Corações, começamos a compor músicas novas para o próximo trabalho”, comenta o vocalista. Entretanto, durante o processo criativo, a banda passou por uma troca de baterista, fazendo com que oito músicas fossem arquivadas. “Depois que o baterista novo estava completamente entrosado com a banda, começamos a trabalhar naquelas oito músicas e mais algumas novas. Em 2018 entramos em estúdio para gravar as 15 músicas que estão no CD”. Além da primeira explicação para o nome do álbum, há mais uma, segundo Christian. “Decidimos fazê-lo como se fosse última coisa das nossas vidas, ou seja, com uma dedicação total”. Ska Punk Talk Show na quarentena Ska Punk Talk Show nasceu de uma brincadeira do Rafael e o Giordano, da banda Estragonoff. Antes do início da pandemia as bandas estavam preparando um show conjunto. “Queríamos fazer um evento diferente, tínhamos várias ideias”, diz Satã. Neste ínterim, veio a pandemia e o show foi adiado, mas eles não desistiram de trabalhar juntos. Então combinaram de fazer uma live em conjunto, que seria conduzida por Christian. “A ideia inicial era uma hora com cada um. Mas o papo rendeu, pessoal que estava acompanhando curtiu muito e acabamos fazendo duas horas com cada, totalizando quatro horas de live”. Infelizmente a primeira hora da live não foi gravada, entretanto um amigo percebeu e logo após gravou as horas que sucederam, se tornando o responsável pela captação e edição do programa. “Se não fosse ele, Ska Punk Talk Show seria só uma live pra quem viu na hora”. Devido à propagação do novo coronavírus, outros trabalhos da banda também precisaram de adaptação. Julio Igrejas no Juntos Pela Vila Gilda “Eu acredito que a função mais importante de uma banda é participar de ações sociais, tanto que sempre que somos convidados a participar de eventos como o Juntos Pela Vila Gilda, fazemos questão de nos envolvermos”. “Ter a possibilidade de ajudar pessoas que passam por necessidades é o mínimo que podemos fazer. A gente sempre tenta passar a ideia de alegria e de amor. Acredita que a música tem um poder transformador”, finaliza. Por fim, a banda decidiu fazer surpresa e não revelar o nome das músicas que irão apresentar, mas deixaram o spoiler: são duas músicas d’O Último Álbum.
Entrevista | Fibonattis: “Nós recebemos ajuda e ajudamos o próximo”
A Fibonattis está na lista de convidados do Juntos pela Vila Gilda, que acontece no próximo dia 25. O grupo nasceu no subúrbio de São Paulo, com o intuito de fazer a diferença no cenário em que vivia, além de fugir da superficialidade ao abordar temas que condiziam com sua realidade. Os amigos Junior Punkids (guitarra e vocal), Marlon Silva (baixo e vocal de apio), Flávio Maikon (contrabaixo) e Gilson Sousa (bateria) carregam o lema de “Banda de Punk Rock que vai do Bubblegum ao Oi!” “Fiobonattis faz referência a um personagem marcante de uma série. Também por acaso coincidiu com Fibonacci (que é considerado o primeiro grande matemático europeu), que dentro da sua sequência, apesar de bem ampla, também se encaixa na afinação de instrumento musical. Sempre digo que nossa amizade está dentro disso também”, diz Marlon. A banda carrega 77 em sua marca, e explicam o significado dele em sua história. “O número faz jus ao ano de 1977 que é considerado o mais marcante na história do punk rock. Nesse ano surgiram várias bandas que hoje são referência pra nós”. Punk, futebol, amizade e cerveja A banda possui letras descontraídas sobre futebol, cerveja e amizades. Porém não ignoram o que se passa ao seu redor. Eles acreditam que abordar esses assuntos dentro do punk abriu espaço para que outras pessoas pudessem conhecer o gênero. “É algo que faz parte da nossa vida junto ao punk rock, provavelmente o primeiro contato de todos com esporte foi através do futebol e até hoje temos contato seja assistindo na TV, indo aos estádios, jogando na rua ou jogando vídeo game”. “Futebol, amizade e cerveja são os três itens que fazem parte da vivência da maioria das pessoas. Além disso, zelamos nossas amizades e gostamos muito de cerveja”, comenta o guitarrista. Ouça Mídias Sociais: Fibonattis e a pandemia Devido à pandemia decorrente do novo coronavírus, a Fibonattis teve que suspender seus trabalhos que estavam em andamento, como a gravação de um single e também um novo disco. “O mundo está passando por um momento muito difícil. O underground já é complicado de se estar, mas a internet sempre foi aliada e estamos nos adaptando com a situação dentro do possível”, relata Marlon. Enquanto as coisas não se normalizam, eles estarão compondo mesmo que à distância, fazendo lives de música e bate-papo com parceiros para interagir com o pessoal e descontrair. “Após a quarentena automaticamente teremos novos trabalhos. Voltaremos às gravações do disco novo que conta com algumas músicas mais sóbrias”. Juntos Pela Vila Gilda A Fibonattis sempre esteve envolvida em ações sociais. “Nós recebemos ajuda e ajudamos o próximo, acreditamos que é imprescindível que as pessoas passem isso a diante”, diz Marlon Por fim, para a apresentação no evento, a banda preparou uma versão acústica da música Sem Volta. “Por ser uma letra com tema de guerra, não a tocamos em shows há muito tempo, mas entendemos que atualmente existe uma certa semelhança com atitudes de alguns líderes governamentais”, finaliza.
Entrevista | Wiseman – “Arte é vida. Arte é política e bem-estar”
A programação do Juntos Pela Vila Gilda tem vários nomes independentes que merecem sua atenção. Um deles é a banda paulistana Wiseman, que possui uma sonoridade carregada de influências de alto nível dos anos 1990. Composta por Thiagones (voz e guitarra), Luiz Chagas (bateria) e Paulo Sepúlvida (baixo), a banda nasceu em meados de 2013. Lançou a primeiro demo Reflex em 2014 e também um EP promocional em 2016. Apesar de carregar a influência de Nirvana, Seaweed, Quicksand, Farside e outras, o som do Wiseman não soa datado. Ao contrário, a banda trabalha bem as influências para entregar algo original. “Não queremos fazer músicas tipo banda X ou Y. Montamos, arranjamos, compomos os sons da forma que achamos que irão soar bem”, diz Thiagones. “As influências fazem parte da gente e obviamente estarão em nosso trabalho, mas não buscamos soar similar a elas, sabe?”, complementa. O álbum Mind Blown Em 2018, o Wiseman lançou seu primeiro álbum, Mind Blown, trazendo à tona um som denso, pesado e consideravelmente “sujo” e distorcido com vocais transitando entre belas melodias, gritos rasgados cheios de fúria e agressividade. O álbum possui dez faixas gravadas em inglês e a temática de não tolerar qualquer tipo de preconceito, como também não mais se submeter aos velhos preceitos e dogmas. O vocalista Thiagones reflete sobre as questões que englobam o mundo nos dias de hoje. “A vida é feita de ciclos. Estes ciclos acabam se repetindo principalmente quando não aprendemos com o passado. O que acontece no Brasil (especificamente, pois é aonde temos a vivência) é meio que isso. O país nunca enfrentou o passado da ditadura, nunca puniu ninguém, ou corrigiu os rumos que a escravidão deu às vidas dos descendentes do povo negro. Nunca. Sempre foi no jeitinho”. “Aboliram a escravidão. Deixaram os escravos à própria sorte, enquanto os colocavam sistematicamente à margem da sociedade. O resultado disso é esse populismo frouxo e tosco, que hoje flerta com o fascismo”. Thiagones, vocalista e guitarrista do Wiseman Para ele, nunca houve uma educação realmente libertadora, que proporcionasse um direcionamento sobre o que é cidadania para o povo, bem como ensinasse senso de comunidade. O vocalista acredita que enquanto o país se negar a aprender e corrigir os problemas do passado, não teremos um futuro. Por fim, Mind Blown contou com a produção e mixagem de Ali Zaher Jr e Thiago Babalú. Sua masterização foi feita em Los Angeles por Nick Townsend, que já trabalhou com bandas renomadas como Paramore. Ouça Factory Floor: Wiseman e os desafios da pandemia Antes da pandemia causada pelo novo coronavírus, a banda tinha iniciado seus trabalhos para o desenvolvimento do novo álbum. Entretanto, com o presente momento, estão replanejando não somente o cronograma do grupo, como também suas vidas pessoais. Sendo assim, a banda acredita que a retomada aos palcos deve começar a acontecer nos próximos meses, visando 2021. “O problema vai ser: as pessoas ainda estão interessadas em shows underground? Esse é um questionamento que vem desde muito tempo. Shows vazios, cenário com pouca rotatividade de atrações em eventos de maior porte”, comenta Thiagones. “Esse vai ser o grande desafio do underground em 2021: atrair pessoas para esse rolê independente. Talvez as coisas migrem em parte para o ambiente virtual. Veremos…” Wiseman no Juntos Pela Vila Gilda Para o Juntos Pela Vila Gilda, a banda está preparando dois sons épicos de épocas diferentes, mas que possuem a mesma energia – claro, em um formato homeoffice e acolhedor. Em síntese, eles acreditam que a participação e união dos artistas é algo muito importante para a causa. “Arte é vida. Arte é política e bem-estar. Neste momento que o país atravessa, com essa quadrilha que está (des) governando o país, mais do que nunca somos nós por nós. Se não fizermos, eles não farão. Logo, se cada banda, artista, performer puder fazer um pouco, juntando tudo, será muito”, finaliza Thiagones.
Titãs revela segundo EP do projeto Trio Acústico
Nesta sexta-feira (3), os Titãs lançaram, pela BMG, o segundo EP da trilogia Trio Acústico. A primeira parte do projeto de Sérgio Britto (vocais, piano e baixo), Tony Bellotto (violão, guitarra e variantes, e também vocal) e Branco Mello (vocais, baixo e violão) foi lançada em abril deste ano. O projeto repassa as quatro décadas de carreira da banda entre grandes sucessos, canções Lado B, como também a reengenharia de arranjos e interpretações. “Nosso critério para montagem do repertório foi parecido entre os três EPs – sucessos, músicas que tocamos sozinhos e outras que tocamos até em quinteto (com Mário Fabre na bateria e Beto Lee no violão) para que todos os lançamentos fossem proporcionais, tivessem novidades e coisas interessantes”, diz Sérgio. Músicas que marcaram a carreira dos Titãs Em suma, o EP 02 conta com oito músicas que abrangem os 20 anos inicias da carreira da banda. Enquanto Houver Sol, que abre o EP, e que foi originalmente lançada em 2003, no álbum Como Estão Vocês? Toda Cor que fez parte do álbum de estreia do grupo em 1984. Essa, em especial, marca também uma homenagem aos dois saudosos titãs compositores da canção, Marcelo Fromer e Ciro Pessoa – este faleceu em maio, no meio da pandemia. Além das duas citadas acima, podemos ouvir também: Go Back, Televisão, Nem 5 Minutos Guardados, Polícia, Homem Primata e Bichos Escrotos. “Neste EP, algumas canções ficaram especialmente diferentes. São os casos de Toda Cor, que gravei em voz e violão. Polícia, numa versão bem vazia com o Tony cantando e também, Televisão, que ganhou nova versão acústica, bem como Homem Primata, um ska com pegada rítmica bem crua e direta”, diz Branco. “Dividimos as músicas tentando manter em cada um dos EPs o espírito do show. Mas no estúdio as músicas acabam ganhando outra dimensão”, completa Bellotto. Throwback Thursday de Lugar Nenhum Na última quinta (2), o Titãs postou em seu canal do YouTube, um #TBT (Throwback Thursday/ Quinta-Feira do Retorno) do clipe de Lugar Nenhum, de 1987. Confira: