Apto Vulgar faz feat com Milton Aguiar, da Bayside Kings, em Tempo e Espaço

O quarteto Apto Vulgar avançou com seu hardcore de consciência na recém-lançada faixa Tempo e Espaço, segundo single do novo disco que chega às plataformas digitais em fevereiro. A música conta com a participação do vocalista da banda santista Bayside Kings, Milton Aguiar. Tempo e Espaço, provavelmente uma das composições mais dinâmicas e diferentes da Apto Vulgar, que transita pelo hardcore punk (com referência aos primeiros disco do seminal Terror), thrash metal e até mesmo pelo hip hop. Diferente do single lançado anteriormente, Estado da Mente, que abordava sobre questionamentos internos e pessoais na letra, Tempo e Espaço é o grito que exorciza, que coloca ideias, angústias e vitórias para fora – uma forma de manter os pés no chão e seguir em frente. “Toda essa propagandas, pessoas elegem sub celebridades, na maioria das vezes vivem uma realidade diferente da do cara que tá ali, vendo de longe aquele pote de ouro! Dizem que estão ali pra motivar os seguidores, ou talvez frustrá-los. Vivemos o mesmo tempo, ocupamos o mesmo espaço, mas a realidade é outra! Ainda mais se tratando do Brasil nesse momento”, contextualiza o vocalista Bonzo. Tempo e Espaço fala de mudança. “Queremos a mudança do governo, a mudança pra viver melhor, pra ser melhor e acreditamos na música, no hardcore e isso acaba reeducando você”, completa. A música ainda ganha o reforço dos potentes vocais de Milton Aguiar, do Bayside Kings. “Foi justamente por ele ser um cara que acredita na mudança, no 1% todo dia, que o trouxemos nesta música. Temos um enorme respeito pelo que o BSK já fez e vem fazendo”. Nova fase do Apto Vulgar O processo de composição do próximo disco, aliás, começou já antes da pandemia, nos primeiros meses de 2020. No entanto, ganhou contornos e novos significados durante este peculiar período da humanidade. “Íamos processando tudo aquilo que estava acontecendo! Cada música foi interpretada por meio de uma linguagem mais subjetiva, já que o momento ia além de só falar de política. Era hora de nos questionar também”, completa Bonzo.
Renovado e em português, Bayside Kings lança EP Existência

A existência é repleta de camadas e sensações: da vitória à derrota, da queda à redenção e da decepção à aceitação. Ser alguém único e caminhar com suas próprias convicções, além de saber viver o agora, são algumas das mensagens que o Bayside Kings escancara – e às vezes dilacera coração e alma – por meio das quatro músicas do EP Existência, o primeiro em dez anos de carreira em que o quarteto hardcore compõe em português. Junto ao EP foi lançado o videoclipe da faixa Ronin. Em resumo, a banda trata como o terceiro single do registro, após a faixa de abertura, Existência, além de Miragem. Cada música do EP traz um conceito sobre existir a partir de uma leitura do BSK. As faixas, cuja sonoridade está atrelada a um hardcore rápido e furioso (lançando mão de melodias e cadências quando necessário), funcionam e são inteligíveis tanto individualmente como uma sequência. Existência, a música de abertura, é sobre o fortalecimento do indivíduo. Miragem é a busca utópica de um amanhã que nunca chega, sem perceber que o aqui e agora é o melhor momento. Na sequência vem Ronin, que aborda a busca pelo valor da existência, que significa encarar decepções e escolhas ao longo do caminho. Encerramento e transição para o álbum O EP encerra com a forte Alpha e Ômega, que tanto fala de desejos em se desprender de regras pré-concebidas pela sociedade, como também aborda perdas, da dificuldade em encarar o final de algo. Além disso, Alpha e Ômega é a música de transição para o próximo EP. Posteriormente formará, junto ao Existência e outros registros, o álbum #livreparatodos. Aliás tem a participação de Giovani Leite no piano, que executa um interlúdio. No fim, uma dica valiosa do vocalista Milton Aguiar para se ouvir Existência: começar da última faixa, Alpha e Ômega até Existência. “Tudo tem um sentido, que revelaremos de pouco em pouco. O Bayside Kings mostra que música pode ser mais do que só música: é uma ideia, um debate e uma lição de vida”, conta. Videoclipe de Ronin Com influência da dinâmica de Cães de Aluguel, clássico do diretor Quentin Tarantino, o clipe de Ronin apresenta diversas questões acontecendo em um mesmo cenário. Como ressalta a banda, a ideia é continuar a história do Caveirinha, que não é o mesmo do clipe de Existência, é um personagem novo. Ele aparece sendo abatido e levado para interrogatório por três pessoas obscuras. “Estas três figuras representam pessoas já assimiladas pelo sistema e que negaram a própria existência para fazer parte de um regime total, por isso usam o saco na cabeça, como sem uma identificação, uma feição. Querem que o Caveirinha se torne como eles”, explica Milton. Ao final do clipe, uma surpresa: é o espectador que vai vislumbrar o desfecho do conflito. “O indivíduo tem o poder de escolha, o poder de realçar e afirmar sua particularidade perante o sistema que tenta a todo custo arrancar sua essência e aniquilar sua existência”, completa o vocalista. A mudança da Bayside Kings O cenário sócio-político nacional de 2018, conta Milton, foi o ponto de partida para a mudança na forma de levar a mensagem do Bayside Kings. “O agora e o futuro daquele tempo demandava à banda atingir nosso público e ir além de quem já nos conhece, e com uma mensagem uniforme”. As letras em português, portanto, são uma forma de conversa com outros públicos, outras culturas, além de estreitar a relação com a já sólida base de fãs e pessoas ligadas ao hardcore punk. “Queremos abrir novos campos de diálogo”, revela o vocalista, que estudou as métricas do português para adequar a sua forma de cantar – bandas como Colligere e Mais que Palavras são algumas referências para este processo. O resultado está em Existência, em que cada palavra da música é entendida. “Um recomeço, com a experiência e maturidade de dez anos. “Queremos coisas novas e esse é o momento ideal”, completa Milton.
Bayside Kings busca a urgência do agora no single Miragem

Com músicas em português e a parceria na distribuição digital com a Olga Music (braço da Ada Music), o Bayside Kings chega ao segundo single desta nova fase: Miragem, mais uma canção com reflexão existencialista por meio de um hardcore punk maduro e aberto. No single sucessor de Existência (lançado em junho) a banda santista deixa mensagem mais densa. Mensagem aborda a dualidade do sentimento de busca, como explica o vocalista Milton Aguiar. “Estamos constantemente em busca de um ponto final, pensando sempre no futuro e não raramente, neste processo, esquecemos do presente, do viver o agora”. Miragem critica a sensação do futuro que nunca chega e o sentimento de desconexão com a existência, com o agora. “Miragem fala destas buscas, às vezes utópicas quando não se leva em consideração o momento atual, o viver o presente”, completa Milton. A sonoridade acompanha a profundidade da letra e, em Miragem, o Bayside Kings soa mais melódico, cadenciado, com influência do post-hardcore da emblemática banda canadense Alexisonfire, mas sem perder o horizonte da agressividade do seu peculiar hardcore punk – agora cantado em português para igualmente melhor reverberar suas mensagens. Miragem, assim como Existência, fazem parte do primeiro EP do atual momento da banda, já nomeado #livreparatodos. A mudança O cenário sócio-político nacional de 2018, conta Milton, foi o ponto de partida para a mudança na forma de levar a mensagem do Bayside Kings. “O agora e o futuro daquele tempo demandava à banda atingir nosso público e ir além de quem já nos conhece. E com uma mensagem uniforme”. As letras em português, portanto, são uma forma de conversa com outros públicos, outras culturas. “Queremos abrir novos campos de diálogo”, revela o vocalista, que estudou as métricas do português para adequar a sua forma de cantar – bandas como Colligere e Mais que Palavras são algumas referências para este processo. O resultado está em Existência, em que cada palavra da música é entendida. “Um recomeço, com a experiência e maturidade de 10 anos. “Queremos coisas novas e esse é o momento ideal”, completa Milton.
Bayside Kings inicia nova fase em português; ouça Existência

A banda santista Bayside Kings inicia uma nova etapa da carreira com o single Existência, que chega às plataformas digitais nesta sexta-feira (25). Aliás, a faixa é um lançamento da Olga Music, braço de distribuição da Warner Music. Esta é a primeira música com letra em português da BSK. Mais do que uma mudança no idioma, o objetivo é levar a mensagem de resistência e autoconhecimento de uma forma ainda mais direta e clara. Existência é sobre ter voz e um rosto, é sobre mostrar ao indivíduo que ele existe e faz parte de um grupo ou de uma ideia. Também aponta que todas as ações devem e trazem impacto na sua própria vida e das pessoas próximas. O vocalista Milton Aguiar amplia o contexto de Existência. “Existência é o tempo do agora – o ontem já passou e o amanhã não chegou. Por isso, precisamos sentir, fazer valer e perpetuar o aqui e o agora, dar o nosso melhor no momento para existir, como um tributo ao ontem e um pavimento ao amanhã”. A mudança a partir de Existência O cenário sócio-político nacional de 2018, conta Milton, foi o ponto de partida para a mudança na forma de levar a mensagem do Bayside Kings. “O agora e o futuro daquele tempo demandava à banda atingir nosso público e ir além de quem já nos conhece, e com uma mensagem uniforme”. As letras em português, portanto, são uma forma de conversa com outros públicos, outras culturas, além de estreitar a relação com os fãs. “Queremos abrir novos campos de diálogo”, revela o vocalista, que estudou as métricas do português para adequar a sua forma de cantar – bandas como Colligere e Mais que Palavras são algumas referências para este processo. O resultado está em Existência, em que cada palavra da música é entendida. “Um recomeço, com a experiência e maturidade de 10 anos. “Queremos coisas novas e esse é o momento ideal”, completa Milton.
Supergrupo Apnea estreia com o single Star King; Ouça!

Celeiro de grandes bandas de punk e hardcore, Santos viu surgir um supergrupo: Apnea. Em resumo, o grupo é formado por Maurício Boka (Ratos de Porão), Nando Zambelli (ex-Garage Fuzz), Gabriel Imakawa (Jerseys) e Marcus Vinícius (ex–Safari Hamburguers e ex-Bayside Kings). A estreia do Apnea foi nesta sexta-feira (6) com o single Star King, lançada pela Monstro Discos. No entanto, diferentemente das suas bandas de origem, os integrantes apostam em músicas influenciadas por rock, metal, stoner e indie dos anos 1970 e 1990. Star King é a primeira das três faixas que a banda gravou em setembro, no Electro Sound Studio, estúdio comandado por Marcão Britto (ex-Charlie Brown Jr). A produção ficou por conta de André Freitas. Ademais, a faixa fará parte de um compacto em vinil 7”, a ser lançado pela Monstro com a Pecúlio Discos, no início de 2021.
Entrevista | Depois da Tempestade – “Não tem essa de ano perdido”

Depois da Tempestade é um nome carimbado por aqui. Formada em 2012, em Santos, a banda é contemporânea do Blog n’ Roll. Atualmente a formação conta com Victor Birkett (voz), Mily Taormina (baixo e voz), Gutto Albuquerque (guitarra), Bruno Andrade (bateria) e Maru Mowhawk (teclado). Iniciando no metalcore e hoje pisando no rock alternativo, o grupo adquiriu em oito anos de carreira inúmeras influências, como o alt-pop e a música latina. Só para ilustrar, hoje a Depois da Tempestade carrega em sua trajetória 3 EPs, 1 álbum de estúdio, 2 faixas acústicas, 3 singles inéditos, 1 cover e 1 remix. Está bom para você assim? Entre contos de aventuras da carreira, lives com outros artistas e até lançamento de remix, a banda não ficou parada durante esta pandemia. Além disso, divulga seu roteiro semanal de stories no Instagram e a todo momento interage com seus fãs. Confira a seguir a entrevista que fizemos com o vocalista da Depois da Tempestade, Victor Birkett. Nessa época de quarentena, vocês estão bem ativos nas redes sociais. Lançaram cover da Bayside Kings, fizeram lives com outros artistas e estão interagindo com os fãs. Houve retorno para a banda? Se sim, como tem sido? Acredito que nossa atividade nas redes sociais já está vindo em um ciclo forte desde os últimos meses do ano passado. Pudemos notar a resposta imediata do público no único show que fizemos em Santos em 2020, em janeiro, na Tenda da praia do Embaré. Foi justamente o evento onde éramos atração principal e que mais atraiu gente até hoje. A situação da quarentena acabou vindo como um choque depois desse momento promissor, mas consequentemente manteve e intensificou o contato com nossa fanbase gerando uma formação natural de novos fãs e seguidores. Mesmo com todos os contratempos, esse foi o ano onde mais nos escutaram no Spotify, por exemplo. Já na metade de 2020 superamos os ouvintes de todos os outros anos contabilizados juntos, desde 2015, que foi quando entramos na plataforma. Além desse ter sido o ano que mais vendemos produtos online. Acreditamos que quando voltarmos aos palcos poderemos sentir essa força virtual se transformando em força orgânica e real. Em maio vocês lançaram o remix de Máscaras de Oxigênio em parceria com o produtor the.lazyb. Quais os próximos planos para a banda? Terão mais novidades neste ano? Estamos com um material quase pronto para ser gravado, mas ainda precisamos de alguns meses de sessões de ensaio com o produtor musical, André Freitas, que foi responsável tanto pelo nosso EP Mutáv3l, quanto pelo disco Multiverso. Conversamos e chegamos à conclusão que já que esperamos tanto para esse lançar esse novo EP ou disco, não teria lógica correr para lançar ele agora.Guardamos para o momento ideal, que pode até mesmo ser no ano que vem. O remix com nosso amigo the.lazyb já foi uma das consequências e soluções da quarentena e recebemos um retorno bem positivo do nosso público, que se mostrou aberto a esse tipo de experimentação, que pode voltar a ser usada em breve. Estaremos trabalhando no formato single pelo restante do ano, mas não vamos falar de datas antes de termos faixas prontas. Queremos nos manter o mais ativos e emergentes que conseguirmos. Não tem essa de ano perdido, 2020 foi um dos anos mais importantes para nós até hoje. Foi uma espécie de consolidação. Queremos aproveitar o momento e esperar pelos próximos anos. Por último e não mais importante, a Depois da Tempestade irá participar do evento Juntos Pela Vila Gilda. O que vocês pensam sobre a importância de projetos beneficentes fazerem o mundo olhar e ajudar a região? Foi um convite recebido com muito carinho por nós. Se podemos oferecer serviço através da arte e isso for pago trazendo frutos positivos para milhares de pessoas, é sinal que nosso papel como artista foi cumprindo, né? Gostamos de pensar em toda essa conexão e força que a música tem. Fazer parte disso é continuar uma corrente de paz, amor e liberdade que tantos ídolos nossos fizeram no passado e fazem até hoje. As presenças nacionais, internacionais e regionais só abrilhantaram o movimento. Toda a nossa prestação de respeito a cada um que está passando dificuldades nesse momento.
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Escalada para o Oxigênio Festival, Bayside Kings fala sobre o festival e projetos

Garage Sounds #05 – Bayside Kings, o clássico contemporâneo
