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Artistas transformam hits de Cássia Eller em reggae e ska em coletânea

Quente, envolvente, solar, relax. Assim era Cássia Eller. E assim é o segundo volume do álbum Cássia Reggae (Universal Music), lançado nesta sexta-feira (25), que reúne artistas de diferentes personalidades – bem no estilo eclético da cantora: Samuel Rosa, Roberta Campos, Mart’Nália, Frejat, Otto, Beto Lee e Armandinho Macedo dão nova vida às canções interpretadas pela artista, que completaria 60 anos no próximo dia 10 de dezembro. A produção musical, artística e arranjos do álbum são assinados por Fernando Nunes e Sergio Fouad. “A proposta desta homenagem é unir artistas que Cássia admirava a outros que ela teria gostado de conhecer”, diz Fernando Nunes. Se o álbum é uma festa, ela acontece à beira-mar. Lua cheia, vento gostoso e canções eternizadas na memória dos fãs com novas levadas e belezas. Uma big band comandada por Fernando Nunes abre o disco com Luz dos Olhos (Nando Reis), canção que une um naipe de metais efervescente, arranjado por Nunes e Tércio Guimarães, a uma interpretação única de Samuel Rosa, lembrando a conexão entre a canção e os primeiros anos do Skank. A noite esquenta com o hit Relicário em um ska moderno e acelerado do jovem Dada Yute, considerado uma “jovem lenda” do reggae nacional. Os efeitos eletrônicos na música e nas vozes amplificam o som, aquele suingue perfeito para as noites de lua cheia. O segundo volume do projeto Cássia Reggae traz uma raridade renovada. A suave Flor do Sol, composta por Cássia e Simone Saback em 1982 – e redescoberta 30 anos depois -, ganha uma versão envolvente e contemplativa na bela voz de Roberta Campos. Se fecharmos os olhos, podemos “ver” as vozes de Roberta e Cássia caminhando juntas na areia. O álbum segue ao comando dos fortes ventos no irreverente e dançante ska Todas As Mulheres Do Mundo. A música de Rita Lee gravada por Eller em 1998 no disco Veneno Vivo recebe vívida releitura de Ana Cañas, Tacy de Campos e Beto Lee, que também toca guitarra na gravação. A festa está formada! O luau entre amigos desce para pertinho da água na delicada Preciso dizer que te Amo (Dé Palmeira, Bebel Gilberto e Cazuza), em um encontro especial de Mart’Nália e Frejat nos vocais. A sexta e última faixa, Mapa do meu Nada, recomeça a festa num ragga muffin com personalidade nordestina, fruto do encontro do eletro pernambucano de Otto com o guitar man baiano Armandinho Macedo, numa versão bem rítmica e percussiva, características do compositor Carlinhos Brown. Cássia Reggae [Vol. 2] é uma fluida continuidade do primeiro álbum da série e o clima “all-stars” segue com entrosamento e criatividade. “Temos grandes performances no álbum e um repertório de músicas maravilhosas que viraram pérolas na voz dela. Mesmo tendo essa pegada blues-rock, Cássia Eller passeava com facilidade por vários ritmos. Gravou Eleanor Rigby em reggae no seu primeiro disco…já flertava com o estilo desde sempre”, diz Fernando Nunes.
Pioneiro do rock brasileiro, Erasmo Carlos morre aos 81 anos

O cantor e compositor Erasmo Carlos faleceu nesta terça-feira (22) aos 81 anos. O artista havia passado por uma internação há mais de uma semana em um hospital na cidade do Rio de Janeiro, porém, voltou a ser entubado na última segunda-feira (21). A causa oficial da morte ainda não foi divulgada. Conhecido por ser um dos pioneiros do rock brasileiro, Erasmo Carlos deixa um grande legado para a música no Brasil. Foram 50 anos de estrada, mais de 500 canções e muitos sucessos, como Além do Horizonte, É Preciso Saber Viver, O Bom. Na Tijuca, Zona Norte do Rio de Janeiro, o garoto Erasmo Esteves cresceu cercado por elementos que tornariam sua identidade musical singular. Já adolescente, fez destacar sua personalidade no meio de um bando de fãs de rock´n´roll e bossa nova que se reunia no hoje famoso Bar Divino, na Rua do Matoso. Tim Maia e Jorge Ben, ambos maníacos por música, faziam parte dessa turma. Logo depois, conheceu o capixaba aspirante a cantor Roberto Carlos, em um concerto de Bill Haley no ginásio do Maracanãzinho. Aquela visão do herói do rock americano em solo brasileiro abriu a mente de Erasmo. De volta ao bairro, formou os Snakes com os dissidentes de outro grupo local, os Sputniks – que encerraram atividades após lendária briga entre dois de seus integrantes, Roberto Carlos e Tim Maia. O grupo vocal de Erasmo estrelou algumas aventuras no underground do mercado musical, até ser contratado pela gravadora pernambucana Mocambo como “concorrentes” dos Golden Boys. Na Mocambo, os Snakes gravaram um bolachão de 78 RPM e também um compacto duplo em 1960, antes de chegarem, por fim, a um único LP, Só Twist, pela CBS em 1961. Como nem nesta oportunidade o grupo alcançou o sucesso, seu final foi decretado. Sem seu conjunto e sem a perspectiva de gravação como artista solo, Erasmo foi arranjar trabalho como assistente do apresentador e produtor Carlos Imperial – por intermédio de quem viria a tornar-se crooner do grupo Renato & Seus Blue Caps, em 1962. Com Erasmo dividindo os vocais com o baixista Paulo César, Renato & Seus Blue Caps publicaram seu primeiro LP para a Copacabana. Curiosamente, não muito depois, os Blue Caps acompanhariam o próprio Roberto Carlos na gravação de Splish Splash, numa versão para o português feita por Erasmo. O sucesso do disco garantiu não só a contratação de Renato & Seus Blue Caps pela CBS, como também o nascimento da lendária parceria entre Roberto e Erasmo. Ao mesmo tempo, Erasmo – já com o nome artístico Erasmo Carlos – tornou-se versionista para diversos artistas. Isso, somado ao sucesso de suas parcerias com Roberto, o levou no final de 1964 até a gravadora RGE (mais direcionada à MPB e ao samba), para ser o nome do selo no já disputado mercado do iê-iê-iê. O pop-rock brasileiro, que começara com o rock´n´roll dos anos 50 e havia passado pelo twist do início dos anos 60, chegava ao iê-iê-iê naquele 1964 como um reflexo comportamental local à beatlemania. A Jovem Guarda agrupou as influências do pop britânico e ganhou popularidade definitiva a partir de setembro de 1965 – quando a TV Record estreou o programa Jovem Guarda. Apresentado por Roberto, Erasmo e Wanderléa em São Paulo por três anos seguidos, o programa deu visibilidade para que Erasmo e Roberto se tornassem os principais nomes e também compositores da Jovem Guarda, com talento de sobra para garantir material de qualidade até para os colegas. Em pouco mais de cinco anos na RGE, que se estenderam até o final dos anos 60, Erasmo gravou discos com acompanhamento dos amigos Renato e seus Blue Caps, os Fevers, The Jet Black´s e The Jordans, além do Som Três de César Camargo Mariano. Com o fim do programa (e do movimento) Jovem Guarda, Erasmo mergulhou ainda mais na bossa e na MPB que vinha tangenciando ao longo dos anos. Ele, que havia composto para festivais e até gravado Aquarela do Brasil em 1969 -, voltou a morar no Rio de Janeiro e foi contratado pela PolyGram. Naquele início dos anos 70, a gravadora formou um elenco invejável de MPBistas e lá Erasmo deixaria gravados discos que bem mesclaram suas raízes roqueiras com as tendências da MPB. Influenciado pelo movimento tropicalista e pela música negra americana, cravou seqüência antológica de discos durante toda a década de 70, como Carlos, Erasmo… (1971), Sonhos & Memórias 1941-1972 (1972) ou Pelas Esquinas de Ipanema (1978). Tal fase desembocaria, já no início dos anos 80, em período de grande sucesso comercial, com os discos Erasmo Carlos Convida… (1980), Mulher (Sexo Frágil) (1981) e Amar Pra Viver ou Morrer de Amor (1982). Após trabalhar mais esporadicamente durante a década de 90 (quando regravou antigos sucessos, participou de homenagens à Jovem Guarda e de discos-tributos vários), em 2001, completou 60 anos e lançou seu 22º disco, Pra Falar de Amor. O show desse álbum foi lançado depois em CD e DVD: Erasmo Ao Vivo, que, além de registrar um momento histórico de um mito da música brasileira. No final de 2002, os 40 anos de carreira de Erasmo foram comemorados com o lançamento da caixa Mesmo Que Seja Eu – contendo toda a sua discografia no período 1971-1988, recheada de material bônus raro e inédito. No ano seguinte, ao final do 10º Prêmio Multishow de Música, Erasmo foi o grande homenageado da noite – com um prêmio especial pelo conjunto da obra. Sua discografia teve continuidade em 2004 com Santa Música, só com material inédito e nos coroando em 2007 com Erasmo Carlos Convida II reunindo feras da MPB em torno de sua obra. A escalação dessa autêntica “seleção brasileira” passa por nomes como Chico Buarque, Lulu Santos, Zeca Pagodinho, Skank, Los Hermanos, Os Cariocas, Djavan, Adriana Calcanhoto, Simone, Marisa Monte , Kid Abelha e Milton Nascimento. Nesse período, começou a escrever o seu petardo literário Minha Fama de Mau reunindo suas memórias e que veio a ser lançado em 2009. Neste mesmo ano, lançou seu
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Black Pantera celebra Dia da Consciência Negra com single Legado

Definitivamente 2022 foi o ano que consolidou o Black Pantera como uma das grandes bandas de rock da atualidade. Além da potência do som do trio mineiro, eles trazem mensagens anti-racistas fazendo dessa sua bandeira. No início do ano lançaram o sensacional Ascensão (Deck), depois se apresentaram no Rock in Rio, no festival Primavera Sound e já estão confirmados no Lollapalooza 2023. Também foram indicados a Melhor Grupo do Ano no Prêmio Multishow. Para comemorar tudo isso, reafirmar sua arte e seu lugar no mundo, o Black Pantera gravou uma música especialmente para o Dia da Consciência Negra. Legado é uma música que fala de orgulho, principalmente o que a banda tem vivido nos últimos tempos. O refrão diz “Vem ver seus filhos cantando nossos hinos”. “Esperamos que as coisas mudem para as novas gerações, né? Queremos fazer essa galera entender que o preconceito existe e que é preciso combatê-lo, e que a gente faz isso através da nossa música e tem conseguido trazer muitas pessoas para a causa”, declarou o baixista Chaene da Gama. “A música também fala da colonização e da usurpação da cultura negra pelos europeus. É uma letra forte, que combina com o mês da consciência negra, embora a gente seja consciência negra todos os dias”, finaliza.
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