Camila Cabello e Bastille são confirmados no Rock in Rio

O Rock in Rio não para! Após anunciar mais cedo a banda britânica Coldplay, o festival acaba de divulgar mais dois artistas de peso que se apresentam no espaço na mesma data: Camila Cabello e Bastille. Passando pela primeira vez pelo Palco Mundo, as atrações performam no mesmo dia que o já confirmado CeeLo Green, que fará um tributo a James Brown, o pai da soul music, no Palco Sunset. Apaixonada declarada pelo Brasil e com uma forte conexão com os fãs brasileiros, Camila Cabello faz sua primeira apresentação na Cidade do Rock no ano que vem. A cantora, que acaba de protagonizar o filme Cinderela, realizará uma performance emblemática repleta de hits como Havana, Señorita, Never Be The Same, além do recém lançado Don’t Go Yet. Em sua estreia na edição brasileira do Rock in Rio, após uma passagem pelo festival de Lisboa em 2018, os britânicos do Bastille vão agitar o público com seus sucessos. Singles como Pompeii, Happier, Good Grief e Of The Night não faltarão no repertório da banda de pop rock inglesa. Liderado pelo vocalista Dan Smith, o Bastille conquistou o primeiro lugar no UK Albums Chart logo em seu álbum de estreia, Bad Blood, além de ter vencido o prêmio de Artista Britânico Revelação do Brit Awards de 2014.

The Tower Of Montevideo: ouça novo single de Damon Albarn

The Tower Of Montevideo é a nova faixa de Damon Albarn, lançada nesta quinta-feira (14). Inspirada no Palacio Salvo, um edifício icônico dos anos 1920 no Uruguai, a canção explora a maravilha melancólica de Albarn nesta parte da América do Sul, onde o Rio De La Plata encontra o Atlântico Sul, um lugar que ele descreveu como “familiar e totalmente sobrenatural”. Para acompanhar o lançamento de The Tower Of Montevideo, um filme de performance especial e cinematográfico de uma série intitulada Sublime Boulevards – Performance Films está disponível no YouTube. The Nearer The Fountain, More Pure The Stream Flows, novo álbum de estúdio de Damon Albarn, será lançado em 12 de novembro na Transgressive Records. Originalmente concebido como uma peça orquestral inspirada nas paisagens da Islândia, 2020 viu Albarn retornar à música em lockdown e desenvolver o trabalho de 11 faixas que exploram ainda mais temas de fragilidade, perda, emergência e renascimento. O resultado é uma coleção panorâmica de canções com Albarn como contador de histórias. O título do álbum foi retirado de um poema de John Clare, Love and Memory. Em uma carreira de perpétuas mudanças musicais e exploração, o álbum se revela ainda mais terreno, encontrando arranjos orquestrais expansivos aninhados com melodias íntimas, discordâncias roçando contra majestade contagiante; tudo pronto para algumas das performances vocais mais emocionantes de Albarn até hoje. Muito parecido com a beleza e o caos do mundo natural, sua trilha sonora, The Nearer The Fountain, More Pure The Stream Flows documenta vividamente o fluxo e refluxo emocional da condição humana, em todos os seus extremos, servindo como um documento enriquecedor da alma para nossos tempos. Ao lado do lançamento digital, haverá edição limitada de formatos de vinil, além de CD e cassete, com a edição em CD incluindo Huldufólk, uma faixa “escondida” de 20 minutos de uma gravação nova e original que inspirou alguns dos temas do disco. Haverá também uma versão super deluxe do álbum, na forma de um livro de capa dura com fotografia adicional, letras digitalizadas originais e arte de Damon, junto com uma versão em vinil branco do álbum, um arquivo digital de alta qualidade e um bônus de 7″ polegadas apresentando uma música exclusiva das sessões de gravação.

Crítica | Imperial Congregation – Blood Red Throne

Se a banda toca metal extremo e vem da Noruega, é quase garantia de jogo ganho. Afinal, qualquer um que acompanha minimamente a cena mundial tem ciência de que o país é uma verdadeira usina atômica de bandas podreiras, que vão do thrash ao black metal. E claro que o death metal também dá as caras por lá, sendo o Blood Red Throne o maior nome do país. Formado em 1998, em Agder, os cinco maníacos já lançaram álbuns que já destruíram tímpanos alheios, como Affiliated With The Suffering, Brutalitarian Regime, Fit to Kill e, agora em 2021, Imperial Congregation vem para se juntar ao poderoso arsenal do grupo. A primeira coisa que chama a atenção é a belíssima arte da capa, desenhada pelo fenomenal brasileiro Marcelo Vasco, que a cada dia se supera. É de ficar olhando por vários minutos de tão bonita! Passado o impacto inicial, é hora de acionar o play e se assustar com o feroz material contido aqui. A produção, de primeiríssima qualidade, acentuou ainda mais a violência da música, chutando pra escanteio aquele papo furado de que death metal não precisa ser bem produzido. Quando a sujeira se une com o cuidado da produção, só pode resultar em perfeição. E é o que encontramos aqui. Faixas como Itika, Conquered Malevolence, Inferior Elegance, We All Bleed e Consumed Ilusion se destacam simplesmente por serem algumas das faixas mais brutais de 2021. Cozinha técnica do Blood Red Throne Individualmente, o Blood Red Throne possui músicos excelentes (os guitarristas tocam que é uma beleza) que sabem como ninguém como praticar esse estilo. Quando nos perguntam os motivos de gostar de death metal, as respostas podem ser as mais variadas possíveis. Experimente mostrar esse álbum ao autor da questão. Ele entenderá perfeitamente. Imperial CongregationAno de Lançamento: 2021Gravadora: Nuclear BlastGênero: Death Metal Faixas:1-Imperial Congregation2-Itika3-Conquered Malevolence4-Transparent Existence5-Inferior Elegance6-We All Bleed7-6:78-Consumed Illusion9-Hero -Antics10-Zarathustra

Coldplay retorna ao Palco Mundo do Rock in Rio 2022

A espera acabou! Onze anos depois de sua primeira apresentação no Rock in Rio, o Coldplay volta ao festival para encerrar a noite do dia 10 de setembro. A banda tem sido uma das mais pedidas pelo público desde sua histórica estreia no festival, em 2011. Na ocasião, a banda britânica declarou seu amor ao Rio de Janeiro com um grafite feito pelo vocalista Chris Martin nas placas de metal da cenografia do palco com a palavra “Rio” e um coração no lugar da letra “o”. Agora, o Coldplay retorna ao Rock in Rio com músicas de seu álbum Everyday Life que alcançou o primeiro lugar no UK Singles Chart. Ademais, também tocará faixas do Music of The Spheres, que será lançado nesta sexta (15). Com uma apresentação repleta de hits que animaram o público. Aliás, a passagem do Coldplay no Rock in Rio, em 2011, foi aclamada pela mídia e rendeu muitos elogios pela crítica. A começar pela performance de Mais que Nada, de Jorge Ben Jor, que surpreendeu e emocionou o público, seguido do coro dos fãs com em Viva la Vida. O álbum novo da banda, Music Of The Spheres, será lançado nesta sexta-feira (15). O primeiro single do disco foi Higher Power. Logo depois, vieram Coloratura e o hit My Universe, em parceria com a banda de k-pop BTS.

The Bombers apresenta versões de Caetano Veloso e Gilberto Gil; assista!

Recentemente, a banda santista The Bombers se apresentou no evento O Som das Palafitas, organizado pelo Instituto Arte no Dique, em Santos. E dentro da proposta do evento, todos os participantes precisavam entregar versões de Gilberto Gil e Caetano Veloso. Em resumo, uma homenagem aos 80 anos da dupla. Fugindo do óbvio, como sempre, a banda apresentou London London, Extra II (O Rock do Segurança), Vaca Profana e um medley de Nega (Photograph Blues) com Sympathy for the Devil, do Rolling Stones. O resultado dessa linda homenagem do The Bombers pode ser acompanhada abaixo. Projetos além de Caetano Veloso e Gilberto Gil A banda santista The Bombers deu início ao trabalho de divulgação do seu próximo álbum, Desplugado no Espaço Coletivo, que será lançado em 5 de novembro pela Craic Dealer Records. O primeiro single é Ardendo em Chamas, faixa do EP Bumerangue (2020). O registro faz parte do show acústico, gravado no Espaço Coletivo em São Paulo, em fevereiro, e transmitido mediante venda de ingressos em março. Em sua releitura acústica para Ardendo em Chamas, a banda conta com o vocalista e guitarrista Matheus Krempel no violão e voz e o guitarrista Gustavo Trivela na viola caipira. Aliás, eles trouxeram uma roupagem que buscou valorizar um pouco mais toda a dramaticidade melodiosa da faixa, que trata sobre crises de ansiedade. O reencontro de uma banda com o seu público é sempre muito especial. Se tratando do The Bombers, responsável por um dos shows mais empolgantes do cenário underground nacional, a sensação fica ainda mais impactante. Após um ano e meio sem tocar para um público, a banda santista, enfim, reencontrou a plateia. A apresentação no Teatro Martins Penna (Centro Cultural da Penha), em São Paulo, rolou no dia 11 de julho. Em resumo, com um repertório que engloba todas as fases, inclusive as músicas mais recentes, o Bombers traz toda sua energia em uma performance visceral sem limites. A apresentação teve incentivo da Prefeitura Municipal de São Paulo e da Secretaria Municipal de Cultura. O show contou com um seleto número de convidados na plateia (20 pessoas), seguindo todas as recomendações de segurança sanitária.

Entrevista | KK Downing – “Advogados do Judas Priest tentaram impedir minha nova banda”

Lendário guitarrista e co-fundador do Judas Priest, KK Downing está de volta aos holofotes. Após a tumultuada saída do grupo liderado por Rob Halford, em 2011, o músico ficou longe dos palcos. Agora, com o KK’s Priest, que também conta com os ex-integrantes do Judas Tim Ripper Owens e Les Binks, Downing revelou o álbum de estreia, Sermons of The Sinner. Juntamente com o lançamento do álbum, o KK ‘s Priest divulgou o clipe épico de nove minutos para o single Return of the Sentinel. Com referências aos grandes nomes da ficção científica, o lyric video parece uma combinação dos melhores elementos de cada um deles. “A música e o clipe de Return of the Sentinel definem todo o som e a imagem da evolução do metal verdadeiro e clássico… Metal que é uma parte muito importante de todos nós que estivemos juntos nesta jornada maravilhosa”, explica KK Downing, que conversou com o Blog n’ Roll sobre a nova fase da carreira. Qual é a sensação de lançar um álbum após tantos anos sem nada novo? O que fez nesse período? Foi um tempo muito bom. Fiz algumas gravações, trabalhei em alguns projetos menores, também escrevi algumas músicas para bandas mais jovens, fiz alguns shows… me mantive bem ocupado. Sempre houve uma expectativa se eu voltaria para a banda (Judas), mas o tempo passou e aqui estou eu: lançando um novo álbum e pronto para tocá-lo ao vivo. Minha jornada está nos trilhos. Como foi a gravação de Sermons of The Sinner? O tempo vai passando e coisas novas vão surgindo com a tecnologia. Mas, na realidade, quando você senta no estúdio parece que o piloto automático é ligado. Você começa a pensar que já fez isso um milhão de vezes antes. Então acaba sendo natural, mas requer bastante concentração. Pensei em todas as músicas para serem boas de se tocar ao vivo. Se, em algum momento eu tocar o álbum inteiro, quero que todas as músicas sejam ótimas ao vivo. Por isso, acredito que esse álbum tem a energia de um álbum ao vivo. Lançar um álbum sempre te coloca uma pressão. Mas dessa vez consegui aproveitar os momentos de pressão. Me senti livre para trabalhar e fazer o que quisesse. Você pensou em novos elementos ou investiu em algo mais nostálgico? Na verdade, não. Eu geralmente entro no meu mundinho. É o legado de uma vida. No Natal de 2019, comecei a trabalhar nesse álbum pensando em entregar um disco que os fãs fossem gostar. E agora, estou prestes a lançá-lo, e feliz com o resultado. Quis fazer as coisas um pouco diferentes. Tentei criar novas dinâmicas, dar mais espaço para o baixo, mudar algumas coisas nas baterias. A ideia era fazer com que tudo fosse ouvido alto, claro e dinâmico. Aliás, está com frio na barriga com a estreia do KK ‘s Downing? Acho que não muito (frio na barriga). De certa forma, estou até calmo e seguro com o lançamento. Porque eu também sou um fã, e sei o que gosto de ouvir. Então, se gosto, também espero que as outras pessoas gostem também. E se algo sai errado, já começo a pensar no próximo. Mas estou muito entusiasmado com esse álbum. Gostei muito do resultado. Estou ansioso para esse e também para o próximo. Não quero mais fazer álbuns individuais, quero que todos os próximos estejam conectados de alguma forma. Quero que essa seja a história do KK’s Priest. Quero que vire uma jornada que os fãs possam se juntar. Estou completamente a bordo dessa jornada, e não tem caminho de volta. A parte boa desse álbum foi a calma e a tranquilidade que tivemos para fazer. Comecei a trabalhar no dia de Natal em 2019, e em um ano o álbum já estava praticamente pronto. Os outros nove meses até hoje foram um luxo importante para melhorarmos algumas faixas, aumentarmos outras… foi muito bom. Pude colocar bastante guitarra no álbum, os fãs vão perceber isso. Mas não foi nada exagerado, foi na medida certa. E os shows do KK ‘s Priest? Brasil está nos planos? Adoraria tocar no Brasil. Não vejo a hora. Temos que conversar com os produtores do Brasil assim que for seguro para todos. Já toquei no Brasil muitas vezes, e quero voltar o máximo de vezes que der. Quero também tocar em países que não tive a chance, como a Venezuela, por exemplo. Só fomos para o Brasil, México e Colômbia, quero mais. Até dentro do Brasil espero poder tocar em mais cidades além das que já conheço. Como é voltar a tocar com Tim Ripper Owens e Les Binks? Quando me vi sozinho com a ideia de formar uma banda nova, logo pensei em caras que já tinha trabalhado e que eu sou amigo. Tanto Tim quanto Les tiveram participação muito importante nos nossos trabalhos anteriores, e eu sabia que seriam ótimos no novo projeto. Infelizmente, o Les teve uma lesão e mal participou da gravação do álbum. Mas ele estará na nossa turnê, e estamos ansiosos para isso. E quem sabe o KK’s Priest não receba velhos amigos (atuais integrantes do Judas) para gravar músicas no futuro? Eu vou fazer 70 anos, então é hora de celebrar não só a minha vida, mas o metal. Todos que já passaram pelo meu caminho e que de alguma forma elevaram o nome do metal. É hora de celebrar o que foi construído até aqui. Ainda pretende voltar ao Judas Priest ou o KK ‘s já preenche essa vontade? Na verdade, não. Até porque vamos ter um repertório muito vasto e muito especial nos nossos shows. A ideia é tocar o que gostamos, incluindo músicas do Judas que ajudamos a criar. Eu passei muito tempo pensando em voltar, até que em 2019 fui até eles, mas a porta se fechou para mim. Perguntei se tinham certeza de que não me queriam mais, e disseram que não, e que estavam felizes. Uma coisa que poucos sabem é que os advogados deles

Entrevista | Chase Atlantic – “O trap é o mais popular em todo o planeta”

O trio australiano de trap Chase Atlantic já acumula mais de meio bilhão de streams e se posiciona como um dos nomes mais empolgantes da atualidade. O single mais recente, Ohmami, mostra que Mitchel Cave, Clinton Cave e Christian Anthony não estão dispostos a abrir mão do trap, R&B e o alternativo psicodélico característicos. “É o tipo de música que permite que você se sinta vivo. Ainda, ao mesmo tempo, fornece uma fuga da realidade. Mesmo que seja apenas momentaneamente, você pode sentir o efeito da música persistente em sua mente como drogas audíveis”, comenta a banda. Mitchel, Clinton e Christian conversaram com o Blog n’ Roll, via Zoom, para comentar um pouco sobre a expectativa em torno da volta aos palcos, single novo, além de uma possível vinda ao Brasil. Confira abaixo. Entre este mês e novembro, vocês farão uma turnê grande por Estados Unidos e México. São os primeiros shows pós pandemia? Como está a expectativa de vocês? Christian: Nós fizemos algumas lives, mas essa será a primeira vez que voltaremos a estar em frente ao público. Clinton: Acho que será incrível. Christian: Acho que são dois anos de jornada. Internamente e emocional com alguns lançamentos. Acho que também as pessoas foram reprimidas por dois anos para saírem de novo e fazerem o que sabem de melhor. Mitchel: Também é a hora de eu voltar a ficar em forma (risos). Clinton: Essas pessoas compraram ingressos e elas realmente querem sair e ir no nosso show. Finalmente estamos tocando em espaços com tamanhos decentes para grandes públicos. Estamos com grandes expectativas. No início do ano, vocês divulgaram o álbum Beauty in Death. Ohmami, o último single, é uma prévia de um próximo álbum cheio? Mitchel: Eu não falaria em um novo álbum ainda. Nós acabamos de lançar essas músicas… Está tudo ainda bagunçado. Estamos fazendo as últimas músicas e produzindo tudo sozinhos. É um processo que mostramos. É um sinal que em breve lançaremos mais músicas no futuro, mas não necessariamente um álbum. Christian: tem um single que lançaremos em breve, a gente nunca para. Clinton: Nesse momento estamos em uma onda de focar nos singles. Acho que devemos lançar no máximo um álbum por ano, porque conta uma história. Você faz somente uma tour por ano. Mas nós fazemos tudo sozinhos. O que trouxeram de influência para fazer Ohmami? E o que motivou o Chase Atlantic a escrever essa música? Mitchel: Então, o Christian e nós tivemos a ideia de fazer uma base instrumental latina com influências espanholas. Era para ser uma batida dance hall como uma afrobeat… Mas pensamos que não queríamos apenas colocar isso no som do Chase Atlantic. Portanto, ele (Christian) fez um instrumental incrível e depois trabalhamos mais um pouco… Eu escrevi e nós demos o nome na mesma noite. Nós ligamos para o Chris e mantivemos alguns dos vocais e fizemos umas improvisações na gravação porque achamos que ficou legal. Chris: Eu acidentalmente mudei os vocais e mudei completamente o fluxo. Oh Jesus! Ficou meio caótico. Clinton: Acrescentamos algumas guitarras. Adorei o fato de que a mudança criou uma nova música. Nós temos fãs maravilhosos pelo mundo. É incrível ter fãs no Brasil, em várias regiões, como Sul, Centro e diferentes outros lugares, como na Austrália. Beauty in Death foi gravado em seu home studio. Ohmami marcou o retorno de vocês ao estúdio usual em Los Angeles. Pretendem retornar para ele nas próximas gravações? Chris: Sim, há dois anos temos dois estúdios. Eu acho que o único benefício de diferentes estúdios é que você tem que ir ao trabalho. Agora, a gente não precisa ir a um grande estúdio e gastar dinheiro. Muitos artistas sofrem com a pressão de manter a qualidade e as vendas dos sucessores do primeiro álbum cheio. Isso foi um problema para o Chase Atlantic? Mitchel: O melhor de fazer foi o terceiro álbum, quando Christian e eu já tínhamos experiência. No primeiro, ficamos apavorados pensando no que o público iria achar. Mas, para nós, não pensamos que o primeiro e o segundo álbum foram os melhores. Pensamos no futuro. Nós ficamos mais experientes. Por que o trap ganhou tanta força no mundo? O que você acredita ser essencial nessa popularidade? Mitchel: Começamos a ouvir muito hip hop no começo. Chris: Acho que em 2011 e 2012, as pessoas começaram a ficar enjoadas de ouvir o mesmo tipo de músicas. Tudo parecia igual. Pessoas ficaram desiludidas. Havia um pouco de revolta demonstrada na mídia, era um enorme contraste e as pessoas se voltaram para a música da cultura popular. Acho que definitivamente veio para ficar. Mitchel: Na verdade veio por causa dos nossos produtores. Eles identificam os tipos de público. A gente queria fazer pop music, que era mais divertido, algo mais mainstream, onde a cultura estava naquele ponto. Isso foi antes, quando o rap e o hip hop eram os gêneros mais populares. Aliás, agora o trap é o mais popular em todo o planeta. Chris: Eu que venho da Austrália posso dizer que sempre ouvíamos hip hop nas estações de rádios. Vocês acompanham o cenário musical do Brasil? Chris: Eu gostaria de saber mais sobre o Brasil, mas temos estado muito ocupados. Eu adoraria conhecer mais e colaborar com os artistas brasileiros no futuro. Nós teríamos que ouvir as músicas, tenho certeza que existem artistas fantásticos. Se eu tocasse no Rock In Rio, antes dos shows, eu passaria o dia conhecendo o maior número de músicos brasileiros. O Chase Atlantic já teve shows anunciados no Brasil, mas foram adiados em função da pandemia. Como está a expectativa de vocês para os próximos meses? Chris: Com certeza vamos tocar no Brasil em 2022. O público brasileiro é incrível, sempre ouvimos coisas muito positivas sobre o público daí. É uma plateia muito apaixonada. Por fim, é isso que espero comprovar quando estiver aí. *Entrevista / Tradução por Christina Amorim e Isabela Amorim

Entrevista | Beren Olivia – “Acho fácil escrever sobre as experiências dos outros”

Sensação do pop britânico, a cantora Beren Olivia, de 22 anos, lançou recentemente o seu EP de estreia, Early Hours of The AM. Com cinco canções, incluindo duas novidades que não foram reveladas anteriormente, Beren viu as outras três faixas desse trabalho alcançarem 5 milhões de streams em um ano. Aliás, tal fato chamou a atenção da BBC Radio 1, MTV e outros veículos especializados no Reino Unido. Antes mesmo de iniciar a carreira profissional, Beren Olivia chegou a ser nadadora profissional. Hoje, deixou o esporte de lado, mas assumiu mais uma paixão além da música: quer ser atriz. Em entrevista ao Blog n’ Roll, Beren Olivia comentou sobre o EP de estreia, início da carreira e os futuros planos. Confira abaixo. Como e quando você iniciou sua carreira na música? Quais artistas que você gosta de ouvir e te inspiram nos seus trabalhos? Sempre tinha música tocando na minha casa. Era uma casa muito barulhenta. Todo mundo cantando o tempo todo. Eu fui criada com artistas como P!nk, Christina Aguilera, Avril Lavigne, Alanis Morissette, Dave Matthews Band. Aliás, meu pai amava Dave Matthews Band. Eu estava constantemente cercada pela música e comecei a compor. Compor foi o que veio antes para mim. Cantar veio depois com um ponto de vista mais confiante. A partir do momento que eu comecei a ganhar mais confiança, cantando na frente das pessoas, poemas começaram a virar canções, peguei uma guitarra para mim e tudo aconteceu. Assim, lancei o meu primeiro álbum. O EP Early Hours of The AM teve um grande impacto no mundo. Como foi para você ter suas músicas com números tão expressivos de streams? É uma loucura! Os fãs estão entrando em contato, me mandando mensagens online… É realmente muito louco como uma música que escrevi no meu quarto com os meus amigos está sendo tocada agora e as pessoas do outro lado do mundo sabem a letra… Isso é a coisa mais maluca. Você era nadadora profissional antes de lançar o teu primeiro EP. O que motivou essa mudança? Eu assisti as Olimpíadas, eu sempre assisto natação… É algo que eu amo. Eu era uma daquelas crianças que falava sim para tudo. Tipo, eu não tinha na minha cabeça fazer apenas uma única coisa pelo resto da minha vida. Então comecei a nadar e uma vez que senti que conquistei tudo o que queria, segui em frente. Amei cada minuto disso… Beren Olivia, sua carreira também teve um momento como atriz, certo? É algo que você pretende explorar mais? Na verdade, o que eu queria era atuar, eu não cantava. Entrei para o musical da escola depois da natação. Após os treinos, eu tinha todo esse tempo livre e não sabia o que fazer porque não tinha que treinar ou fazer qualquer coisa. Então entrei no musical da escola para desenvolver minha carreira de atriz e peguei um papel que me exigia cantar. Aliás, essa foi a primeira vez que cantei na frente de outras pessoas e isso se tornou alguma coisa. Para ser honesta, eu não sabia que podia cantar assim. Então tudo meio que fez sentido e aconteceu naturalmente… Atuar é algo que ainda quero muito. Adoraria estar em filmes. A faixa-título do seu EP fala sobre a sensação de pós término de uma relação. É algo que você vivenciou? É sim.. Tem algo incrível em estar em uma sessão de escrita… encontrei pessoas que agora se tornaram meus amigos mais próximos. Compus essa canção com dois grandes amigos. São pessoas que trabalhei tão de perto e toda vez era como estar em uma sessão de terapia. São pessoas que me entendem completamente. Às vezes, se eu não sei como me expressar com alguma especificamente, eles terminam a frase para mim. E falam perfeitamente. Foi uma experiência incrível. Nem todas as músicas são minhas experiências… Acho fácil escrever sobre as experiências dos outros. Eu não tenho certeza do motivo. Se o meu irmão mais novo me conta algo que ele está passando, meus amigos pelo telefone comigo, eu vou escrever sobre essas experiências também. Meio que vou por todas essas direções. O Reino Unido sempre teve um cenário musical pulsante. Onde você se encaixa nesse mix de gêneros? Essa é uma ótima pergunta. E para ser sincera, sinto que não tem mais gêneros, ou pelo menos como costumava ser. Agora tudo é tão misturado, e eu adoro. Acho que se eu tivesse que colocar um selo nele, seria guitar-pop, pop-punk-guitar-pop. Você aprendeu a tocar guitarra muito nova, aos 13 anos, pretende explorar isso nos seus trabalhos? Ou o objetivo é focar mais nas composições e vocal? Acho que mais tarde… porque me expresso mais facilmente escrevendo e cantando. Acho que a guitarra, eu aprendi a base, então consigo me apoiar quando toco fora, em um café ou outro lugar. Então foi por isso que aprendi a tocar. Queria que você me falasse um pouco sobre como foi trabalhar com a produção do Dylan Bauld. Eu sou uma das maiores fãs da Halsey. Ela é uma das minhas maiores inspirações. E o Dylan trabalhou bastante com a Halsey, fez bastante pela música dela. Então meu empresário conseguiu um horário pelo Zoom para que pudesse falar sobre música com ele, e no fim do papo, implorei para ele produzir meu próximo single. Graças a Deus ele disse sim. Mas deve ter pensando que era uma esquisitona. Aliás, na verdade, eu não o conheci pessoalmente. Foi tudo pelo Facetime e pelo Zoom. Isso é muito louco. Eu, na verdade, vou em novembro para Los Angeles para conhecê-lo pessoalmente. Mas foi ótimo trabalhar com ele. Acho muito raro encontrar pessoas que te entendam musicalmente tão cedo na sua carreira. Eu fui muito sortuda de tê-lo. *Entrevista e tradução por Isabela Amorim e Christina Amorim

Zander e Teco Martins fazem feat inédito e lançam “Algo Que Não Machuque”

A banda Zander lançou mais um capítulo de seu novo disco que chegará às plataformas digitais nos próximos meses. Algo Que Não Machuque está disponível em todas as plataformas digitais. Lançando um single mensal desde o começo do ano, o grupo já mostrou guitarras afiadas e vocais poderosos aliados às participações de nomes como Lucas Silveira (Fresno), Popoto (Raça) e agora nos traz mais um feat. Dessa vez, Gabriel Zander e sua trupe se juntaram a Teco Martins (Rancore, carreira solo, Sala Espacial) e, juntos, os dois aparecem na inédita Algo Que Não Machuque. A canção fala sobre o veganismo, tema comum aos dois músicos, e o faz de forma a estimular o pensamento a respeito do assunto, bem como sobre as consequências do consumo de carne, alimentos de origem animal, impacto ambiental, sociedade e mais. Com um refrão forte, o Zander faz bonito ao estimular uma discussão necessária através de música, vinda com baixos, guitarras e baterias poderosas e um verdadeiro dueto de gigantes aos microfones.