Juntos Pela Vila Gilda 2 é adiado para 2021

O Juntos Pela Vila Gilda, previsto para novembro passado, foi adiada para 2021. Em resumo, eleição, festas de fim de ano e inviabilidade técnica foram os principais motivos para o adiamento forçado. “Durante o período eleitoral, o Dique da Vila Gilda virou a mina de ouro para os políticos. Todos apresentaram soluções mágicas para um problema que existe há décadas em Santos. Não queríamos servir de palanque para nenhum candidato, justamente para manter o posicionamento do evento como social, não político”, justifica o editor-chefe do Blog n’ Roll e idealizador do evento, Lucas Krempel. Na primeira edição do Juntos Pela Vila Gilda, realizada no fim de julho, mais de 200 artistas participaram. Entre os principais nomes: Gilberto Gil, Armandinho Macedo, Dinho Ouro Preto, Bula, Me First and The Gimme Gimmes (EUA) e The Ataris (EUA). Ademais, Autoramas, Junior Groovador, Nuno Mindelis, Fauves (Escócia), Thiago Espírito Santo, Falamansa, além de artistas argentinos, chilenos, espanhóis e italianos também fizeram parte. Aliás, para a nova edição, mais de 30 nomes já estão confirmados, entre eles Fantastic Negrito, Maskavo, Khalil, Biquini Cavadão, Reverendo Frankenstein, Time Bomb Girls, Fabriccio, Digo Maransaldi, Facção Central, Flávia K, Johnny Monster, Lemak, Malu Casanova, Marcos Ottaviano, Nathi, NDK, Orchestra of Dawn, Pilar, Rodolfo Cinel, Suricato, Taurus, The Fevers e muitos outros.

Conheça as primeiras atrações do Juntos Pela Vila Gilda 2

A segunda edição do Juntos Pela Vila Gilda está confirmada! Acontece no dia 1 de novembro, com 12 horas de música distribuídas em 100 artistas. Confira abaixo um pouco sobre os primeiros nomes confirmados no Juntos Pela Vila Gilda 2. Fantastic Negrito Um dos nomes mais empolgantes da atualidade, Fantastic Negrito venceu dois Grammy de Melhor Álbum de Blues Contemporâneo nos últimos quatro anos. O californiano lançou recentemente o álbum Have You Lost Your Mind Yet? É o terceiro da sua trajetória, sendo que os dois primeiros foram resenhados pelo incrível Nuno Mindelis no Blog n’ Roll. Além do lançamento de seu terceiro LP, Fantastic Negrito está comemorando sua participação na Rock & Roll Hall of Fame’s Social Justice Exhibit. A guitarra Gibson que ele tocou no vídeo de In The Pines está atualmente em exibição ao lado de outros pioneiros musicais que defendem a causa da igualdade. Igor Prado O paulista Igor Prado é uma referência internacional do blues brasileiro. Ligado ao blues desde os 16 anos, ele lidera a Igor Prado Band, com o irmão Yuri Prado na bateria, Rodrigo Mantovani no contrabaixo elétrico e acústico e Denílson Martins no saxofone barítono. Apaixonado pelo blues tradicional e o West Coast Swing, o artista excursionou com nomes memoráveis como Steve Guyger, R.J MIscho, Mark Hummel, JJ Jackson, Phil Guy, Mud Morganfiled, entre outros. Coleciona aparições em grandes festivais de blues nos EUA, Europa e América Latina. Em 2016, a Igor Prado Band, tornou-se a primeira banda estrangeira a ser indicada para concorrer ao principal prêmio do 37th Memphis Blues Awards, um dos mais prestigiados dos EUA. Marcos Ottaviano Festejado por B.B. King e Ron Wood (Rolling Stones), Marcos Ottaviano é uma lenda viva do blues brasileiro. Fundador da Companhia Paulista de Blues, integrou a Celso Blues Boy e Blue Jeans. Em 2000, lançou seu primeiro disco solo, November 12 Sessions. O trabalho, produzido por Alexandre Fontanetti, apresenta composições próprias e releituras de clássicos do blues. Em 2010, lançou o álbum Marcos Ottaviano e Kiko Moura Project, que arrancou elogios do precursor da Bossa Nova, Roberto Menescal. Em 2013, chegou ao mercado Blood, Sweat & Electric, uma coletânea instrumental de suas composições, com gravações realizadas entre 1995 e 2010. Adriano Grineberg Com mais de vinte anos de carreira, Adriano Grineberg​ é considerado um dos maiores músicos de blues contemporâneo do Brasil. Sua música é o resultado da combinação de uma variedade de referências da música internacional como Ray Charles, Taj Mahal e Bob Marley, e de grandes mestres da música brasileira como Pixinguinha, Luiz Gonzaga e Tim Maia. Pianista de formação erudita, compositor, arranjador e cantor, no final da década de 1980 descobriu no blues uma paixão que o levou a acompanhar grandes artistas do gênero como Deacon Jones, John Pizzarelli, Andre Christovam, Corey Harris, Igor Prado, Big Time Sarah, Deitra Farr, James Wheller, Jimmy Burns e Magic Slim. Vasco Faé O trabalho solo de Vasco Faé é uma referência nacional dentro do cenário blues. São mais de 23 anos de carreira profissional, com três CDs solo lançados, sendo um ao vivo. O Manoblues foi pioneiro no Brasil a se arriscar na arte da coordenação motora ao tocar a gaita no suporte com outros instrumentos de maneira musical e não apenas figurativa, tendo influenciado toda uma geração de gaitistas desde o início dos anos 1990. Gravou participações em incontáveis discos de artistas de gêneros variados, sempre com sua personalidade marcante e estilo inconfundível e é o autor das mais antológicas versões bluesy de músicas brasileiras, como o Trem das 11, Medo da Chuva, entre outras. Beach Combers Os Reis das Praias Cariocas! Assim podemos definir esse trio incrível. O Beach Combers possui três álbuns em sua discografia. São dois de estúdio e um ao vivo. E foi a sonoridade apresentada no calçadão da praia que chamou a atenção de Zak Starkey, filho de Ringo Starr (Beatles) e baterista do The Who e Oasis. Uma característica marcante para quem assiste o Beach Combers está no visual dos integrantes. “A ideia é que ninguém é frontman. Ao invés de uma figura central, todos jogam na frente. De tempos em tempos, a gente troca de uniforme, sempre mantendo a estética”, explica Bernar Gomma (guitarra), que conta com Paulo Emmery (baixo) e Lucas Leão (bateria) na formação. Digo Maransaldi Digo Maransaldi é músico, compositor e produtor santista. Canta, toca bateria, guitarra, violão e percussão. Lançou o primeiro CD intitulado Digo e a New Gafieira, em 2010. O artista tem seu trabalho solo como compositor, cantor e demais instrumentos baseado na MPB, soul music, folk, sambalanço, bossa nova, soft rock e tudo que habita sua mente livre e diversa. Também atua como baterista, cantor e violonista na banda Dog Joe (blues, folk rock, soul e old rock). $onic Da quebrada do Areião, em Santos, vem o rapper $onic. Integrante do Cypher 013, que teve grande repercussão em 2017, o artista já lançou 13 singles de lá para cá. Os três últimos vieram em sequência nas últimas semanas: Dubai, Califa BR 013 e Inconveniente. $onic chama a atenção pela naturalidade com a qual ele transita entre o rap e o trap. O artista consegue fazer isso de forma tão espontânea que só comprova sua versatilidade. Atlante Um dos nomes mais empolgantes do indie rock santista, a Atlante possui trabalhos marcantes em sua trajetória. Surgiu em 2016, na esteira da Glock/Montreal, projeto antigo de seus integrantes. O EP Belavista, lançado em 2018, traz um grande amadurecimento no som dos caras. Time Bomb Girls O power trio feminino Time Bomb Girls, formado por Camila Lacerda (bateria e voz), Déia Marinho (baixo e voz) e Sayuri Yamamoto (guitarra, gaita e voz), lançou seu primeiro disco, Las Tres Destemidas, recentemente. Composto por dez músicas inéditas, mais o último single Quando eu Crescer e novas versões de Not a Sad Song e Confere com a Muda remixadas por Manoel Cruz, o álbum é um dos melhores da temporada da pandemia. O disco traz influências do punk rock, rockabilly, surf music,

Entrevista | USREC – “É uma ideia válida juntar essa gama artística”

USREC

O coletivo de rap USREC da Baixada Santista, formado em 2013, em Santos, se apresenta na noite deste sábado (25), no Youtube do Blog´n Roll. Eles integram as atrações do Bloco do Rap, que começa às 22h30. A transmissão, que vai até às 0h15, já está rolando! Ao todo, serão mais de 200 artistas somando à causa.  Acho uma ideia bem válida juntar essa gama artística em prol da Vila Gilda e principalmente colaborar com as doações. Espero que a partir dessa campanha possam surgir mais eventos como esse, abraçando outras causas e ajudando o próximo.  NevzzMc A forma como Nevzz descreve o evento vai de encontro a alguns valores que traz do rap underground. “Acho o rap underground importante por vários fatores: por dar voz a quem está começando no seu segmento, por aproximar as comunidades e locais públicos com seus artistas locais, além de abraçar várias causas sociais dentro de cada comunidade”.  Labirinto da Vida O USREC está preparando o próximo EP Labirinto da Vida.  “A produção musical está praticamente pronta. Estamos estudando e trabalhando agora na produção visual e distribuição, marketing, para vir com máxima qualidade e atingir o máximo de pessoas possível”, afirma Prod The Vita.  Antes do lançamento, eles pretendem soltar um single para que os ouvintes possam sentir a vibe do EP. O último lançamento foi a música Talvez, que também estará no EP.  Neste período de pandemia, Prod The Vita afirma que  está sendo fundamental passar mais tempo com a família e se dedicar à música. “Em questão musical, sempre que possível pesquiso, estudo, componho alguns versos ou registro melodias para um beat futuro, além dos trabalhos pendentes”.  

Entrevista | The Zasters – “Usar do nosso som pra ajudar as pessoas é bom demais”

The Zasters e um cão posam para a foto.

The Zasters é uma banda paulistana de rock alternativo, formada por Juliana Altoé (guitarra e voz), Andre Vitor (baixo e voz), Nabila Sukrieh (bateria e voz) e Rafael Luna (guitarra). Para criar as letras e melodias, se inspiram em Arctic Monkeys, Strokes, Franz Ferdinand, Warpaint e CSS. Com cincos anos na estrada e letras em inglês, o quarteto já mudou de formação e testou sonoridades diferentes. Em 2017 lançaram o EP de estreia, This is a Disaster, com cinco faixas. Dois anos depois, divulgaram as canções Come See The Band e Going Down. Já em junho deste ano, o grupo lançou o clipe da faixa Meltdown. O vídeo caseiro está em formato retrato, imitando o modo stories. Nele, os membros aparecem tocando o single, além de fazerem atividades cotidianas, como trabalhar no computador, brincar com os pets e pedir comida por delivery. O álcool em gel atua como coadjuvante, afinal o clipe foi filmado durante a pandemia. As habilidades dos integrantes não se baseiam apenas na música: o clipe foi editado pela Ju e pelo Rafa, com arte da capa criada pela baterista Na. Ademais, confira a seguir nossa entrevista com Rafael Luna, guitarrista da The Zasters: Recentemente vocês divulgaram a faixa Meltdown e anunciaram a produção de novas músicas. Além disso, como tem sido a quarentena para a banda? Sim, fizemos Meltdown cada um da sua casa. A Nabila escreveu a letra e uma base, e cada um foi adicionando uma coisa até chegarmos no resultado que tá lá no nosso Spotify! Desde o começo da quarentena praticamente não nos encontramos pessoalmente, então essa música não tocamos juntos pessoalmente nenhuma vez ainda, foi feito tudo de forma 100% virtual, meio loucura isso, mas é o que estamos podendo fazer. A pandemia atrapalhou os planos da The Zasters? Se sim, quais? Atrapalhou demais! Nós temos um álbum composto e que estava com as datas de gravações todas marcadas, todas as guias finalizadas, capa pronta, toda equipe fechada pra gravar e produzir. Mas por conta da pandemia, achamos mais prudente adiar tudo… Mesmo por que queremos fazer vários shows quando o álbum for lançado e sentimos que vale a pena esperar pra lançar quando for possível aglomerar uma galera pra fazer os shows. Quais são os projetos futuros da banda? Haverão mais novidades para este ano? Além do novo álbum, que tá em stand by durante a pandemia, estamos produzindo novas músicas de forma 100% DIY, eu mesmo estou mixando e cada um grava da sua casa. No mesmo esquema que fizemos Meltdown. No momento temos 2 músicas sendo finalizadas, 1 delas é uma versão de uma das músicas do nosso primeiro EP que chama This is a Disaster, numa vibe totalmente diferente, e a outra é inédita, e deve sair junto com um clipe! Vocês irão participar do evento Juntos Pela Vila Gilda. Quais são as expectativas e qual a importância de projetos assim? Na hora que recebemos o convite não teve como dizer não! Poder usar do nosso som pra ajudar as pessoas é bom demais, ainda mais com vários artistas tão fodas. Esperamos muito que esse projeto faça toda a diferença na vida dos moradores do Dique da Vila Gilda. Além de tudo isso, não é todo dia que temos a oportunidade de participar de um evento com artistas como Gilberto Gil, Armandinho, The Ataris, e várias bandas amigas que tem um puta trampo foda também, como são The Mönic, Der Baum, The Bombers, Gabriel Vendramini. Estamos na ansiedade!

Entrevista | Dre Araújo – “Sem cultura, comunidades não teriam força”

A rapper Dre Araújo, 24 anos, será uma das artistas que vai se apresentar na ação Juntos Pela Vila Gilda no Bloco do Rap neste sábado (25), a partir das 22h30. Ela que desde criança gostava de rimar, se encontrou nas disputas de 2015, na Batalha da Conselheiro, em Santos. “Foi aonde eu falei: isso que eu quero fazer da vida!”, explica.  Dre lembra de pessoas que a fizeram acreditar em seu potencial. “Eu vou para cima. Tive todo o apoio do Jota, também dos meninos da organização, do Cres e o Azul. Isso para mim foi maravilhoso, porque eu consegui me manter firme. Com medo lógico, muito, mas sempre com o pé no chão confiante da minhas rimas e foi essa força que me trouxe até aqui”. Sobre ser uma das referências de mulheres que batalharam em Santos, Dre comenta.  “As batalhas da Baixada Santista têm sempre um lugar muito especial no meu coração. Foi onde tudo começou, foram as pessoas que me apoiaram, são especiais para mim.  A maioria são meus amigos, gente que estudou comigo na mesma escola como a Thammy Iannuzzi, que é uma mina que admiro muito e conheço há  muitos anos. Me sinto muito feliz muito lisonjeada por ter gente assim do meu lado, por ter gente que que realmente me apoia e se espelha no meu corre para fazer o seu corre virar também. Então, isso para mim é maravilhoso”. A batalha continua… Atualmente, a artista se encontra em Itajaí, Santa Catarina, mostrando que realmente leva jeito pra coisa. Dentre várias batalhas que já participou, ela cita a seletiva classificatória do regional 2018 como a mais marcante.  “Ganhei e fui defender o estado de Santa Catarina lá no Rio Grande do Sul, que foi onde eu perdi para o Pedrinho. Mas eu consegui mesmo assim ir para o nacional representar o estado e toda essa trajetória.  Aprendi que a persistência e o foco te levam a lugares que você nem poderia imaginar. Então, essa batalha me deixou inspirada para a vida, porque foi ali que começou mais uma etapa do meu sonho”.   Dre Araújo Para suas próximas batalhas, Dre vai participar da Guerra dos Campeões neste domingo (25), por transmissão online no Youtube, às 16h. “É uma batalha da América Latina. São batalhas com etapas diferentes daquelas que estamos acostumados, tem temas, regras, modalidades. Vou adorar participar”.  Produções musicais Para os próximos lançamentos, Dre está trabalhando na produção musical do EP Cíclico. “ Terão seis músicas. Estou trabalhando duro nele. Sempre me dediquei mais às batalhas de rima, mas agora me sinto mais à vontade com meu lado musical. Nele, eu coloco muito do que tenho vivido ultimamente. Acredito que seja o que a maioria tá vivendo e essa identificação é o que me impulsiona. A conexão com histórias reais baseada em coisas que realmente tá no nosso cotidiano”. Nessa pandemia, Dre diz que tem conseguido compor, mesmo com o mundo mudando.  “A pandemia trouxe um caos pelo mundo inteiro e entre casa e trabalho, sala e cozinha, eu escrevo coisas do meu dia a dia. Esse cotidiano ultimamente tem sido o dia a dia de quase todo mundo né? Geral com sensação de medo, e as paralisações das atividades causou bastante turbulências emocionais, e de alguma forma isso inspira a escrever”. Dre Araújo no Juntos Pela Vila Gilda Dre ressalta a importância de somar ao festival Juntos Pela Vila Gilda neste sábado (25), que visa arrecadar 2 mil cestas básicas aos moradores da região.  “É importante o fortalecimento das instituições e dos movimentos, que de alguma forma fortalecem a cultura e as comunidades. Sem a cultura, as comunidades não teriam ritmo, não teriam força. A importância disso é incalculável, porque pode ajudar muita gente e isso me deixa feliz. Fazer parte disso para mim é muito bom agradeço o convite”. Dre Araújo

Entrevista | Coruja BC1 – “Só passaremos dessa fase de mãos dadas”

O rapper Coruja BC1 será uma das atrações do festival online Juntos Pela Vila Gilda, neste sábado (25). O artista, uma das referências do rap nacional, vai compor o Bloco do Rap, que tem início às 22h30. A iniciativa conta com mais de 200 artistas para arrecadar cestas básicas aos moradores da maior favela sobre palafitas do Brasil, a Vila Gilda, em Santos.  “É importante não só a mobilização dos artistas e cantores, mas da sociedade como um todo. Estamos atravessando um dos períodos mais sombrios que já vivemos em todos os sentidos, seja pelo fato de estarmos passando pela pandemia ou pelo abismo da necropolítica que foi institucionalizada. Só passaremos dessa fase de mãos dadas!”  Coruja BC1 Versatilidade é um ponto forte de Coruja Coruja tem dois álbuns lançados, No Dia dos Nossos (2017) e Psicodelic (2019), as mixtape Até Surdo Ouvir (2012) e A Voz do Coração (2014), além de singles. Em maio deste ano, ele soltou o EP Antes do Álbum. E dessa produção, recentemente liberou o videoclipe da faixa Baby Girl feat Cazz Prod. Grou e Som de Fazer Pivete feat Késia Estácio e Prod. Dj Will.  Músicas como Modo F., NDDN, Apócrifo e Fogo, expressam uma sonoridade bem pesada, crua e com letras muito bem elaboradas. Assim, Coruja consegue expressar as injustiças sociais e raciais da nossa sociedade. Mas a versatilidade é uma habilidade de Coruja, que consegue trazer, por exemplo, lovesongs únicas como Éramos Tipo Funk e Dopamina, presentes na produção Psicodelic.   A música Ressaca, também uma lovesong, que saiu no primeiro semestre de 2020, tem uma estética e sonoridade bem diferente das produções anteriores de Coruja. Sobre essas diferenças, ele afirma que sempre procura explorar novas possibilidades. “Estou sempre buscando sair de minha zona de conforto, sempre mantendo a rédea dos meus trabalhos. Explorar novas possibilidades sonoras é o que os músicos que eu mais admiro fazem. Me enxergo e me encontro nessa mesma lógica”. Cara de Hit Sobre os próximos lançamentos, Coruja afirma que está com trampo novo e parece que vem com tudo. “Tem sim, só não tenho data ainda. Mas essa tá com cara de hit, palavras de um amigo meu”. Em seu próximo álbum a ser lançado Brasil Futurista, ele também promete surpreender. Segundo ele, podemos aguardar “uma musicalidade diferente de tudo que está acontecendo na cena”.  Falta da presença do público Durante a pandemia de Covid-19, Coruja afirma não ter tido dificuldade para criar, mas sim se adaptar à nova realidade. “Confesso que ainda não me acostumei com esse lance de live. Sinto muita falta do público, na verdade é o público que nos move. Sobre compor, não tive dificuldade ainda para criar, embora esse período tenha trazido um certo desconforto e exaustão mental pra mim”.