O que você está procurando?

100 bandas para você conhecer do cenário hardcore de Santos

04 – Face Forward

Mesmo sem nunca ter admitido, os protagonistas do cenário hardcore santista do final dos anos 1990 e início da década 2000 sabem que haviam certas divisões entre eles: straight edges, skinheads, punks, roqueiros em geral. Quase todos viviam em perfeita harmonia, mas alguns dos eventos eram quase que exclusivos para seus grupos de amigos.

Independentemente disso, os straight edges da região mantiveram (e mantém até hoje) uma cena equilibrada com várias bandas, shows internacionais e verduradas. E foi desse bolo que saiu a Face Forward, uma das representantes do hardcore old school santista.

Continua depois da publicidade

Tudo começou quando dois dos integrantes, que tocaram no Unify, resolveram montar um projeto novo. “(O objetivo) era criar um hardcore old school, mas com pouco mais de peso, um som mais direto, além de evidenciar a temática straight edge, que todos da banda viviam na época”, explica Leonardo Motta, o Limão, vocalista da Face Forward.

A formação original da banda contava ainda com Filype (guitarra), Danielzinho (baixo) e Leôncio (bateria). O baterista Bueno também teve passagem no grupo. “Apesar da brincadeira dos amigos de o Face Forward ser o “Floorpunch Brasileiro” (risos), a banda teve muita influência de Judge, Warzone, Youth of Today, 7 Seconds e Gorilla Biscuits”, lista Limão.

Em 2001, a Face Forward gravou uma demo (sem nome) em K7 com quatro sons. Mas foi no ano seguinte, com o CDR For Those Who Still Believe, que a banda registrou seus principais sons. Além disso, soltou cinco faixas para o 3 way split From The Sand To The Sea, com as santistas Larusso e 100 Ilusões.

“As que mais tocamos em shows foram Change (demo), Sincere, No Coming Back e Hometown Crew (CDR) e Commitment e Written in Stone, do 3 way”, relembra Limão sobre as principais músicas da banda.

Continua depois da publicidade

face-forward2

Os trabalhos autorais abriram espaço em São Paulo e eventos em outras cidades. “O meu predileto foi um festival de dois dias que rolou em 2002, em Belo Horizonte, o Posifest. A maioria das bandas tinha o hardcore old school influenciado de uma certa forma e foi um encontro de amigos do Brasil inteiro. Rolou Colligere, Invictus, Good Intentions, I Shot Cyrus, Odyssey, Cutting Edge, entre outras”.

Limão, entretanto, não esquece do primeiro passo da banda. Ele guarda com carinho as lembranças do primeiro show. “Foi muito especial também. Em 2001 abrimos para o Mukeka Di Rato, Make Your Choice, Drop Your Guns e D-Cups, no Armazém 7”.

Principal espaço para essa geração de bandas, o Armazém 7 foi palco de vários shows da Face Forward e aproximou os caras de outros nomes do hardcore santista. “Nos divertimos pra cacete. Um amigo nosso chegou a quebrar um dente da frente porque como o chão ficava muito escorregadio por causa do calor infernal que fazia lá, ele caiu de cara e quebrou metade de um dos dentes da frente, foi hilário”, recorda Limão.

Mas os tempos são outros. Os integrantes estão focados em suas carreiras profissionais. Tem advogado, design gráfico, programador, técnico de audiovisual e até dono de uma rede de restaurantes de shopping. São justamente esses compromissos que podem inviabilizar um retorno da Face Forward. “Já pensamos em fazer alguns ensaios sem compromisso, só por diversão, mas nunca rolou”, finaliza Limão.

Continua depois da publicidade

O jeito então é ouvir For Those Who Still Believe abaixo:

Continua depois da publicidade
1 Comment

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

COLUNAS

Advertisement

Posts relacionados

Publicidade

Copyright © 2024 - Todos os direitos reservados

Desenvolvimento: Fika Projetos