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12 – Necrófilos

Eles tinham apenas 16 anos, em média, mas já reclamavam das injustiças sociais e políticas de forma firme. O palco era o local da histeria coletiva e o espaço ideal para expor toda a revolta adolescente de cinco amigos de infância. Pedro Bandini, Bruno Teixeira, Carlos Campos, Pedro “Cadeado” e Gabriel Valente “Bigode” foram os responsáveis pela banda Necrófilos, que fez muito barulho no início da década 2000 na Baixada Santista.

“Foi só começar para ficar claro que havia muita coisa a ser dita e toda uma cena para se ajudar a consolidar. Além de se divertir, a banda toda realmente acreditava que suas mensagens estavam fazendo a diferença e tentando, no mínimo, falar alguma coisa”, diz Bigode, que foi o último a entrar na formação da Necrófilos.

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A rebeldia punk da Necrófilos passou por quase todos os espaços disponíveis em Santos. Tocaram no Praia Sport Bar, Armazém 7, Bar do 3, Saloon. Mas marcante mesmo foi um show no clube Sírio Libanês. “Era um festival de uma escola de línguas. A banda era punk e fez um show com atitude nada convencional, que destoava completamente do resto das bandas. Durante o show, fizemos um manifesto. Entre gritos de protesto, exaltações para que o publico ‘acordasse’, microfones e pedestais quebrados, a banda saiu determinada a organizar mais e mais shows independentes”, relembra Bigode.

Escrachados na postura, os integrantes acreditavam na proposta de som da Necrófilos. Fizeram do extinto estúdio Hutt, na Ponta da Praia, o QG de tudo. “Apesar da adrenalina dos shows, os ensaios, com suas histórias e coisas erradas sempre foi o mais importante pra nós”.

Foi nesse espaço que surgiram canções marcantes como Bem-Vindo ao Caos, Nana Neném e Revolução, além da demo Não Pague Mais que 2 Reais (2001). Em sua breve carreira, que durou menos de três anos, a Necrófilos fez alguns shows com bandas locais como Riot 99, The Bombers e Gas Burner.

Antes das apresentações da Necrófilos, era comum circular boatos de possíveis invasões de punks nas casas para interromper o show. Os caras incomodaram muita gente com as músicas, postura e por gritarem oi! nas canções.

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Hoje, nenhum dos integrantes tem banda. Um revival sem compromisso, no entanto, não é descartado. “Sempre se conversa sobre isso. O foco, na verdade, seria relembrar os bons tempos da nossa adolescência, e não retornar as atividades”, finaliza Bigode.

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