Márcio Ferreira durante apresentação do Psychic Possessor no Circo Marinho, em Santos, em 1990.
O punk rock e o metal santista estão em luto. Morreu neste domingo o ex-vocalista do Psychic Possessor, Márcio Ferreira, um dos responsáveis pelo clássico álbum Nós Somos a América do Sul (Cogumelo Discos), lançado em 1989.
Nhonho, como era conhecido, entrou no Psychic Possessor em 1988, após o lançamento do álbum Toxin Difusion (Cogumelo Discos). Antes de assumir os vocais, tocou baixo no lugar de Lauro Netto.
O Psychic Possessor reunia grandes músicos como o guitarrista Zé Flávio (Vulcano, Safari Hamburguers, Sociedade Armada), o baterista Maurício Boka (Ratos de Porão), o baixista Fabrício Souza (Garage Fuzz), além de Márcio Ferreira, que tinha uma presença de palco explosiva.
O vocalista ficou pouco mais de um ano na banda. Foi o tempo necessário para gravar um dos álbuns mais emblemáticos do underground nacional. Nós Somos a América do Sul influenciou diversas bandas brasileiras e uma de suas músicas (Capitalismo) foi regravada pelos Ratos de Porão no álbum Feijoada Acidente¿ (1995).
Em 1990, após o lançamento do álbum, Márcio Ferreira saiu da banda. Em seu lugar, Alexandre Farofa (ex-Ovec e, posteriormente, vocalista do Garage Fuzz) assumiu o vocal.
“O velho problema de bandas nacionais. Tive que trabalhar e os horários já não davam mais”, disse Márcio Ferreira sobre sua saída para o Blog n’ Roll. “Me sinto muito orgulhoso por ter tocado com eles”.
Márcio Ferreira morava em Salesópolis, no interior de São Paulo, e trabalhava como criador de cães profissionais da raça American Staffordshire Terrier. Era também proprietário de um pet shop.
2 Comments
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lucian
1 de agosto de 2013 at 19:18
Toxin é crássico, morreu de que?
Francisco
23 de dezembro de 2014 at 03:50
EU o vi no antológivo Dama Xoc, creio que o show era para o lançamento do América do Sul; estava com a minha esposa e saímos muito felizes do show. Após esse dia fui um frequentador assíduo do Dama e estive no histórico show dos Ramones bem como em todos, TODOS, os shows do RDP. Após o show fomos falar com o Márcio, eu não conhecia a banda nem ele, mas a sua presença no palco foi marcante.
Falei para ele, “grande show” (e foi mesmo) e ele disse “Muito Obrigado” um tanto tímido, acho que não esperava um cumprimento de quem visivelmente não era do meio punk.
Fiquei sabendo de sua morte hoje, estou morando nos EUA agora, confesso que estou muito triste, parece que uma fase muito feliz da minha vida com prazerosas lembranças das tardes/noites de domingo no Dama XOC, que também já não existe mais, se encerrou hoje (eu fui feliz).
Márcio, MUITO OBRIGADO.