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Rodrigo Fragoso, irmão do ator Thiago Fragoso, lança álbum pop rock só de músicas autorais

Só pelo sobrenome já daria pra supor que cantor Rodrigo Fragoso não teria trabalho no meio artístico. O irmão do ator Thiago Fragoso (o mocinho Vinicius, de Babilônia) segue um caminho diferente dos corredores do Projac (estúdio da Globo, no Rio de Janeiro). Foi na música que ele colocou todo seu esforço.

Quando me Conhecer é o nome do álbum de estreia com composições próprias e também um convite aos ouvintes para um Pop Rock inspirado em Lenine, Legião Urbana, Ira! e Capital Inicial, pra dizer alguns nomes. Batemos um papo com o Rodrigo há dois meses de iniciar uma turnê pelo Estado.

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Quando Me Conhecer tem ume letra rebelde. Foi nisso que pensou?
“Ela fala do quanto podem existir várias faces de uma pessoa numa só, no caso, eu. A faixa-título, assim como todo o disco, pra mim foram uma libertação, uma redescoberta de diferentes características da minha personalidade. Eu não estou numa gaveta ou sob um rótulo, como ninguém que é de verdade está. Somos bibliotecas inteiras de ponta-cabeça (risos)”.

Como é se lançar no mercado solo de cara?
“É um desafio bastante solitário! Eu tenho segurança da qualidade do trabalho, mas tenho muito medo porque nesse mundo musical não se depende só de qualidade e trabalho árduo. Gravei o meu CD num estúdio excepcional, mas existe uma grande luta para conseguir espaço em rádios e TV sem o pagamento de ‘Jabá’. Isso é triste e desestimula a produção independente.”

O Que a Paz Não É parece bem crítica. Foi esse o intuito?
“Isso. Apesar de eu também gostar muito de escrever sobre isso, o disco não tem um discurso de denuncismo político-social, e essa talvez seja a que foge à regra. (…) As pessoas estão sempre reclamando, mas não agem de acordo. Tudo isso merece críticas. Qualquer denúncia perde força se vem de uma fonte comprometida, qualquer grito soa rouco quando sai de uma boca suja”.

Até que ponto ajuda e atrapalha vir de uma família já conhecida na mídia?
“Ajuda pelo fato de despertar a curiosidade, mas é como me darem tênis para correr contra atletas de nível olímpico – não me faz alcançá-los, mas me ajuda a correr melhor. Há 8 anos vivo de música e invisto em mim. É um bom chamariz, mas às vezes o nome dele se sobrepõe ao meu”.

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Você fecha o álbum com uma letra forte, quase que gritando sua vontade de lutar. Foi a proposta?
“Sim, é a letra mais ácida do CD, uma crítica bem irônica. A música fala de ‘Jabá’. É um instrumento desigual, anti-democrático e imoral tão corriqueiro e obrigatório da indústria musical que passa totalmente despercebido pelas pessoas. O problema é que, como toda corrupção no Brasil, o ‘Jabá’ é regra, e não exceção. Música é Cultura e a Cultura não pode ser vendida, ela tem que ser genuína. A música é isso. Um grito desesperado, uma denúncia escrachada, um pé na porta”.

Quando vai compor tem algum ritual?
“Bom, geralmente componho de madrugada. Se engrenar eu não consigo parar até finalizar. Mas sou auto-crítico demais e acabo descartando a maioria… Nunca começo pela letra. Sempre faço uma base harmônica ou tema no violão que me inspire a continuar a música, e aí vou moldando a canção de acordo. O meu termômetro pra saber se a letra ficou boa ou não é lê-la pra mim mesmo e ver se eu vou me emocionar…”

Quais são suas maiores inspirações na hora de escolher os temas das músicas?
“Amor ou relacionamento amoroso é um tema universal, acho que todos somos brega-românticos ainda que inconfessos! Mas eu me inspiro por tudo: amor, desgraça social, comportamento coletivo, política, auto-reflexão… No momento tenho feito muitas músicas de auto-reflexão. Talvez seja uma forma de dizer para mim mesmo: “Rodrigo, não desista!”.

Vem pra Baixada? Quando?
“Sim, com certeza, ainda não fechei a data exata, mas será em Julho, quando farei uma turnê pelo estado, e certamente tocarei na Baixada Santista, além da Capital, Campinas e Ribeirão Preto. Ficaria muito feliz de receber os leitores nas apresentações! Para quem quiser saber mais é só acompanhar pela Fanpage do Facebook | Instagram“.

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