Nossas redes

O que você está procurando ?

Geral

Troca de figurinhas: Carbona e Bombers

Amanhã rola o esperado encontro duplo da banda carioca Carbona e a santista The Bombers na Base Arte e Cultura, em Santos e na Outs, em São Paulo. A amizade entre as bandas, que vem desde 1999, rendeu uma conversa descontraída entre os dois vocalistas Matheus Krempel (Bombers) e Henrique Badke (Carbona). Veja o resultado abaixo.

O show em Santos será na Base Arte e Cultura, na Rua Constituição, 415, às 16 horas. O ingresso custa R$ 5. Em Sampa, a apresentação rola a partir da meia-noite, no Outs Club, na Rua Augusta, 486. Na primeira etapa, as bandas Big Nitrons e Slot também tocam. Já no segundo show, apenas o Slot segue.  É R$ 20 de entrada ou R$ 40 de consumação. Nome na lista paga R$ 15 no ingresso.

Publicidade

Matheus: Adoro o Carbona em português, de verdade. Mas, também gosto muito do Back to Basics (segundo álbum da banda, de 1999). Alguma chance de ouvir alguma coisa desse disco nestes dois shows?

Henrique: Coloquei o set list que preparamos para os shows do final de semana no meu blog http://badke.blogspot.com. Neste set list não aparece músicas em inglês, mas obviamente poderemos incluir alguma coisa se isso for dar brilho à festa. Fazer set list com dez discos não é fácil. Tocar as músicas novas é motivante e importante no processo de continuidade da banda. Mas no final das contas, a gente quer se divertir junto com quem saiu de casa pra ver o show, portanto, se uminha do Back to Basics for alegrar, toquemos e cantemos uma do Back, oras!

Henrique: Como foi a decisão de voltar aos palcos com o Bombers?

Matheus: Veio de uma necessidade, muito grande, que eu tinha de saciar minha sede por palcos. Eu fiquei dois anos sem conseguir compor nada, sem conseguir pensarem tocar. Comeceia escrever uns contos e um dia peguei a viola e começaram a surgir várias músicas. Aí a paixão bateu de novo e fui atrás das pessoas que mais insistiam em me dizer que a “morte” do Bombers tinha sido prematura. E não é que eles tinham razão?  Ao menos eu acho, tendo em vista que hoje, como você mesmo canta: “A alegria está de volta”.

Publicidade

Matheus: O que te faz seguir em frente com esse trabalho sensacional?

Henrique: Passado 15 anos as coisas ficam mais claras. Tocamos porque gostamos de tocar. Simples assim. Nunca estivemos na crista da onda, nunca paramos, as coisas nunca foram fáceis. Também não tão difíceis pelo fato de gostarmos de tocar, ensaiar, gravar e fazer shows. Os dois anos em que as coisas complicaram no quesito “prazer de tocar”, a gente botou o pé no freio mas nunca parou. Os ensaios semanais foram mantidos e hoje vemos como isso foi importante. O que me move é ouvir Ramones e me emocionar até hoje, é ver que os Muzarellas lançam um novo disco depois de 20 anos e que aquilo me deixa feliz, o mesmo valendo para os Magaivers, Zumbis do Espaço, Ben Weasel, The Queers, Gramofocas e muitos outros. O dia em que todos esses caras pararem, pode ser que a coisa complique (risos).

Henrique: Teremos ( e queremos! ) disco novo?

Matheus: Com certeza teremos “o Disco”. Nunca lançamos nada com a devida atenção. Nunca nos empenhamos de verdade em registrar nossa passagem no cenário de uma maneira decente. Resultado disso é que ficamos vivos só na memória de quem viu ou teve acesso as nossas demos, cd-r, Mp3 e shows. Essa reencarnação do Bombers veio fazer a coisa certa por amor e respeito a nossa própria história e para mostrar para as pessoas que não conhecem, o porque de tantas pessoas que conheceram serem tão calorosas ao tecer comentários sobre nós. Mas é lógico que traremos bastante evolução nas composições novas. Já temos bastante coisa.

Publicidade

Matheus: O que 2012 reserva aos fãs de Carbona?

Henrique: Fazemos 15 anos de estrada este ano e já estamos trabalhando no décimo disco do Carbona. Temos oito músicas ensaiadas de um disco que terá 12 sons. Assim que a gente fechar os ensaios é passar a régua e cair no estúdio. Uma vez com o disco, é visitar as cidades onde o nosso show se tornar viável.

Henrique: Você recentemente gravou umas demos solo lo-fi, o que eu chamo de música de quarto e considero um formato muito bacana. Tem planos para mais músicas?

Matheus: Então Henricão, aquelas músicas foram o recomeço da música na minha vida. Cheguei a fazer uns três shows só com violão e voz e achava que isso seria o suficiente. Mas não foi. Eu amo aquele formato e na verdade grande parte daquilo será aproveitado pelo Bombers.
Mas eu amo gravar as coisas daquele jeito e devo gravar uns sons em breve com o Trivela (ex-baixista e guitarrista do Bombers) e lançar virtualmente com capinha, bla bla bla.
Isso me faz lembrar de ti nos primórdios do Carbonaem português. Quando fui na tua casa, na época do Rock in Rio, em 2001. Você me mostrou as músicas que fazia no quarto e foi isso que eu fiz também. Esse formato transmite mais emoção do que qualquer outra coisa.

Publicidade

——–

Assista o vídeo do The Bombers e Henrique Badke (Carbona) tocando Knowledge, do Operation Ivy, em Vila Velha, no Espírito Santos, em 2007, durante a Vans Zona Punk Tour.

Publicidade
2 Comments

2 Comments

  1. Henrique Budrevicus

    2 de março de 2012 at 12:31

    aí sim

  2. Michael Monroe

    2 de março de 2012 at 12:49

    SENSACIONAL!

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado.

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

COLUNAS

Advertisement

Posts relacionados

Publicidade

Copyright © 2022 - Todos os direitos reservados

Desenvolvimento: Fika Projetos