Bayside Kings reflete sobre energias opostas da vida no EP Dualidade

As forças complementares da existência são escancaradas e dilaceradas em quatro novas músicas que a banda Bayside Kings apresenta no EP Dualidade, um lançamento de quatro faixas plurais, em termos sonoros e líricos, que chega às plataformas de streaming pelo selo Repetente Records. É o terceiro fragmento, de quatro partes, que formarão o álbum conceitual #livreparatodos. Todas as faixas de Dualidade, como sugerem o nome do EP, tratam que antíteses, situações e posicionamentos contrários que, inevitavelmente, hora ou outra, colidem e colocam o indivíduo na encruzilhada: é preciso escolher um caminho, uma ideia, uma bandeira. (Des)obedecer, o primeiro single deste EP, é sobre romper limites e crenças que impedem o indivíduo de ser autêntico e seguir a vida por si. É um levante contra as amarras da sociedade e encorajar as pessoas a se posicionarem contra algo que não concordam. Entre a Guerra e a Paz traz em debate o conceito de ‘os fins justificam ou meios’ e incentiva o livre arbítrio, se desprender das amarras do julgamento alheio, mesmo que isso tenha o seu preço. Este foi o segundo e último single. Já a inédita Na Dor/O Amor traz mensagens e reflexões sobre aprendizados de vida ao longo dos anos, alguns que vêm mais prazerosos, pelo amor, outros mais amargos, pela dor. O ponto de inflexão é entender qual caminho buscar a partir deste questionamento. A também inédita, e faixa que fecha o EP, Pare(Ser), critica como a imagem, para o sociedade de consumo, é mais importante do que o indivíduo realmente é. Vale mesmo a pena publicar em redes sociais cada passo ou, ainda, publicar tudo antes mesmo de se ter de fato a experiência? Melodias e agressividade Dualidade mostra como o Bayside Kings amadureceu com precisão cirúrgica ao absorver influências de seus ídolos e transformá-las em músicas com o DNA do quinteto santista. Assim, Dualidade é um dos mais registros mais agressivos da carreira do Bayside Kings, ao mesmo tempo em que traz os refrões mais melódicos e riffs com cargas de hardcore, punk rock e até thrash metal. É, ainda, a consolidação da fase da banda com letras em português. Dualidade reafirma um 2023 de bons resultados e novidades para o Bayside Kings enquanto parte do cast da Repetente Records. Afinal, Badauí foi quem sempre incentivou a banda a começar a compor em português. A visão do vocalista do CPM22 foi certeira. “Temos um grande objetivo para 2024 e o suporte da Repetente Records será fundamental para isso acontecer”, comenta a banda.

Driven By escancara traumas, feridas e abusos no EP Ourselves

As ambientações, melodias, riffs e efeitos, com bases no stoner rock, metal alternativo e post hardcore, amplificam as cinco músicas que a banda paulista Driven By apresenta no EP Ourselves. Neste registro, já disponível nas plataformas digitais, o quinteto escancara traumas, feridas e abusos a partir de questões cotidianas – muitas delas vivenciadas pelos próprios integrantes. São legítimos narradores de histórias densas nas quais muitos se identificam, traduzindo batalhas internas em poderosas composições numa audição de fácil assimilação. A faixa de abertura, a cadenciada Driven apresenta uma latente pegada de Alice in Chains para falar da busca pelo sentido da vida nas pequenas coisas. É, também, sobre adquirir autoconhecimento encarando o vazio. Clona, em seguida, cresce em peso e densidade para falar de medo, revolta e ansiedade, escrita a partir de relatos vivenciados pelo vocalista Marcus Vulgare. A música, com riffs repetitivos e pesados ​​somados a uma linha vocal melancólica, é um grito contra sentimentos de desprezo e violência que ele sofreu. A quebra do ego e a busca frustrada por um deus inexistente é a catarse da próxima faixa, Lights, Shapes & Death. A música, aliás, reforça a gênese da Driven By enquanto uma banda que escreve sobre vida, morte e experiências pessoais. O EP traz também Masks, a música que norteou a nossa identidade como banda. Uma atmosfera dramática com versos e refrões bem definidos e cadenciados e uma letra que expõe a revolta diante de uma fé decrépita. O registro fecha com I’ve Gone, uma experimental jornada rumo ao desconhecido, que explora os cantos mais sombrios da mente humana. Com uma intensidade penetrante, a canção nos conduz através das complexidades do suicídio psicológico, um ato de autotransformação, em que a pessoa escolhe enterrar sua antiga identidade para dar espaço a um novo ser. “Foi um trabalho bem solto com liberdade para todos os cinco músicos criarem de acordo com suas próprias influências e características, o que fez com que a sonoridade soasse de uma forma bem original do nosso ponto de vista”, comenta a banda sobre o resultado atingido em Ourselves. A Driven By tambám fala sobre a parte lírica do EP. “Representa o que nós somos, daí vem o nome do disco. As nossas revoltas, anseios, conquistas, é um momento de falar da gente, de coisas que passamos como indivíduo, como grupo, como sociedade e mostrar para que isso é produto da nossa existência, das ações, das interações. Não adianta correr ou se esconder, a vida vai te encontrar onde você estiver e ela vai exigir que você viva, que experimente o mundo sendo bom ou não”.

Spiritbox revela EP Fear of Fear; ouça!

A banda de metal Spiritbox lançou o EP The Fear of Fear. Este lançamento segue o sucesso estrondoso do álbum de estreia da banda em 2021, Eternal Blue, que liderou as paradas e conquistou posição de destaque nas listas de final de ano dos críticos. O novo EP inclui os singles previamente lançados The Void e Jaded, que conseguiram mais de 1 milhão de streams na primeira semana após o lançamento. Uma característica especial deste lançamento é que cada música do EP será acompanhada por um videoclipe, com lançamentos programados ao longo da semana de lançamento. Atualmente, Spiritbox está em turnê com Shinedown e Papa Roach, consolidando sua posição como uma das bandas mais emocionantes e relevantes do cenário da música pesada.

Tô Pela Cidade: Gabriel Gonti abraça a energia e amores cariocas em novo EP

Paris é conhecida como a cidade do amor, mas para o cantor Gabriel Gonti esse título pertence a outro lugar: o Rio de Janeiro. Entre encontros e desencontros amorosos, Gonti se inspirou na energia apaixonante da cidade maravilhosa para lançar o EP Tô Pela Cidade. As quatro faixas do projeto vem acompanhadas de produções visuais, que contam a história de um casal que vive os altos e baixos de um relacionamento. Tô Pela Cidade é o primeiro trabalho do artista com a produção da Rodamoinho Records. Além dos clipes de Primeiro Bom Dia e da faixa-título, o visualizer de Novela Favorita, terceira do projeto, também já está disponível. O EP ainda traz a inédita Coração de Neve. Apesar de ser o seu debut com a empresa de entretenimento carioca, o mineiro possui um currículo extenso com três álbuns: Eterno Viajante (2017), Gonti (2019) e Gonti Acústico (2020). Em sete anos de carreira, Gonti acumula parcerias com grandes artistas – como Maria Rita e Boyce Avenue – e shows em festivais como o SXSW, nos Estados Unidos, e o Rock in Rio.

Tuyo revisita composições e entrega EP com canções inéditas acústicas

Explorar as intersecções temporais de se viver um presente imaginando o futuro (e todas as suas possibilidades), mas sem se esquecer dos caminhos e das pessoas responsáveis por colocá-los no lugar que ocupam hoje, é uma característica da Tuyo. A última incursão que a banda fez em seus mais de dez anos de repertório é refletida em um EP acústico contendo cinco faixas. Nele, o trio formado por Lio, Lay e Machado entrega singles inéditos, mas também resgata suas primeiras composições, nunca antes disponibilizadas oficialmente nos aplicativos de áudio, e dá a elas uma roupagem mais atual. O Tuyo Acústico chegou nas plataformas de streaming de áudio e acompanha o clipe de Tudo Volta. Para comemorar este lançamento, a banda ainda organizou um especial em formato de live session no TikTok, no dia 30 de outubro, e no YouTube, no dia 3 de novembro. “A vontade de refazer algumas músicas, agora com outra cabeça e recursos estilísticos, ronda a gente faz tempo”, explica Lio. Esse desejo reacendeu em meio à produção do próximo disco da banda, quando eles revisitaram seu repertório e testaram algumas versões repaginadas nos shows. “Tivemos a chance de vivenciar no palco mais de dez anos de composição, o nosso presente, passado e futuro lírico”, relembra a cantora. O retorno dos fãs foi maior do que esperavam e logo perceberam que essas canções tinham um apelo muito grande. Ter essa relação próxima com o público foi algo importante para a criação do EP. A Tuyo enxergou esse momento como uma oportunidade de presenteá-los, já que essas canções não tinham sido gravadas oficialmente pela banda. Os únicos registros presentes na internet são bem antigos e difíceis de serem encontrados. “Queríamos providenciar uma maneira mais fácil de escutarem essas obras”, afirma Lio. A tracklist do trabalho lista cinco músicas, três delas — Neblina, Tranquila e Trouxa — são da época de uns dos primeiros projetos de Lio, Lay e Machado, a Simonami, grupo em que tocavam ao lado de Xan e Luis Diogo. Tudo Volta e Eu vejo o futuro são letras inéditas. Este lançamento ainda se desdobra em uma parte audiovisual bem intimista. “Fomos ao estúdio de amigos com quem trabalhamos há alguns bons anos para captar o que seria a execução ao vivo dessas faixas e nada mais justo do que dividir também o registro visual do dia em que ele foi captado”, resume Lio. Dar uma nova cara para composições não é novidade para o trio. Recentemente, eles participaram de duas releituras de nomes expressivos da música brasileira. O primeiro lançamento foi Prece (Sample: Anjos (Pra Quem Tem Fé)), d’O Rappa. Este single marcou o debute do projeto em comemoração aos dez anos do álbum Nunca Tem Fim (2013). A outra versão que eles fizeram foi da faixa O Lobo, de Pitty, no Admirável Chip Novo (Re)ativado. Atualmente, a Tuyo segue com a turnê Depois da Festa e, em algumas ocasiões, apresenta o especial voz e violão. O EP Tuyo Acústico abre o caminho para o próximo álbum do grupo, previsto para o primeiro semestre do ano que vem.

Vero lança o EP Amormaço e explora o calor da paixão em novo trabalho

A cantora, performer e compositora Vero mergulha nas complexidades das emoções amorosas, explorando uma estética cada vez mais madura no EP Amormaço. Após o sucesso de seu álbum de estreia, Contrapranto (2021), a artista convida a uma jornada íntima, calorosa e intensa. O EP é uma transição natural na carreira de Vero, explorando a existência do amor desde suas formas mais e difíceis até seu lado maduro. Vero e o produtor lucasbin buscaram neste trabalho um estilo mais específico, com fortes influências de R&B, em que cada faixa conta uma história de forma envolvente. “Esse EP é uma transição entre um amor sofrido, dolorido, aquele amor que vemos e romantizamos tanto nos filmes e novelas, para um amor que faz crescer, um amor quentinho, gostoso, aconchegante. As músicas são como se sentar em um parque e sentir a luz do sol bater na pele”, a artista resume. Quero Lembrar introduz o ouvinte com sua atmosfera experimental e etérea, uma reflexão sobre amores antigos e os momentos que se dissipam na memória. Em Fala Aqui, Vero explora a dança das descobertas amorosas, envolvendo os ouvintes em uma experiência aveludada e cheia de groove. Fascínio descreve o desejo com a intensidade de uma obra de arte. No Sol combina sensações de calor e psicodelia com harmonias dissonantes. Por fim, Parei no Tempo é uma canção pessoal que reflete o crescimento e os processos de vida. Além do lançamento do EP, está previsto um filme audiovisual que apresenta as músicas de Amormaço como um clipe contínuo, criando uma narrativa visual para complementar a experiência auditiva. A cantora também se prepara para um show de lançamento, intitulado O Jazz da Vero, no Conservatório de MPB de Curitiba. Ouça Amormaço, de Vero

Vivi Rocha abraça as surpresas da vida no álbum “Impermanente”

A cantora, compositora e produtora musical Vivi Rocha faz de suas novas canções uma reflexão sobre o lado surpreendente e inesperado da vida, resultando em seu segundo álbum, Impermanente. Após uma sequência de singles, a artista amplia a narrativa de suas composições ao convidar os ouvintes a embarcarem em uma jornada musical que explora temas como a necessidade de recalcular rotas, autenticidade, amor, encontros e esperança. Impermanente parte da colaboração de longo prazo entre Vivi Rocha e seu amigo e produtor, Habacuque Lima. O processo de criação do álbum foi marcado por uma abordagem compartilhada, em que as músicas eram aperfeiçoadas à medida que eram discutidas e moldadas em conjunto. Muitas delas foram experimentadas com o público no Instagram da artista, em um processo de muita troca. O álbum apresenta um total de 11 faixas originais, incluindo uma parceria assinada com Habacuque Lima. As canções capturam uma variedade de temas, desde a busca pela própria identidade, como evidenciado na faixa Um recado pra mim, até a exploração das complexidades do amor, como em Com você e Debaixo d’água de olhos abertos. Além disso, o disco inclui músicas que refletem sobre os encontros na vida, como Vagalume e Numa esquina, e também traz canções de esperança, como Amanhã o sol e A vida volta a acontecer. Impermanente leva para as escolhas estéticas de Vivi Rocha uma reflexão sobre a inquietude e a impermanência da própria artista. A busca pela autenticidade foi o principal guia da musicalidade e das letras em todo o processo. O novo álbum soma a uma trajetória já sólida na música brasileira. Vivi Rocha é uma cantora, compositora, produtora musical e professora de canto baseada em São Paulo. Com uma carreira que abrange diversos gêneros musicais, Vivi é conhecida por sua autenticidade e habilidade de conectar-se com seu público por meio de suas letras profundas e emocionantes. Ela lançou seu primeiro álbum, Entreatos, em 2018, e desde então tem explorado novas direções musicais e criativas. Após dois EPs ao vivo, o trabalho da artista ganha outras nuances e texturas com o lançamento de Impermanente. Para tornar esse projeto uma realidade, Vivi promoveu um financiamento coletivo recorrente. Os apoiadores tiveram a oportunidade de participar ativamente do processo de criação do álbum, desde a escolha das músicas a serem gravadas até o acompanhamento da produção e gravação. Agora, com as canções lançadas para todo o público, a música de Impermanente é um lembrete de que a vida é efêmera, mas a arte é eterna.

Os Fadas divulga EP “Sono Ruim”, uma viagem sonora pelo abismo

A banda Os Fadas solidifica sua estreia com o EP Sono Ruim. Composto por quatro faixas, incluindo os singles anteriores Sei Lá Vie e Revolto, o álbum convida os ouvintes a uma jornada sonora repleta de experimentação, intensidade e potência. Sono Ruim é uma obra que desafia os limites convencionais da música, explorando a interseção entre desencanto e desencontro. O EP mergulha em paisagens sonoras oníricas e psicodélicas, conduzindo os ouvintes por uma viagem musical que oscila entre momentos de calma e explosões de raiva. Cada faixa é uma experiência única, marcada pela busca por entendimento em um mundo onde a multiplicidade de conexões coexiste com a extrema solidão. A faixa instrumental Rotas de Nodapé transporta a um universo lisérgico, enquanto Expurgatório encerra o EP com sua densidade angustiante, deixando uma marca profunda. A letra da última faixa é um labirinto de sons e sentidos similares, uma catarse contra a violência e cinismo que cercam o Brasil. Elas somam às faixas já reveladas. Revolto desenrola um tapete musical onírico, psicodélico, calmo e raivoso. Através de um voo sonoro por diversas paisagens, a música passeia por tempos e timbres. Há algo cíclico nos seus variados padrões, o caminho é tortuoso. Já Sei Lá Vie apresenta um pulsar primal e bruto como base para um riff curto, que conduz o lamento existencial expresso na letra: “Sei lá vie… Sei lá, viu…”. A canção busca evocar um incômodo permanente e invisível que vive silenciosamente em seu hospedeiro, utilizando poucas notas e duas línguas – a poesia e o urro. Os Fadas, formada por Anna Bogaciovas (vocal e guitarra), Augusto Coaracy (bateria e voz), Gabriel Magazza (vocal e guitarra) e Rafael Xuoz (vocal e baixo), iniciou sua jornada musical em 2015 em São Paulo. Embora tenham começado como um tributo ao Pixies – daí seu nome -, a banda rapidamente se dedicou a explorar sua própria identidade artística, culminando neste EP. A sonoridade única da banda, autodenominada “rock regressivo com ondas”, desafia as convenções musicais, convidando os ouvintes a uma experiência auditiva que vai além do comum. Os Fadas usam a música como meio de libertação, sacudindo os ouvintes da monotonia dos pequenos costumes cotidianos. Sono Ruim é uma obra que transcende fronteiras musicais, consolidando Os Fadas como uma das bandas mais intrigantes da cena musical brasileira.