Triumph of Death lança Messiah (Live), primeiro single de Resurrection of the Flesh

O Hellhammer existiu por apenas dois anos, de maio de 1982 a maio de 1984. Durante esse tempo, a banda escreveu material para três demos, um EP de 12″ (Apocalyptic Raids) e a lendária compilação de Death Metal, junto com uma série de músicas não gravadas. A ressurreição da música do grupo que se tornou uma lenda na cena mundial, foi uma ideia que Tom Gabriel Warrior e Martin Eric Ain discutiram por muitos anos, desencadeada principalmente por sua renovada colaboração no reformado Celtic Frost nos anos 2000. Os primeiros passos para a realização de Triumph Of Death, que leva o nome da música mais infame de Hellhammer e pretende ser um tributo muito respeitoso e autêntico a Hellhammer.  Triumph Of Death consiste em indivíduos que não apenas amam essa música, mas também a entendem verdadeiramente.  Resurrection of the Flesh é o primeiro álbum do grupo, que é apresentado ao público pelo single Messiah (Live).

Crítica| Messiah – temporada 1

Quando uma produção com temática religiosa é divulgada, a polêmica é sempre garantida. Mas com Messiah pode-se dizer que foi uma estreia até discreta, ao menos aqui no Brasil. Talvez por não ter cutucado uma religião popular em nosso país. Mas o fato é que a série merece atenção, pois abre vários pontos de questionamento social e, além é claro, de ter um enredo instigante e muito bem construído. A história começa com o discurso do personagem al-Masih (Medhi Dehbi), durante um ataque do Estado Islâmico aos palestinos, tudo em meio a uma tempestade de areia. Os dizeres inflados e a certeza da salvação daquele povo levam os sobreviventes a crerem estar diante do verdadeiro Messias, que os guia até a fronteira de Israel, em busca da terra prometida. A comoção em torno do então salvador, desperta suspeitas na agente Eva Geller (Michelle Monaghan). Uma investigação da CIA, terrorismo, disputas de poder entre as organizações de segurança de Israel e EUA viram pano de fundo para a história da possível divindade. Com a chegada de al-Masih é que a narrativa ata e desata nós. O que justifica o uso do termo “possível”, pois hora nos levam a crer que ele é, hora os fatos nos levam a pensar de forma mais racional. Personagens Se por um lado o roteiro segue nuances interessantes, as histórias paralelas deixam a desejar um pouco. Os problemas secundários até poderiam ser empáticos, mas falta carisma nos personagens, entrosamento e calor. Tudo soa frio e com distanciamento. Até o próprio personagem central soa indiferente em algumas ocasiões. O que me fez questionar algumas vezes: por que as pessoas o seguem afinal? Falta palavras de amor, fraternidade e até acolhimento. Mas então, tudo é suprido com algum feito emblemático, que responde à pergunta, com um incrédulo: ah, é por isso. O que nos leva a outro ponto: a sociedade está tão carente e sedenta por milagres extraordinários, que nos agarramos a qualquer ação sobrenatural para dar sentido ao que vivemos? Talvez o único personagem que traga alguma centelha de comoção seja a garotinha com câncer e sua família. Não destrincharei sobre, porém foi o núcleo mais cativante. Mas não podemos culpar as atuações, eles realmente entregaram o que os personagens e a história pediam. Al-Masih, cumpriu seu papel como o profeta enigmático, cercado por uma áurea de charlatanismo e misticismo. E Eva, não fica atrás com sua agente cheia de traumas pessoais, mas ao mesmo tempo fria e racional. Outro personagem que merece destaque é Samir (Sayyid El Alami). Ele é introduzido logo na primeira cena da série e acompanhamos uma jornada de crescimento quase heroica, até sua última aparição. Possivelmente, o garoto ainda nos guiará por um caminho narrativo cheio de reviravoltas e teorias na próxima temporada. Real x Misticismo A situação proposta é hipotética, mas não tem como não cogitar a ideia de realmente acontecer aqui e agora. A reação das pessoas, suas dúvidas, medos e angústias expostas pela vinda de um salvador. Esses pontos são bem trabalhados na trama, seja ao mostrar o furor nas ruas ou ao colocar o presidente dos Estados Unidos como um homem vulnerável por sua fé. Se a intenção era fazer questionar sobre nossa relação com a religião e o próximo, a série cumpre a imersão.