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Crítica | As Tartarugas Ninja: Caos Mutante

Engenharia do Cinema

Até o encerramento dessa crítica, “As Tartarugas Ninja: Caos Mutante” está em uma situação que provavelmente vai ser um dos poucos longas que irão se pagar, pois custou US$ 70 milhões e rendeu mundialmente US$ 153 milhões (o que possivelmente será o sinal para uma continuação ser realizada). Apesar de ter passado raspando nas bilheterias, a animação escrita por Seth Rogen, Evan Goldberg, Jeff Rowe, Dan Hernandez e Benji Samit, não conseguiu resgatar sequer o estilo original e imagem dos personagens criados por Peter Laird e Kevin Eastman, em 1983.

O longa funciona como uma espécie de história de origem, mostrando como as tartarugas Donatello, Michelangelo, Leonardo e Raphael conseguiram as habilidades de ninjas (e nomes), o primeiro encontro deles com a então aspirante a jornalista April e o primeiro grande vilão que eles tiveram de enfrentar.

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Imagem: Paramount Pictures (Divulgação)

Mesmo se tratando de uma história de origem, fica difícil conseguir comprar essa trama que cai totalmente em contradição com as produções dos personagens (principalmente os filmes do Michael Bay, que já não eram ótimos). Não temos mais as Tartarugas inteligentes, mestres na luta, muito menos que passavam uma confiança. Agora todos eles são medrosos, infantis e sequer conseguem lutar. E o mesmo vale para a April, que agora é uma adolescente, problemática e em momento algum transparece ser um álibi para o quarteto.

Em uma era onde os traços das animações computadorizadas estão cada vez mais se diferenciando e inovando (vide “Gato de Botas 2” e “Aranhaverso”), o mesmo pode ser notado aqui. Sim, embora a questão do Vale da Estranheza esteja presente por conta disso, o estilo ficou muito bem executado e este diferencial também pesou na hora das cenas de ação e clímax da animação (que estão muito bem executadas).

Só que fica sendo uma pena os diretores Kyler Spears e Jeff Rowe (“A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas”) não conseguirem nos entregar um resultado melhor, pois o próprio roteiro não lhes promove situações que lhes permitam fazer algo interessante. Tanto que o filme chega a ter mais discussões sobre a Cultura Geek, K-POP, ao invés apostar em cenas originais e divertidas de lutas (que era a marca das Tartarugas).

As Tartarugas Ninja: Caos Mutante” termina sendo mais uma produção, que acabou sendo arruinada por conta do roteiro amador, e totalmente focado em desconstruir os seus protagonistas.

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