Fabio Luma lança Casa do Sol Raiar, releitura de The House of the Rising Sun

O cantor e compositor Fabio Luma lançou a faixa Casa do Sol Raiar, uma interpretação única e emocionante de The House of the Rising Sun. Além de ser uma adaptação de um clássico da canção mundial, Casa do Sol Raiar é uma jornada emocional, onde Fabio Luma mergulha nas profundezas da música folk e blues, trazendo uma nova perspectiva para a obra original enquanto mantém sua essência. Inspirado por suas experiências pessoais e pelas paisagens do Mato Grosso do Sul, Fabio encontrou uma conexão profunda com a letra original de The House of the Rising Sun. “A letra da faixa original é o lamento de um condenado à prisão, em Nova Orleans. Ele admite os erros e excessos que cometeu, mas relata um passado difícil de pobreza e problemas familiares. Eu senti nessa letra um paralelo muito forte com histórias que me comoveram quando vivi no Mato Grosso do Sul, na região da fronteira com a Bolívia e o Paraguai. Essa conexão me inspirou a escrever Casa do Sol Raiar, que narra a confissão de uma jovem arrependida por aceitar uma proposta suspeita, num momento de fragilidade”, comenta Fabio Luma. Desde a sua primeira gravação por Clarence “Tom” Ashley e Gwen Foster em 1930, The House of the Rising Sun foi reinterpretada por diversos artistas, incluindo Bob Dylan, Joan Baez, Nina Simone e The Animals, mas esta é a segunda adaptação que recebe para a língua portuguesa. Ao descrever sua inspiração para a faixa, Fabio compartilha: “Sempre achei essa canção fascinante, porque abriga um contraste raro e precioso, entre a melancolia de um blues autêntico e um arranjo instrumental furioso e incendiário.” Explorando temas de arrependimento, fragilidade e redenção, Casa do Sol Raiar transporta o ouvinte para um universo de emoções profundas e reflexões intensas. A voz cativante de Fabio Luma é complementada pelo arranjo de Gustavo Arthury, que eleva a experiência auditiva a novos patamares. A faixa enriquece seu panorama sonoro com elementos brasileiros, incluindo o característico som da viola caipira, numa reverência ao Mato Grosso do Sul. Ao mesmo tempo, preserva a essência do folk e do blues que conferiram à música original sua imensa potência emocional. Além da viola caipira, Fabio Luma enaltece em sua letra as paisagens e vivências de Corumbá, o fascínio do Pantanal e a fluidez do Rio Paraguai, adicionando camadas de profundidade e autenticidade à narrativa musical. Com sua sinceridade e poesia, Fabio Luma continua a se destacar como um dos talentos mais promissores da cena musical brasileira.

Singular: Nando Müller reforça espontaneidade em disco de estreia recheado de indie folk

DIVULGAÇÃO - Vermell Press

A vida é curta e frágil. Por isso, é importante vivenciar a plenitude de cada momento. Esse é o espírito do álbum de estreia do cantor e compositor, Nando Müller, intitulado Singular. O trabalho reúne 10 faixas que traduzem uma espécie de indie folk tardio, isto é, com um andamento calmo influenciado pela MPB e pela música alternativa em si.  Em outras palavras, o disco é um prato cheio para fãs de Rodrigo Amarante, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Devendra Banhart e Mac Demarco, produzido na contramão do imediatismo contemporâneo. Isto é, levou quatro anos para ganhar vida. Assim, o repertório é composto pelas canções: O Extraordinário, Casas Coloridas, Quasar, Da Janela, Da Estrada, Mantra, Olá, Quarantine, Amor Verão e Há de Ser. Nando Müller explica que o título do álbum foi escolhido de forma espontânea, representando a fugacidade da vida e a sua relação atípica com a própria indústria fonográfica.  “O nome é quase uma afronta, apresentando o material como raro ou único, já que não sei se lançarei mais canções em um futuro próximo. Brincadeira ou não, fato é que discos não são aceitos como outrora. Vejo que estou na contramão de todo esse imediatismo que os artistas têm lidado”, destaca.  O álbum foi majoritariamente gravado no home estúdio de Breno Branches, nome expoente do cenário indie, que ainda assina a produção das canções. A exceção se dá pela canção Olá, que foi captada no estúdio Rota 66, em Joinville, Santa Catarina. Os músicos Nicolas Pedroso (flauta), Barbara Cosmo (backing vocal), Lu Maciel (backing vocal) e Vitor Bussarelo (guitarras, contrabaixo, bateria e piano) também colaboraram no disco Singular.

Clássico dos anos 80 ganha versão folk na voz de Aline Happ

A canção Every Breath You Take é um clássico na musicografia do The Police. Lançada em 1983, até hoje ela é o principal hit da banda inglesa. Não à toa, ela foi a escolhida para ganhar uma versão folk e celta pela cantora Aline Happ. Em seu canal no YouTube, com quase 15 mil inscritos, ela publica uma série de releituras folk e celta que trazem uma nova vida às canções, sejam do pop, do rock ou mesmo do metal. Famosa em casamentos, a letra de Every Breath You Take não é nem um pouco romântica. A canção fala sobre alguém que não supera um relacionamento, e por isso, persegue o ser amado, como se fosse uma obsessão. Ainda assim, muitas pessoas encontram algo apaixonante na letra, tornando ela um dos maiores sucessos do The Police, chegando a ser a música mais tocada nas rádios nos Estados Unidos, com mais de 15 milhões de plays nas estações. Além de ser vocalista, Happ também produz as músicas, o instrumental, grava e edita os vídeos. Os conteúdos publicados no canal de Aline Happ contam com o apoio de fãs no Patreon e no Padrim. Líder, vocalista e compositora do Lyria, Aline Happ é hoje uma das vozes mais famosas do Metal brasileiro. Em seu projeto solo, a artista promove releituras Gothic/Folk/Celtic de canções do Rock e do Metal mundial que estão disponíveis em seu canal no YouTube. Graças ao apoio dos fãs, a cantora arrecadou mais de 200% da meta do financiamento coletivo para o seu disco solo de estreia, que será lançado neste ano. Além do trabalho solo, Aline é fundadora, vocalista e uma das principais compositoras do Lyria. Conhecidos mundialmente, a banda de metal alternativo sinfônico foi fundada em 2012. De lá pra cá, o grupo lançou dois discos com apoio de crowdfunding, Catharsis (2014) e Immersion (2018) e tocou em diversas cidades, além de ser pioneira no Brasil na transmissão de shows online com venda de ingressos para o mundo todo.

As Boas Coisas da Vida: Mauricio Musa retrata nostalgia e positividade em novo single

MUSA - As Boas Coisas da Vida

Comer bolinho de chuva na casa da avó, jogar futebol ou brincar de pique-esconde. Quem foi criança antes do boom da internet, cedo ou tarde chega a conclusão que essa foi a melhor época para crescer. E este é o tema do novo single do cantor e compositor Mauricio Musa: As Boas Coisas Da Vida. Com nostalgia, a faixa elucida que a felicidade pode estar no cotidiano. A canção evidencia o folk enquanto se remete ao rock e à musicalidade rural. Para chegar nessa sonoridade, Maurício contou com o suporte do produtor Jeff Pina, que é principalmente conhecido por já ter trabalhado com nomes como Anavitória e Chitãozinho & Xororó.  As sessões de gravação ocorreram no Estúdio Moringa Fresca, em São Paulo (SP). Segundo o cantor, a memória afetiva pode impulsionar novas experiências positivas.  “A vida tem muita coisa legal. E normalmente, olhando para trás, vivenciamos mais coisas boas do que ruins.  É sobre não esquecer dos momentos bons. E claro, na medida do possível, tentar revivê-los. Afinal, estamos em um momento em que tantas pessoas adoecem por depressão e ansiedades. Por isso, vejo que essa canção traz perspectiva de olharmos o copo meio cheio”, frisou Musa.  O single As Boas Coisas Da Vida chega nas plataformas de Streaming através dos selos Musikorama Music Entertainment e New Music. Anteriormente em 2021, Mauricio Musa, que está em atividade desde meados dos anos 1980, divulgou o single Varanda, com produção do ex-Capital Inicial, Bozzo Barretti. A discografia do artista ainda conta com o disco Sorrisos Mudam Paisagens, lançado em 2020. 

Entrevista | Hollow Coves: “As pessoas perceberam o quanto são abençoadas com o que tínhamos”

A dupla de indie folk australiana Hollow Coves sempre explora uma temática mais bucólica e minimalista em seus projetos. Foi assim com o primeiro EP, Wanderlust (2017), o álbum Moments (2019) e o último EP, Blessings, lançado em junho. As capas trazem lindas imagens de vilarejos, enquanto as canções do Hollow Coves parecem extraídas de filmes mais introspectivos. Apesar dessa personalidade mais tranquila, Ryan Henderson e Matt Carins querem conhecer o “público maluco e apaixonado do Brasil”. Em entrevista ao Blog n’ Roll, o Hollow Coves falou sobre o processo de criação de Blessings, o impacto das suas canções no público, entre outros assuntos. Confira abaixo. Como foi preparar um estúdio caseiro para dar vida ao EP Blessings? Matt: Uma grande tarefa, tínhamos que fazer, pois íamos fazer uma tour pelo mundo. Eu era carpinteiro e o Ryan engenheiro, e fazíamos musica. Por que não juntar estas habilidades para fazer um pequeno estúdio, um local bem simples? Não sabíamos como produzir música, mas já estivemos em estúdios, trabalhando com produtores, pegamos dicas. Gravar músicas é um longo processo, estamos muito orgulhosos, talvez não seja tão bom como se fosse num estúdio mais profissional, mas aprendemos e ficamos felizes. O período de isolamento social rendeu muita inspiração para vocês, vide esse trabalho. Como foi o processo de criação dele? Ryan: Eu estava morando sozinho e nós decidimos trabalhar juntos com um pessoal muito criativo. Fizemos muitas músicas com esse grupo. E procuramos uma músicas que havíamos escrito em Berlim há cerca de dois anos atrás. Hello foi uma das primeiras músicas que o Matt escreveu. Ele reescreveu os versos durante o lockdown para refletir o sentimento de estar preso dentro de si. Tínhamos uma nuvem de armazenamento, Matt escreveu uma música e deletou, mas consegui resgatar, gostei muito e aproveitamos. Matt: É uma música que escrevi quando minha irmã casou. Eu decidi lançar como single. Depois vem Blessings, faixa-título do EP. Teve um impacto positivo no publico. Apresentamos a música em diferentes formas, lives e EPs. A música e o tema são fortes, por isso é a musica-título. As canções passam uma mensagem para quem está enfrentando esse momento complicado ou é algo mais a ver com temas que vocês já pensavam antes? Ryan: Sabemos que muitas pessoas estão passando por momentos difíceis, e no passado recebemos mensagens que nossa música ajudou pessoas. Queremos usar essa plataforma para levantar as pessoas, e ajudá-las a ver a beleza da vida, como na letra de Blessings, mostrando às pessoas que há muito o que agradecer da vida. Se você tirar um momento e sair, sentirá a gratidão e perceber que tudo é uma questão de mudança de perspectiva. Se você pensar em covid e outras coisas, pode entrar numa espiral de pensamentos negativos. A Austrália parece ter enfrentado a pandemia de forma mais tranquila, pelo menos para quem olha de fora. Foi assim mesmo? Matt: A gente mora em Queensland. Aqui, começou com um pequeno lockdown. Mas rolaram grandes lockdowns em outros estados. A gente não se sente isolado, vivemos no litoral, um lugar turístico. Sabemos que foi diferente em outras partes do mundo, mas aqui não teve o mesmo impacto. Vai ser interessante quando tudo abrir de novo. Ryan: Nós não tivemos muita exposição ao covid na Austrália porque as fronteiras foram logo fechadas. Qualquer um que chegasse teria que ficar de quarentena por duas semanas, sendo testado. O governo da Austrália é muito severo, garantiu que a doença não se espalhasse de jeito nenhum. Foram registrados poucos casos, e feitas algumas restrições. Mas parece que o duro é que não conheço ninguém que teve covid. O governo quer que todo mundo tome a vacina, não veem muito risco de contágio. No resto do mundo, muitos foram vacinados, o que fez com que as coisas começassem a voltar ao normal. Na Austrália, quase ninguém quer tomar a vacina. Aqui temos as coisas no controle, acontecem poucos casos, fazem lockdown de novo, se necessário. A gente não sabe quanto tempo isso vai durar. É frustrante. Mas somos afortunados pela maneira como está a situação aqui, enquanto o resto do mundo parece estar numa situação ruim. Qual é o grande ensinamento que a pandemia trouxe para o Hollow Coves? Ryan: A gente valoriza as coisas depois de perdê-las. Existe uma música sobre isso, Don’t Know What You Got (Till It’s Gone, do Cinderella). O coronavírus ajudou as pessoas a perceberem o quanto são abençoadas com o que tínhamos, estar com os amigos, viajar pelo mundo, isso são luxos. Não posso viajar pelo mundo, mas muita gente não tem eletricidade, ajuda a colocar em perspectiva. Falando em viajar pelo mundo, existe uma expectativa de vocês para uma tour no Brasil? Matt: A gente quer muito ir ao Brasil, tínhamos planejado, mas foi cancelado. Vamos tentar assim que a pandemia esteja controlada. Temos planos de ir a diferentes países, mas tudo depende da covid. Mas queremos muito ir ao Brasil Nunca estivemos no Brasil. Ryan: Temos muitos fãs no Brasil, recebemos muitos comentários para visitar o Brasil. Dizem que o público brasileiro é crazy. Gostaria de saber como é tocar no Brasil, é interessante dizem que as pessoas são apaixonadas. Como reagem a musica, é diferente em cada país. Tocar em lugares diferentes para culturas diferentes. Não sei quando iremos ao Brasil, mas estamos ansiosos para isso.

Dupla de indie folk Hollow Coves lança EP Blessings

A dupla de indie folk de Brisbane, Hollow Coves lançou o EP Blessings e compartilhou um vídeo especial de performance ao vivo para a faixa-título, filmada na linda Gold Coast da Austrália. Escrito e gravado pela banda em seu estúdio caseiro na Gold Coast, Blessings nasceu durante um tempo em que a união parecia algo distante. Em suma, quando o mundo parou e o isolamento se tornou realidade, Ryan e Matt se voltaram para dentro, encontrando verdades e histórias em seus respectivos passados e cantando-as. Do peso emocional de Evermore à história de terror de uma noite que deu errado em From the Second Floor, Hollow Coves explora um novo território, escrevendo de um lugar de solidão pela primeira vez. “Tivemos uma abordagem um pouco diferente em relação a este EP. Nós realmente não escrevemos essas músicas para se encaixarem. Estávamos apenas tentando escrever qualquer coisa que viesse até nós. A maioria dessas canções foi escrita durante o período de quarentena da covid. Também acabamos gravando e produzindo a maioria das músicas nós mesmos. Construímos um pequeno estúdio caseiro e tivemos que aprender a fazer tudo do zero. O processo demorou bastante porque não tínhamos ideia do que estávamos fazendo”. Preparação do Hollow Coves Hollow Coves orquestrou tudo desde o início para uma coleção final de canções que encontraram seu som através de Ryan e Matt. Contudo, com a construção de seu estúdio caseiro, a dupla teve um espaço criativo para trabalhar durante semanas de tentativas e erros. Em resumo, chegaram a cinco músicas que combinam com suas harmonias ricas, paisagens sonoras calorosas, e sentimento subjacente de positividade que é exclusivamente Hollow Coves. A dupla compartilhou anteriormente os singles Hello e Lonely Nights com a cantora folk americana / compositora Priscilla Ahn. Lonely Nights foi acompanhado por um videoclipe filmado em uma Bolex 16MM em Santa Teresa, na Costa Rica. Ademais, o Hollow Coves também lançou sua turnê australiana com ingressos esgotados hoje e se juntará ao The Paper Kites em sua temporada australiana em agosto. A turnê anteriormente anunciada pela Europa e Reino Unido foi remarcada para maio de 2022.

Sobre A Bravura: Anima Mea e Rafa Bicalho versam sobre coragem em novo single acústico

Sobre A Bravura. Este é o nome do novo single da banda Anima Mea. A faixa é acústica e conta com a participação do cantor Rafa Bicalho. A letra versa sobre a coragem e sobre a importância de sempre lutar antes de desistir.  Este é o segundo lançamento do Anima Mea em 2021. Anteriormente, a banda lançou o single Pirâmide em parceria com o grupo Dias de Truta – misturando elementos de rock, ska e pop. Agora, no entanto, o trio aposta na música folk.  As sessões de gravação ocorreram no R Moreno Studio Musical, em Divinópolis (MG). Segundo o vocalista Daniel Valadão, Blackbird, dos Beatles, foi a principal referência na ocasião.  “No arranjo, trouxemos a mesma sutilidade que Blackbird propõe. E coincidentemente, na letra, também temos um pássaro como o personagem principal. É uma música que traça um paralelo entre a ave e a mensagem de que sempre vale pelo menos tentar antes de deixar os nossos sonhos de lado”. Para Daniel, a parceria com Rafa Bicalho é natural, tendo em vista que a Anima Mea agora visa apostar em canções acústicas.  “Ele é um cantor de apenas 18 anos de idade. No entanto, tem uma voz grave e marcante. Mais do que isso, também tem se destacado nas plataformas de streaming justamente com músicas mais leves. Vejo que ele  agregou muito em Sobre A Bravura”, destacou. Além de Daniel, o Anima Mea ainda é composto pelo baixista Sidney Braga (baixo) e pelo violonista e guitarrista Ronilsinho Moreno, que assina a produção deSobre A Bravura. A faixa foi mixada e masterizada pelo músico Renato Saldanha – que ainda gravou violões adicionais para o trio. 

Bob Dylan divulga seu primeiro disco em oito anos; escute

A lenda Bob Dylan trouxe nesta sexta-feira (19), seu mais novo disco em estúdio. Em síntese, Rough And Rowdy Ways já está disponível em todas as plataformas de streaming. Vale lembrar que este é o primeiro registro do artista em oito anos. Ademais, o sucessor do ótimo Tempest, chega com 10 faixas. Contudo, o trabalho é dividido em duas partes. A primeira contém nove canções inéditas. Já a segunda parte, conta apenas com Murder Most Soul, música de 17 minutos de duração.

Roo Panes faz show intimista em repertório de boas histórias

Roo Panes faz show intimista em São Paulo

O show de Roo Panes é como um café quentinho numa tarde de outono. Em apresentação no Fabrique Club, em São Paulo, pelo Popload Gig, o cantor britânico apresentou a essência do folk. Com pouco mais de uma hora de show, entregou um repertório acústico cheio de significados, sozinho, para um público encantado por suas histórias. Com sorriso tímido, o cantor sobe ao palco só na voz e violão. Começa o show com Indigo Home, seguido de duas novas canções: Thinking of Japan e There’s A Place. Mesmo com alguns problemas de som, o cantor mantém a tranquilidade e brinca com tudo. À primeira vista, parece introvertido, mas vai se soltando. “Estou sozinho hoje, então vou conversar bastante com vocês”. Uma música, mil sentimentos O papo com o público tornou o show leve como tocar violão em uma roda de amigos. “Adoro como vocês vibram com músicas tristes. Essa é uma canção séria”, brinca Panes, afinando seu violão para embalar There’s A Place. A platéia, imersa em suas músicas, brindou o britânico com um silêncio respeitoso. Mesmo gripado, Roo Panes não deixou barato nos vocais. “Não sei se vocês perceberam, mas estou um pouco doente. Não posso ouvir muito, inclusive, não posso cantar muito”. Com Tiger Striped Sky, fala de escapismo e recomeços. Intercalando o set com músicas mais antigas, então partindo para Home From Home. Conta que a história veio da partida de Londres, em sua primeira turnê pela Escócia. Sempre baseado nos detalhes da vida, Roo Panes descreve suas canções com histórias extremamente identificáveis. Seguiu comentando sua infância com Ran Before The Storm. “Quando era pequeno, eu costumava sair de casa quando ficava irritado para esfriar a cabeça. Teve essa vez em que eu saí e uma tempestade me pegou, próximo à floresta, e eu fiquei muito irritado. É interessante, porque isso me fez pensar sobre perspectiva, sobre como uma coisa simples como uma chuva me deixou tão irritado. Então eu desci a colina de volta e pensei nessa música”. Conexão e entrega com o público Em Little Giant, o público cantou emocionado cada verso da canção. Roo agradece cada salva de palmas com um “obrigado” tímido. “Essa música é sobre paz, na verdade. Tentar uma vida simples”, enuncia para Quiet Man. Em seguida, embala seu maior sucesso no Brasil, Lullaby Love, que ficou popular após integrar a trilha da novela A Dona do Pedaço. Quando soltam a máquina de fumaça, brinca que poderia dizer qualquer coisa que seria “uau, muito dramático”. Retorna no bis com Ophelia, e logo após se despedir do palco, retorna mais uma vez a pedido dos fãs. Encerra a noite com Open Road, uma canção mais otimista. Novamente, o público canta junto, estalando os dedos para marcar o ritmo. Juntos, embalam “let me out of this cage, before I swell up with rage / let me sing to old age before I’m done / let me shout to the skies that I’m too young to die / and that fate will never stop me from trying“. A estrofe, que proclama liberdade e oportunidade de tentar ser quem é, deixa os ânimos lá no alto. Roo Panes então se despede de vez, deixando o palco do Fabrique Club com um gosto de quero mais. De charme acolhedor, sotaque carregado e entrega de alma, Roo Panes oferece aos fãs uma apresentação encantadora. Sua voz e violão silenciaram o Fabrique, que ouvia atento a cada verso de suas canções. Ao fechar os olhos, seu acústico se torna uma experiência profunda. E é dessa simplicidade e verdade que a arte se trata, afinal.