Simplicidade e brasilidade guiam o novo single do Tamarindus

Em uma nova fase musical e pessoal, o duo Tamarindus apresenta o single ‘Eu Não Preciso de Jeri’, que ironiza os pontos instagramáveis, mostrando que são as companhias que tornam os momentos realmente especiais. A faixa mescla a MPB contemporânea com as batidas do trap carioca. O lançamento chega às plataformas de streaming acompanhado de um videoclipe que celebra o verão, reunindo imagens de um passeio em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro. O vídeo faz referência ao clipe de “Despechá”, da Rosalía, e foi captado com uma lente olho de peixe, debochando do luxo e exibindo momentos do casal que forma o Tamarindus. Gabriel Nascimento, que canta e toca violão no grupo, explica que o título da faixa é inspirado na abreviação de Jericoacoara, um pequeno paraíso de águas doces e salgadas na costa oeste do Ceará. “É um destino que perdeu sua essência. Não é mais uma simples vila de pescadores, tendo até uma taxa de turismo. Já Muriqui, cidade vizinha e desprezada pela classe A/B, oferece a mesma beleza natural. Ou seja, não é sobre o lugar ou o luxo, e sim sobre os momentos construídos com as pessoas que nós amamos”. Já Karinne Almeida, vocalista que completa o duo, destaca que a letra de “Eu Não Preciso de Jeri” é mais coloquial, com gírias, termos e situações que geram identificação com o suburbano carioca. “Fugimos de referências da MPB neste single, buscando beber do que nós temos escutado ultimamente, incluindo os beats de trap que bombam nas caixas de som das praias, com MC Cabelinho, L7nnon, Oruam e Poze do Rodo e vocalizações típicas do pagode. Atrelamos tudo isso a uma mensagem positiva, que é o pilar inegociável do Tamarindus como projeto”.
Com brasilidade e música pop, Uiara Leiggo divulga novo EP “Teu Sentido”

O ser humano é profundo e pode evoluir a partir de suas próprias dores e frustrações. Esse é o conceito do novo EP da cantora Uiara Leiggo: Teu Sentido. A obra é recheada de brasilidade e conta com aspectos do pop/rock dos anos 80 e do indie contemporâneo. O repertório é composto por seis faixas, incluindo uma releitura do hit Índios, da Legião Urbana. A faixa-título Teu Sentido e as canções Flores no Inverno, O Tanto Que Doeu, Perdendo A Revolução e Sal do Mar também integram o mini-álbum que é lançado pelo selo Musikorama Music Records. A cantora concebeu o EP com o suporte do produtor, guitarrista e baixista, Arnaldo Huff. Na ocasião, Uiara ainda obteve a colaboração de uma série de músicos durante as sessões de gravação. Tais como Geison Vargas (bateria), Xandy Guitar (teclados), Amanda Martins (flauta), Anderson Fofão (percussão), Danniel Goulart (guitarra), Advar Medeiros (clarinete), entre outros. Para a artista, o EP Teu Sentido visa inspirar o público positivamente. “É sobre olhar para as mágoas e mover-se em prol da sua própria evolução enquanto refletimos sobre a nossa existência. Vejo que as músicas trazem o despertar de uma nova consciência”. Uiara Leiggo está em atividade há mais de 10 anos. Anteriormente, lançou os álbuns Pedra Bruta (2010) e Meu Canto É Segredo (2016). Carioca e radicada na capital paulista, Uiara inspira-se principalmente em nomes como Angela Ro Ro, Cássia Eller, Zélia Duncan.
Animal Alado: Zuza Zapata aborda liberdade e solidão em EP recheado de brasilidade e música alternativa

Todos têm qualidades e defeitos. Portanto, é preciso se libertar para ir de encontro à sua melhor versão. Essa é a aura do novo EP de Zuza Zapata, que é intitulado Animal Alado e alude à iniciativa de transformar solidão em solitude. No âmbito melódico, o mini-álbum mescla a brasilidade ao rock alternativo dos anos 1980. Assim, Zuza inspirou-se em The Smiths, The Cure, Cazuza, Belchior e Terno Rei durante as sessões de gravação. O projeto foi viabilizado pela Lei Aldir Blanc, contando com recursos do Governo Federal e do Estado do Rio de Janeiro, através da Secretaria de Cultura e Economia Criativa. O repertório inclui a faixa-título Animal Alado, o poema/introdução Pássaro, e as músicas Eu Não Posso Parar, Minha Rota, Eu Ando Assustado, Touro Furioso e Eu Ando Sonhando. O álbum foi gravado de forma remota. Assim, Zuza gravou as linhas de voz em casa enquanto o instrumental foi captado no Estúdio Baeta, em São Bernardo do Campo, com o suporte do produtor Caio Andreatta. O disco ainda contou com a direção de Zeca Vieira e mixagem e masterização de Odael Rodrigues. O baterista Cláudio Baeta também colaborou no projeto. O cantor destaca o teor sentimental da obra. “Vejo que o disco surgiu num momento de muita angústia, tanto em relação à vida pessoal quanto à carreira artística. Por isso, Animal Alado reflete sobre a importância de estar feliz consigo mesmo, compreendendo as nossas qualidades e defeitos. Espero que este trabalho possa tocar o coração das pessoas, trazendo-as para toda a minha odisseia poética”. Zuza Zapata é natural de Macaé, Rio de Janeiro, e está em atividade há cerca de 10 anos. Anteriormente, o artista divulgou o disco Crônica de Ontem e Outras Saudades, em 2014, além de outro homônimo em 2010. Vale pontuar que o EP Animal Alado trata-se de um lançamento multifacetado. Isso porque cada uma das faixas obtém ilustração e vídeo arte, respectivamente, desenvolvidas por Caró Lago e Zeca Vieira. Todo o material estará disponível no site de Zuza Zapata, onde o artista fornece ainda uma ferramenta de acessibilidade web.
Imbu: Felipe Wander aborda brasilidade e misticismo em videoclipe de estreia

Regionalidade, resistência e misticismo. Com o videoclipe de Imbu, Felipe Wander aborda todos esses fatores enquanto questiona a existência humana. Aliás, a obra tem direção de Fernando Ventura e trata-se de um lançamento do coletivo Trinca de Selos, que é composto pelas gravadoras Brechó Discos, BigBross Records e São Rock Discos. As filmagens ocorreram nos arredores de Fortaleza, no Ceará. Portanto, desta forma, o eu-lírico visa encontrar a sua essência perante os percalços da vida – enfrentando a sentimentalidade e os próprios sonhos. A faixa, por sua vez, mistura a MPB contemporânea à brasilidade dos anos 1970 de nomes como Belchior e Caetano Veloso. Todavia, para Felipe Wander, o clipe retrata a essência da canção. “O ser humano é incompleto e isso permeia toda a nossa existência. Por isso, é preciso lembrar das feridas para continuar perambulando. Essa é a aura de Imbu. Isso nos permitiu levar a intuição para as sessões de gravação, misturando ideias prévias à improvisação”. Este é o primeiro videoclipe da trajetória solo do artista que outrora ainda divulgou o single Avoante em 2020. Ademais, o audiovisual ainda contou com o suporte do iluminador Marinho e dos figurinistas Ricardo Bezerra e Nayrla Delmiro.