História do hardcore brasileiro dos anos 90 estreia no 17º In-Edit Brasil

O documentário Hardcore 90 faz sua première nacional na 17ª edição do In-Edit Brasil, Festival Internacional do Documentário Musical, que acontece de 11 a 22 de junho, em São Paulo. Dirigido por Marcelo Fonseca e George Ferreira, o documentário mostra, pela primeira vez, a história de uma cena que surgiu após a primeira geração do punk brasileiro, que vivia um ciclo de violência e autodestruição no final dos anos 80. Em mão contrária, o início da década de 90 vê surgir uma geração potente e antenada, que amplia os ecos do punk, trazendo novas vertentes e temas para o gênero, muito mais politizada, unida e socialmente consciente. A década de 90 chega e apresenta novos talentos para o cenário musical brasileiro, com nomes importantes como No Violence, Ação Direta, Garage Fuzz, ROT, Safari Hamburguers, Abuso Sonoro, Personal Choice, Dominatrix, entre outros. O In-Edit – Festival Internacional do Documentário Musical nasceu em Barcelona, na Espanha, em 2003, e acontece no Brasil desde 2009. Outros países, como Chile, Grécia, México e Países Baixos, também realizam edições do festival. Sessões Sábado, 14 junho de 2025 | 14:00Spcine Olido – Av. São João, 473 – Centro, São PauloSessão com diretores. Quarta-feira, 18 Junho 2025 | 19:00Cinemateca Brasileira – Largo Sen. Raul Cardoso, 207 – Vila Clementino, São PauloSessão seguida de show Sexta-feira, 20 Junho 2025 | 19:00Matilha Cultural – R. Rego Freitas, 542 – São Paulo

Pavement lança aguardada trilha sonora do documentário “Pavements”

A Matador Records aproveita o enorme sucesso de bilheteria de Pavements com o lançamento digital da trilha sonora original do icônico meta documentário. Ela inclui a inédita versão da banda para a canção Witchitai-To, de Jim Pepper. Uma edição física será lançada posteriormente. Compilada pelo produtor/editor de Pavements, Robert Greene, em parceria com a banda, a trilha costura elementos díspares do filme — trechos de diálogos, cenas da cinebiografia falsa Range Life (feita sob medida para o Oscar), gravações do elenco do jukebox musical Slanted! Enchanted!, além de registros ao vivo e ensaios da turnê de reunião do grupo em 2021. As performances completas da banda foram mixadas por Bryce Goggin, responsável por clássicos do Pavement como Crooked Rain, Crooked Rain, Wowee Zowee e Brighten the Corners. Dirigido por Alex Ross Perry, o filme Pavements está atualmente em cartaz em cinemas selecionados, estreia nacionalmente em 6 de junho e chegará em breve à plataforma Mubi. O longa tem gerado confusão, perplexidade e, por fim, grandes elogios da crítica, com destaque em veículos como The New York Times, The New Yorker e Los Angeles Times. No início deste mês, o Pavement fez sua estreia no The Late Show With Stephen Colbert, com a performance de Harness Your Hopes, um lado B que virou fenômeno de streaming e agora foi oficialmente certificado como disco de ouro pela RIAA. A banda também anunciou um show como atração principal no festival Levitation, que acontece neste outono em Austin. Pavement é formado por Mark Ibold, Scott “Spiral Stairs” Kannberg, Stephen Malkmus, Bob Nastanovich e Steve West. Um dos grupos mais queridos a emergir do underground americano nos anos 1990, lançou cinco álbuns que definiram uma era — Slanted And Enchanted (1992), Crooked Rain, Crooked Rain (1994), Wowee Zowee (1995), Brighten The Corners (1997) e Terror Twilight (1999) — antes de encerrar as atividades em 1999. A reunião do Pavement em 2022 os levou ao topo do Primavera Sound, além de esgotar séries de shows em Los Angeles, Nova York e Londres. Pavements Original Soundtrack tracklist

Paramount+ anuncia documentário de Ozzy Osbourne

O Paramount+ anunciou a produção de Ozzy Osbourne: No Escape From Now, um documentário que traz um retrato profundo da imagem pública da lenda do rock, Ozzy Osbourne, para revelar os contratempos devastadores que ele enfrentou desde sua queda fatídica em 2019. Atualmente em produção, o projeto está programado para estrear em breve no Paramount+. Este é Ozzy Osbourne como nunca visto antes: um retrato honesto, caloroso e profundamente pessoal de uma das maiores estrelas do rock de todos os tempos, detalhando como o mundo do cantor parou há seis anos, forçando-o a contemplar quem ele realmente é, confrontar sua própria mortalidade e questionar se será ou não capaz de se apresentar no palco pela última vez. Abordando seus problemas de saúde e o impacto do diagnóstico de Parkinson, o documentário mostra o papel central que a música continua a desempenhar na vida de Ozzy, demonstrando também que seu senso de humor travesso permanece intacto apesar de tudo. “Os últimos seis anos foram repletos de alguns dos piores momentos pelos quais já passei. Houve momentos em que pensei que minha carreira havia acabado”, admite Ozzy. “Mas fazer música e gravar dois álbuns me salvou. Eu teria enlouquecido sem música.” Dirigido pela ganhadora do prêmio Bafta, Tania Alexander, o documentário começou a ser filmado no início de 2022, durante as sessões de gravação de seu décimo terceiro álbum de estúdio, duas vezes ganhador do Grammy Awards, Patient Number 9. As filmagens continuarão no verão, quando Ozzy tentará subir ao palco para uma última apresentação com seus companheiros de banda do Black Sabbath. A celebração, marcada para o dia 5 de julho, já conta com ingressos esgotados e será realizada no Villa Park, estádio que fica em sua cidade natal, Birmingham. Ozzy continua: “Meus fãs me apoiam por tantos anos, e eu realmente quero agradecê-los e dizer um adeus adequado a eles. É disso que se trata o show do Villa Park.” Com acesso total a Ozzy, Sharon Osbourne e seus filhos, Ozzy Osbourne: No Escape From Now também conta com vários depoimentos de pessoas importantes em sua vida, incluindo o colega de banda Tony Iommi (Black Sabbath), Duff McKagan (Guns N’ Roses), Robert Trujillo (Metallica), Billy Idol, Maynard James Keenan (Tool), Chad Smith (Red Hot Chili Peppers), o guitarrista Zakk Wylde, o produtor Andrew Watt e seu amigo e músico Billy Morrison, que ajudam a oferecer uma visão humana de um homem que continua sendo um herói para milhões de pessoas. “Este projeto é um relato honesto do que aconteceu com Ozzy nos últimos anos. Mostra como as coisas têm sido difíceis para ele e a coragem que ele demonstrou diante de uma série de sérios problemas de saúde, incluindo Parkinson. É sobre a realidade de sua vida hoje. Trabalhamos com uma equipe de produção em quem confiamos e demos a eles a liberdade de contar a história abertamente. Esperamos que essa história inspire pessoas que estão enfrentando problemas semelhantes aos de Ozzy”, comenta Sharon Osbourne.

Becoming Led Zeppelin estreia nos cinemas brasileiros

Becoming Led Zeppelin, documentário que explora a história da icônica banda Led Zeppelin, chegou hoje (27) nos cinemas brasileiros, exclusivamente em IMax. A trama oferece uma imersão única, desde as suas origens até sua meteórica ascensão ao estrelato. Na produção acompanhamos a banda na criação dos primeiros álbuns e os bastidores das primeiras turnês que consolidaram o Led Zeppelin como um dos maiores nomes do rock mundial. Dirigido por Bernard MacMahon, o longa-metragem, primeiro a ser oficialmente autorizado pelos britânicos, irá encantar os fãs trazendo imagens inéditas, gravações exclusivas e depoimentos dos próprios integrantes. O filme promete ser uma experiência cinematográfica imperdível, repleta de momentos marcantes que ajudaram a moldar a história do rock.

BK’ lança álbum com participações de Djavan, Fat Family e mais

Como uma vitrine da música brasileira, BK’ apresenta seu mais novo álbum: Diamantes, Lágrimas e Rostos para Esquecer. Em um leque de 16 faixas inéditas, o premiado artista imprime o rap no samba, em uma colaboração com Pretinho da Serrinha; em solos de guitarra, num feat com FYE; até em um R&B com Fat Family; e no trap de MC Maneirinho, por exemplo. Assim, BK’ embala composições que atiçam o surgimento de um novo movimento. DLRE, as siglas do novo projeto, reúne ainda samples da joia nacional Milton Nascimento, participações de Luedji Luna, Evinha, além de Melly, Borges, Maui e Jenni Rocha – contando também com a benção de sua maior referência, Djavan, por meio do sample de Esquinas. Os novos sons chegaram às plataformas de streaming, pelo selo Gigantes, e têm toda sua carga criativa condensada no curta-metragem homônimo ao álbum, filmado na Etiópia e desenvolvido em parceria com o estúdio criativo AKQA Coala.Lab. “Diamantes, Lágrimas e Rostos para Esquecer é um retrato da riqueza da música brasileira. Este disco celebra as conexões que construímos ao longo do caminho, dando espaço para toda a nossa pluralidade. Cada colaboração é uma extensão da minha visão, um diálogo musical e cultural sobre o que somos enquanto movimento. Eu quis homenagear todos esses grandes artistas de diversas gerações”, afirma BK’. Memorável, enérgico e cheio de homenagens são algumas características que explicam o tão plural novo álbum de BK’, que tem como principal pilar o fator colaborativo – com uma mensagem que clama o desapego para alcançar o progresso. O rapper contou com as produções do duo de DJs Deekapz, Kolo, Paulo DK, Kizzy e Ruxn, Sango e Aidan Carroll, Theo Zagrae, JXNV$ e Nansy Silvvz. FYE, principal aposta do selo de BK’, Gigantes, também assinou uma das produções. Todo este time, guiado pelo olhar criativo de um dos principais nomes do rap nacional, apresentou então uma sequência de hits que impressionam os fãs em lugares diferentes. Você Pode Ir Além abre a tracklist com participação de FYE – colaboração dupla, presente também na faixa Te Devo Nada – com riffs de guitarra e muita bateria que costuram um rap ritmado, na trilha sonora para o filme que acompanha o disco. Só Eu Sei traz o sample da canção Esquinas (1984) de Djavan, um dos maiores ídolos de BK´, que celebra: “Ter minha obra revisitada por artistas de gerações mais jovens reafirma a diversidade da minha música e me deixa muito feliz. BK’ é um cronista da realidade brasileira e conecta Esquinas a sua escrita sempre precisa e autêntica. Gostei do resultado”. Tesouro nacional atemporal, o artista atribui a BK’ esta tarefa de historiador, narrando os fatos da época em que se vive. Na sequência, Não Adianta Chorar traz o samba de Pretinho da Serrinha. O leque de homenagens às lendas da música brasileira é completado em Só Quero Ver com a voz de Evinha, e então Ninguém Vai Tirar Minha Paz com Melly. O R&B melódico de Fat Family embala o rap de BK’ em Da Madrugada, e elas afirmam: “Nossa música sempre teve conexões com a cultura hip-hop, unindo o soul e R&B brasileiro às mensagens e influências do gênero. A homenagem do BK’ reafirma o impacto intergeracional do nosso som, celebrando nossas raízes e a força da música negra brasileira”. Enquanto Jenni Rocha colabora em Medo De Mim, Maui em Real, MC Maneirinho participa em Mandamentos; Luedji Luna e Borges completam a lista de feats em Abaixo Das Nuvens. O interlúdio Mostro marca a metade da imersão que o disco pede, enquanto as canções Quem Não Volta, Eu Consegui, Amém, Amém e Cacos De Vidro completam a tracklist. Presente em dois samples em DLRE, o cantor e compositor Milton Nascimento, o Bituca, destaca que “é uma alegria enorme saber que parte da minha obra está presente em duas faixas de um artista tão incrível, quanto o BK´. Acompanho e admiro o trabalho dele há um tempo, e me sinto honrado por estar, de alguma forma, junto nesse novo álbum”. Complementando toda a narrativa apresentada nas canções, o registro audiovisual de Diamantes, Lágrimas e Rostos para Esquecer chega como um chamado, convidando o público ao desapego. No fim do último ano, Abebe Bikila – nome inspirado no primeiro africano a conquistar uma medalha de ouro olímpica – desembarcou pela primeira vez na Etiópia, um dos poucos países africanos não colonizados, para a produção do curta. Idealizado pela AKQA Coala.Lab e produzido pela Anonymous Content, o filme constrói uma metáfora sobre o instinto de sobrevivência humano, remetendo à era das sociedades nômades na pré-História. Nessa metáfora, BK’ lidera um bando e protagoniza uma história que simboliza a necessidade de abandonar tudo o que impede nosso progresso, como antigas crenças, comodismo ou vínculos frágeis, por exemplo. Para que se alcance seus objetivos, o filme lembra a necessidade do desprendimento, da determinação e foco. Por meio de muito simbolismo, como o que é devorado pela hiena (um dos predadores mais ferozes da África e figura presente em Harar, cidade onde o filme foi produzido), DLRE: O Filme ressalta que tudo o que o atrasa deve ser deixado para trás – e já está disponível no canal de YouTube de BK’. “Diamantes, Lágrimas e Rostos para Esquecer não é apenas um título, é um lembrete de que acreditar no impossível é o que nos move. E estar na Etiópia foi também um marco pessoal e criativo, como voltar para casa de um jeito que nunca tinha imaginado. Esse projeto é sobre resistência, ancestralidade e a força que vem de quem somos”, finaliza o artista.

Documentário “Não é Permitido: um recorte da censura ao Punk Rock no Brasil” chega ao YouTube

“A história do Brasil é também uma história da censura”, afirma Fernando Calderan, um dos diretores do documentário Não é Permitido: um recorte da censura ao Punk Rock no Brasil, lançado nesta terça-feira (28). Em pouco menos de 35 minutos, o filme dirigido também por Fernando Luiz Bovo, Matheus de Moraes e Renan Negri, traz as reflexões de integrantes das bandas Cólera, Inocentes, Garotos Podres, Ratos de Porão, Olho Seco e Ulster sobre o universo rebelde e contestador do Punk Rock das décadas de 1970 e 1980. O documentário, já disponível no Youtube, revela os impactos da repressão na cena punk ao abordar parte dos vetos da Censura Federal às músicas do estilo, numa tentativa de calar as vozes que desafiavam o sistema. Não é Permitido surgiu de uma pesquisa, realizada desde 2021 por Fernando Calderan e Renan Negri, sobre a censura ao Punk Rock, que em breve será transformada em livro. O trabalho identificou mais de 80 músicas encontradas com o carimbo da censura, e documentos que demonstram a perseguição ao movimento, observado de perto pela polícia. “Os documentos foram resgatados da antiga Divisão de Censura de Diversões Públicas (DCDP) e trazem à tona estratégias usadas para sufocar o movimento. No registro em audiovisual fizemos um recorte dos casos de censura ao Punk Rock, não contemplando bandas como Os Replicantes, Camisa de Vênus e Atack Epiléptico”, revela Negri. Matheus de Moraes lembra que a ausência de algumas bandas, indica o desejo de continuar. “Este trabalho é uma oportunidade de valorizar toda uma história de resistência e arte”, diz. Já para Fernando Bovo, este trabalho é muito importante por trabalhar memória, oralidade e documentos históricos. “Temos aqui uma obra que resgata e ao mesmo tempo constrói”, afirma. Clemente Nascimento (Inocentes), Jão (Ratos de Porão), Mao (Garotos Podres), Val (Cólera / Olho Seco), Ariel Invasor (Inocentes – à época), Pierre (Cólera) e Vlad (Ulster) são os personagens que contam suas histórias durante aquele período sombrio, e a forma que encontraram de não permitir que a censura apagasse a arte de cada uma das bandas, reafirmando o poder da música como ferramenta de resistência e expressão cultural. De acordo com Calderan, a proibição às ideias divergentes sempre esteve presente na rotina nacional, e nos últimos anos cresceram as denúncias e casos explícitos de censura. “Os europeus trouxeram a censura na bagagem. Mesmo em tempos ditos democráticos, o veto foi usado como órgão repressor. O Brasil não se desvencilhou da censura como forma de calar o pensamento divergente. Mesmo com o fim da seção como órgão de Estado há mais de trinta anos, a postura do corte continua presente”, finaliza. Não é Permitido: um recorte da censura ao Punk Rock no Brasil é um projeto viabilizado por meio da lei de incentivo à cultura Paulo Gustavo.

Documentário sobre Paul McCartney chega ao Brasil em outubro

Os fãs de Paul McCartney, enquanto se preparam para os três shows da turnê no Brasil em outubro deste ano, têm mais um motivo para comemorar. A Trafalgar Releasing e a Mercury Studios anunciaram uma oportunidade única para o público voltar no tempo para 1974 e testemunhar a magia de Paul McCartney e Wings – One Hand Clapping. O documentário cativante de Paul McCartney, filmado em fita de vídeo capturando a aparência e a sensação da época, explora sua histórica sessão de gravação no Abbey Road Studios. A exibição será exclusiva no cinema, a partir de 26 de setembro. Esta visão dos bastidores foca na criação do aclamado álbum One Hand Clapping, apresentando imagens raras, entrevistas com a banda, conversas da equipe criativa e muito mais. “É muito bom relembrar aquele período e ver este pequeno show ao vivo que fizemos. Fizemos um barulho muito bom, na verdade! Foi um ótimo momento para a banda, começamos a ter sucesso com Wings, o que já vinha acontecendo há muito tempo”, disse Paul McCartney em nota enviada à imprensa. Além do documentário completo dirigido por David Litchfield, a exibição conta também com as inéditas Backyard Sessions, com Paul McCartney no violão acústico tocando faixas de seu catálogo. Os destaques incluem a música inédita Blackpool e covers de favoritos pessoais como Twenty Flight Rock, canção que tocou para John Lennon durante seu primeiro encontro. As exibições trazem ainda uma abertura exclusiva de Paul McCartney e fotos Polaroid inéditas dos encontros. One Hand Clapping apresentou a nova formação do Wings, recém-saídos de seu retorno de Nashville, onde gravaram o single clássico Junior’s Farm. Abrindo com uma jam instrumental que se tornaria a música tema do One Hand Clapping, o filme intimista apresenta interpretações ao vivo em estúdio de clássicos do Wings, incluindo Live and Let Die, Band on the Run, Jet e My Love. Durante o filme, Paul fala sobre sua satisfação em trabalhar em uma banda, seu processo de composição e como ele pensou que aos 14 anos poderia ter um futuro como cantor. Ouvimos os membros da banda sobre a experiência de fazer parte do Wings e trabalhar com Paul McCartney. Paul também aparece se apresentando ao lado da esposa Linda e há até mesmo algumas exibições de caratê do baterista Geoff Britton. One Hand Clapping é uma celebração do legado duradouro de Paul McCartney e Wings. Ele capturou um momento em que o Wings encontrou e definiu seu som característico – assim como Paul moldou a cultura popular na década anterior com os Beatles, ele estava fazendo isso novamente nos anos 70 com o Wings. Este documentário dá uma visão do funcionamento interno da banda enquanto eles trabalham e tocam juntos no estúdio. O filme, um olhar íntimo sobre a gravação originalmente filmado em videoteipe dos anos 1970, foi escaneado e restaurado em 4K.

Black Pantera lança documentário sobre “Perpétuo”; assista

Excursionando pelo Brasil com a turnê de Perpétuo, a banda Black Pantera lançou um minidocumentário sobre o álbum falando sobre as inspirações, a produção e o conceito do novo trabalho. Perpétuo é um lançamento da gravadora Deck e está disponível em todos os aplicativos de música. O álbum Perpétuo Como o próprio nome diz, o novo álbum do Black Pantera, Perpétuo (Deck), certamente irá permanecer como um projeto atemporal, sendo ouvido, lembrado e tomado como referência para esta e para futuras gerações. Tanto do ponto de vista sonoro como do conceito, das ideias por trás das músicas, Perpétuo amplia o que o Black Pantera já havia apresentado em Ascensão, expandindo o som, agregando mais estilos e instrumentos, mas sem perder a identidade, muito pelo contrário, fortalecendo a essência da banda. Uma viagem para o Chile, onde tocaram no Festival Rockdromo, fez com que o trio Chaene da Gama (baixo), Charles da Gama (voz e guitarra) e Rodrigo Pancho (bateria) voltassem os olhos para a música latina e para a percepção deles mesmos como parte pertencente desse grupo. “Lá em Valparaíso, vendo tantas bandas de países vizinhos terem tanto orgulho e personalidade, passamos a ver o tamanho da importância de entendermos o contexto no qual estamos inseridos. Desde nosso show por lá o termo ‘afrolatino’ não saiu mais da minha cabeça. Falo isso porque a gente sempre olha para outros continentes e não enxerga a arte, a história e a cultura sul-americana. E essa música faz parte do processo de nos entendermos como homens negros que fazem parte da América Latina. E esse é um dos conceitos base desse disco”, comentou Chaene da Gama. O som da banda continua sendo um crossover de rock, punk, hardcore, funk e metal e se mantém pesado, mas traz novidades: acrescentando instrumentos de percussão, a banda se aproxima de seus laços ancestrais, dialogando cada vez mais com a estética tribal e acaba entregando em ritmo e poesia um álbum afro-latino, um chamado à união. Isso é bastante perceptível em faixas como Provérbios, na qual cantam o refrão em espanhol. A ancestralidade é o cerne desse disco, que foi gravado em 14 dias no Estúdio Tambor, no Rio de Janeiro. “A gente vem pensando bastante sobre esse tema, sobre como acabamos sendo eternos através de nosso sangue, nossa luta, nossa ancestralidade. São músicas que refletem isso de maneira incisiva, essa ideia de legado de todos nós. E, se você pensar, daqui 50 anos a banda pode até acabar, mas as músicas vão continuar existindo”, falou Chaene. Não por acaso, há uma música em homenagem à mãe de Chaene e Charles, Tradução, que cita um verso de Mano Brown, “Ratatatá preciso evitar/Que algum safado ou sistema façam a minha mãe chorar”, e fala sobre a luta das pessoas que são ou fazem papel de mãe somada ao racismo ao qual são submetidas. “Hoje, adulto, entendo melhor como o racismo estrutural afetou a vida dela”, declarou Chaene. O Black Pantera fala sobre a tentativa de Golpe no Brasil em Sem Anistia, narra uma abordagem racista da polícia no surpreendente funk/hardcore Fudeu, aborda a dívida por todos os anos de escravidão em Promissória, cita trecho do poema Ainda Assim Eu Me Levanto, de Maya Angelou em Mete Marcha e propõe reescrever a história na belíssima letra de Candeia. Neste disco o baixista Chaene está cantando mais, criando um contraste interessante com a voz pesada de Charles. “Eles juntaram um repertório avassalador, com refrões marcantes, trazendo temas fundamentais para os dias de hoje”, aponta o produtor do disco Rafael Ramos. São 12 faixas com o melhor e mais pulsante rock feito hoje no Brasil. Além da produção de Rafael Ramos, o disco é mixado por Rafael Ramos e Jorge Guerreiro e masterizado por Fabio Roberto (Estúdio Tambor) e Chris Gehringer (Sterling Sound, USA).

Rolling Stones libera documentário sobre show de estreia na China

O Rolling Stones liberou, via YouTube, o mini documentário From London to Shanghai, que mostra a estreia da lendária banda na China, que aconteceu em 2006. Apresentando entrevistas com o gerente de produção Dale “Opie” Skjerseth e o padrinho do rock chinês, Cui Juan, From London To Shanghai explora os bastidores do concerto histórico. O documentário tem direção de Oisín Bickley, que também assina a produção com Michael Fatukasi-Richards. No próximo dia 28, o Rolling Stones dá início na tour de divulgação do álbum Hackney Diamonds, lançado em 2023. O show de estreia será no NRG Stadium, em Houston, no Texas. Serão 16 shows pela América do Norte em 2024. A parada final está programada para ocorrer em Santa Clara, na Califórnia, em 17 de julho. A banda também anunciou uma participação especial em 2 de maio no New Orleans Jazz & Heritage Festival. O álbum O Rolling Stones lançou Hackney Diamonds, primeiro álbum de inéditas da banda em 18 anos. E a melhor notícia é que o sucessor de A Bigger Bang está impecável. Sweet Sounds of Heaven, com Lady Gaga e Stevie Wonder, é o grande hino do disco, mas há muitos outros destaques. Na linhagem de outros épicos gospel dos Stones como You Can’t Always Get What You Want e Shine A Light, Sweet Sounds of Heaven surgiu de forma espontânea. Em uma tarde ensolarada, Jagger estava em sua casa em Londres, o vento fazia farfalhar a folhagem das árvores do jardim, e ele começou a tocar um padrão de acordes de C (dó maior), F (fá maior) e B flat (si bemol) em seu piano. Escrita por Mick Jagger e Keith Richards, Sweet Sounds of Heaven foi gravada em três locais: Henson Recording Studios, em Los Angeles; Metropolis Studios, em Londres, e Sanctuary Studios, em Nassau, Bahamas. Durante as sessões em Los Angeles, os Rolling Stones convidaram Stevie Wonder e Lady Gaga para trabalharem com eles na faixa. Tanto Lady Gaga quanto Stevie Wonder já haviam se apresentado com os Rolling Stones. Lady Gaga se juntou aos Stones no palco como parte da turnê 50 & Counting, em 2012. Sua participação em Gimme Shelter foi lançada no álbum GRRR Live. Stevie Wonder excursionou com os Stones na turnê americana de 1972, apresentando regularmente um medley com Satisfaction e Uptight (Everything’s Alright) juntos. Recentemente, os Stones lançaram Hackney Diamonds em um evento transmitido ao vivo globalmente direto do Hackney Empire, no leste de Londres. A transmissão foi seguida pela estreia do vídeo de Angry, estrelado pela atriz Sydney Sweeney. O álbum é o primeiro de estúdio com material novo desde A Bigger Bang, de 2005. Desde então, os Stones continuaram a quebrar recordes de bilheteria em uma série de turnês globais com ingressos esgotados. Em dezembro de 2016, lançaram o álbum Blue & Lonesome, com versões brilhantes de muitos dos blues que ajudaram a moldar seu som. O trabalho liderou as paradas de álbuns em todo o mundo e ganhou o Grammy de Álbum do Ano de Blues Tradicional. No ano passado, eles emocionaram o público europeu, totalizando quase um quarto de milhão de espectadores na turnê de aniversário Sixty. O Blog n’ Roll acompanhou duas das apresentações no Reino Unido, uma em Liverpool, outra em Londres.