Repetente Records celebra 1 ano de história com show na Fabrique Club

Após ótimos lançamentos das bandas Anônimos Anônimos, Fibonattis, Faca Preta, Escombro e Magüerbes, a Repetente Records celebra um ano de história com um grande show na Fabrique Club (Rua Barra Funda, 1075 – Barra Funda), em São Paulo, no próximo dia 31, a partir das 20h. Os ingressos para a festa já estão à venda. Neste evento especial, o palco do Fabrique vai receber jams de todas as bandas do selo, além de convidados especiais. “Essa festa é para comemorar uma marca importante de um projeto que está apenas no início, mas é também uma forma de agradecer as bandas que confiaram em nós e no crescimento do selo! A nossa ideia sempre foi fortalecer a cena com bandas que têm discursos afiados e aglutinar seus fãs com o mesmo propósito! Será uma noite inesquecível!”, comenta Badauí, vocalista do CPM 22 e um dos fundadores do selo. Mas o palco da festa também será para anúncios, como o da banda que entrará para o time Repetente Records. Além de ser revelada, a banda – ainda surpresa – tocará algumas músicas, uma espécie de mini show. E só um spoiler: trata-se de um nome que faz, hoje, um dos shows mais enérgicos de toda cena punk/hardcore nacional. “Ao contrário da maioria dos selos, a Repetente Records nasceu com o objetivo principal de alavancar e fortalecer a cena como um todo, trazendo àqueles que estão começando a experiência de quem vive por anos dentro do cenário nacional da música. Aqui, na Repetente, tem suporte, profissionalismo, novas ideias e parcerias”, comenta Rick Lion, diretor artístico da Repetente. Fazem parte do selo as bandas Anônimos Anônimos, Fibonattis, Faca Preta, Escombro, Magüerbes e Statues on Fire, além da banda surpresa a ser anunciada no próximo dia 31 durante a festa de 1 ano.

Fibonattis fala de pandemia, futebol e relacionamentos em Cidade Mórbida

Maturidade e evolução sintetizam o novo disco do quarteto punk rock Fibonattis, Cidade Mórbida, que chega nas principais plataformas de streaming pelo selo Repetente Records. Cidade Mórbida, o segundo álbum na perseverante carreira da banda de Francisco Morato (Grande São Paulo), como sugere o nome, é um registro sóbrio, com temas sérios e pertinentes ao duro cotidiano de muitos brasileiros. Tem a ver com o momento em que foi composto, praticamente por completo durante a pandemia. Os assuntos são diversos, sobre rotina, relacionamento, desigualdade social, pandemia, futebol, entre outros. No entanto, a sonoridade é menos densa que as elaboradas letras e apresenta o característico enérgico punk/street rock da Fibonattis, com melodias cativantes e refrões marcantes, para sair cantando junto desde o primeiro ‘play’ em Cidade Mórbida. E, de certa forma, o título do disco é um norte para as músicas. Nunca mais fala sobre aquele período que todos enfrentamos no começo de 202, aflitos com o número de mortos aumentando devido à covid-19 e diversos lugares fechando, vendo quase incrédulos e pela primeira vez uma cidade como São Paulo, pela primeira vez, ‘dormir’, como uma metrópole mórbida. Já a música Jonhhy e Joana mostra um lado mais descontraído do disco. A letra traz uma compilação de fatos ocorridos nos relacionamentos de cada integrante da banda e suas perspectivas mulheres. A ideia era mostrar que independente das diferenças e desavenças que qualquer relacionamento tem, Jonhhy não vive sem Joana e vice versa. A voz de Joana ficou por conta de Judyxxx, vocalista e guitarrista da banda Judy and the Outsiders. Destaque também para a faixa Velha seleção, uma mistura de nostalgia e crítica a seleção brasileira, ao lado de Não se rompe, além da regravação de Jura Eterna, são as canções futebolísticas do disco. O álbum também conta com a composição de Christian Targa, vulgo Gordo, das bandas O Preço, Surf Aliens e ex-Blind Pigs, na música Singelos votos, além de Alberto Rinaldi na faixa Cidade Mórbida. O disco foi gravado entre fevereiro de 2020 até maio de 2021 em Campo Limpo Paulista, produzido pelo Windi Ribeiro em parceria com a própria banda. Além de estar no streaming pela Repetente Records, Cidade Mórbida ganhará uma versão LP (vinil) pelos selos Neves Records e Detona Records.

Fibonattis faz homenagem aos sobreviventes de tragédia

A banda de street punk Fibonattis lança nesta sexta-feira (29) o single Tarde Demais, mais uma música do disco de mesmo nome, que chega no segundo semestre de 2022 pelo selo Repetente Records, idealizado e gerenciado por três músicos do CPM 22: Badauí, Phil Fargnoli e Ali Zaher Jr. Tarde Demais, assim como os singles anteriores, Cidade Mórbida, Vidas e Distintos Jamais, abordam temas sociais no cotidiano e meio urbano complexo e desafiador. A música é um relato e, de certa forma, uma homenagem a todas as pessoas da cidade da natal da Fibonattis, Francisco Morato, que perderam suas vidas soterradas devido aos deslizamentos de terra que ocorreram em março de 2016. Mas é também uma mensagem de força aos sobreviventes da tragédia, que ainda não se curaram da “dor” de perder um ente querido e seus lares. O novo single tem uma levada punk rock 77 mais cadenciado – não poderia ser diferente com esse tema. A melodia é marcante e, em alguns momentos, soa bem nostálgica.

Fibonattis estreia na Repetente Records com o single “Vidas”

A banda de street punk Fibonattis, de Francisco Morato, é a terceira banda que estreia no recém-criado selo Repetente Records, idealizado e conduzido por três experientes músicos do CPM22: Badauí, Phil Fargnoli e Ali Zaher Jr. O lançamento que inaugura a parceria é o single Vidas, a primeira amostra do disco de 11 faixas que será lançado breve. Vidas, revela a Fibonattis, é um desabafo. A letra fala de uma constante rotina em que se dedica todo o tempo cumprindo obrigações com pouco ou sem espaço para a saúde mental ou diversão. A letra também ressalta a forma que a sociedade estabelece certas regras, que para conseguir se encaixar, precisa seguir a risca, mesmo que vá contra princípios. “Seguimos sobrevivendo, quase nunca vivendo de fato”, ressalta a banda. A sonoridade de Vidas escancara fortes influências de bandas clássicas de punk rock de 1977, mas com a energia própria da Fibonattis. Vidas é prévia de Cidade Mórbida O novo disco da Fibonattis intitulado de Cidade Mórbida, mostra o lado mais “sóbrio” da banda. O fato das composições terem sido feitas no período pandêmico pode ter sua parcela de culpa nisso? Talvez, mas não é nada que decepcione a galera que já acompanha a banda de longa data, longe disso inclusive, as ótimas letras, melodias e refrões que grudam na mente estão mais presentes do que nunca em todas as 11 faixas do álbum. A entrada da Fibonattis na Repetente Records é uma das grandes conquistas na carreira da banda, conta Júnior. “Receber o convite para um projeto tão relevante e promissor, por caras consagrados no cenário nacional, e que carregam uma enorme bagagem, é extremamente gratificante. Isso comprova que todos esses anos de dedicação e carinho pelo que fazemos não foi em vão, estamos muito felizes em fazer parte desse projeto que tem tudo pra dar certo”.

Entrevista | Fibonattis: “Nós recebemos ajuda e ajudamos o próximo”

Fibonattis

A Fibonattis está na lista de convidados do Juntos pela Vila Gilda, que acontece no próximo dia 25. O grupo nasceu no subúrbio de São Paulo, com o intuito de fazer a diferença no cenário em que vivia, além de fugir da superficialidade ao abordar temas que condiziam com sua realidade. Os amigos Junior Punkids (guitarra e vocal), Marlon Silva (baixo e vocal de apio), Flávio Maikon (contrabaixo) e Gilson Sousa (bateria) carregam o lema de “Banda de Punk Rock que vai do Bubblegum ao Oi!” “Fiobonattis faz referência a um personagem marcante de uma série. Também por acaso coincidiu com Fibonacci (que é considerado o primeiro grande matemático europeu), que dentro da sua sequência, apesar de bem ampla, também se encaixa na afinação de instrumento musical. Sempre digo que nossa amizade está dentro disso também”, diz Marlon. A banda carrega 77 em sua marca, e explicam o significado dele em sua história. “O número faz jus ao ano de 1977 que é considerado o mais marcante na história do punk rock. Nesse ano surgiram várias bandas que hoje são referência pra nós”. Punk, futebol, amizade e cerveja A banda possui letras descontraídas sobre futebol, cerveja e amizades. Porém não ignoram o que se passa ao seu redor. Eles acreditam que abordar esses assuntos dentro do punk abriu espaço para que outras pessoas pudessem conhecer o gênero. “É algo que faz parte da nossa vida junto ao punk rock, provavelmente o primeiro contato de todos com esporte foi através do futebol e até hoje temos contato seja assistindo na TV, indo aos estádios, jogando na rua ou jogando vídeo game”. “Futebol, amizade e cerveja são os três itens que fazem parte da vivência da maioria das pessoas. Além disso, zelamos nossas amizades e gostamos muito de cerveja”, comenta o guitarrista. Ouça Mídias Sociais: Fibonattis e a pandemia Devido à pandemia decorrente do novo coronavírus, a Fibonattis teve que suspender seus trabalhos que estavam em andamento, como a gravação de um single e também um novo disco. “O mundo está passando por um momento muito difícil. O underground já é complicado de se estar, mas a internet sempre foi aliada e estamos nos adaptando com a situação dentro do possível”, relata Marlon. Enquanto as coisas não se normalizam, eles estarão compondo mesmo que à distância, fazendo lives de música e bate-papo com parceiros para interagir com o pessoal e descontrair. “Após a quarentena automaticamente teremos novos trabalhos. Voltaremos às gravações do disco novo que conta com algumas músicas mais sóbrias”. Juntos Pela Vila Gilda A Fibonattis sempre esteve envolvida em ações sociais. “Nós recebemos ajuda e ajudamos o próximo, acreditamos que é imprescindível que as pessoas passem isso a diante”, diz Marlon Por fim, para a apresentação no evento, a banda preparou uma versão acústica da música Sem Volta. “Por ser uma letra com tema de guerra, não a tocamos em shows há muito tempo, mas entendemos que atualmente existe uma certa semelhança com atitudes de alguns líderes governamentais”, finaliza.