Coletânea ‘O Pop é Punk Vol.3’ homenageia anos 80 do Brasil

O novo volume da coletânea com versões punk rock de clássicos da música brasileira chegou aos tocadores digitais nesta terça-feira (10). Roupa Nova, Tetê Espíndola, Titãs, RPM, Fábio Jr., Rosana e Trem da Alegria são alguns dos nomes entre os 25 artistas que tiveram suas músicas interpretadas por bandas contemporâneas de punk rock em O Pop é Punk: 80’s. Lançado de forma independente pelo selo Grudda Records, O Pop é Punk tem o intuito de ser um projeto de expressão criativa, em que os artistas da nova safra do punk rock nacional possam revisitar suas músicas queridas e imaginá-las em outro estilo. “A ideia sempre foi um projeto sem fins-lucrativos, distribuído apenas digitalmente, tendo como foco reviver canções que de certa forma marcaram um pouco a vida de cada artista que participa da coletânea”, revela Felipe Medeiros, idealizador do projeto. De acordo com Medeiros, o fato da maioria dos artistas que participam do terceiro volume de O Pop é Punk serem da geração dos anos 80, fez com que a identificação com as músicas fosse mais forte. “Nesta edição a gente decidiu por uma maior liberdade criativa, coisa que já estava começando a ser desenhada na edição passada, aonde algumas músicas vieram no formato pot-pourri, permitindo outros elementos às releituras. Com os anos 80 sendo o berço da maioria das bandas participantes, a conexão com as músicas escolhidas acaba sendo maior, o que é traduzido em escolhas diferentes, como por exemplo a abertura de um desenho animado”. Além dos três volumes já lançados – 60’s, 70’s e 80’s, O Pop é Punk contará com pelo menos mais duas edições, que explorarão as décadas de 1990 e 2000, e a Grudda Records pretende ainda, dar sequência ao projeto com temáticas diferentes. Esse é um sinal de que vem muita versão punk rock por aí.

Crítica | 10 Horas Para o Natal – filme natalino com DNA nacional

Filmes de Natal sempre foram bem recebidos pelo público brasileiro. Mas a produção local de comédias natalinas não é tão forte quanto nos Estados Unidos. No entanto, 10 Horas Para o Natal chega aos cinemas nesta quinta-feira (3) justamente para mudar esse cenário. Em 10 Horas Para o Natal, Marcos Henrique (Luis Lobianco) é pai de Julia, de 11 anos (Giulia Benite), Miguel, de 9 (Pedro Miranda), e Bia, de 7 (Lorena Queiroz), três crianças espertas e apaixonadas pelas festas de fim de ano da família Silva. Divertido e engraçado, Marcos Henrique é ex-marido de Sônia (Karina Ramil), médica obstetra que está sempre reclamando do seu jeito preguiçoso. Inconformados com as noites de Natal sem graça que passam na casa da tia desde que os pais se separaram, os irmãos bolam um plano para tentar reunir os pais nas festas de fim de ano. Mas para isso eles terão que organizar eles mesmos o Natal da família e ainda enfrentar um vilão, que está contra eles e não perdoa nem criancinhas: o tempo. É que só faltam 10 horas para o Natal! O trio, que vive brigando por tudo, percebe que vai ter que se unir se quiser fazer o plano dar certo. Eles então decretam uma trégua e partem sozinhos para a rua mais movimentada de São Paulo, a 25 de Março, considerada o maior centro comercial a céu aberto da América Latina. Referências natalinas Muitas referências são evidentes no longa. Na hora que Marcos Henrique e os filhos vão comprar o patins voador, por exemplo, a luta com os outros clientes da loja lembra bastante Um Herói de Brinquedo (1996), com Arnold Schwarzenegger, no qual o ex-governador da Califórnia interpreta um pai desesperado em busca do boneco Turbo-Man. A relação de Julia, a filha mais velha, com um morador de rua nos remete ao clássico Esqueceram de Mim. Vai dizer que não lembrou da encantadora de pombos? E, quem tiver uma boa bagagem de filmes natalinos, certamente encontrará muito mais. O roteiro de Bia Crespo e Flávia Guimarães, no entanto, não é apenas uma homenagem aos clássicos de Natal. A obra consegue entreter, divertir e ser original, principalmente no que se refere aos desfechos. Que 10 Horas Para o Natal estimule mais a produção de outros filmes natalinos no Brasil. Temos demanda grande e sabemos produzir muito bem nesse gênero. Está aí um bom exemplo.