MGM + será relançado em 1º de abril no Brasil

A Amazon anunciou que o serviço de streaming do MGM, MGM+, será relançado na América Latina na próxima segunda-feira (1º). A novidade segue os recentes lançamentos do serviço na Europa e Estados Unidos. Junto com o relançamento na América Latina, a MGM+ também anunciou a data de estreia das terceiras temporadas de Power Book III: Raising Kanan e Black Mafia Family no Brasil, México e restante da América Latina para segunda-feira (1º). Membros Amazon Prime podem assinar o MGM+ via Prime Video Channels. “Estamos animados em oferecer a rica biblioteca de conteúdo aos nossos assinantes na América Latina – desde as populares séries de TV Handmaid’s Tale, Stargate e Teen Wolf até as franquias de filmes de grande sucesso Rocky, Creed, Brinquedo Assassino, Pantera Cor-de-Rosa e Legalmente Loira. Essa programação foi recentemente associada a uma oferta robusta de séries e filmes premium da Lionsgate/Starz para aprimorar nosso serviço na América Latina”, disse Michael Katzer, head do MGM+ Internacional.
Pitty lança show em Salvador no streaming; veja como assistir

Já está no ar ACNXX Ao Vivo em Salvador, um registro de um dia histórico. Vinte anos depois de sair de Salvador com algumas músicas compostas e o sonho de lançar seu trabalho artístico, a cantora e compositora Pitty volta à sua cidade natal para fazer o show que comemora o aniversário de seu álbum de estreia, Admirável Chip Novo. A apresentação, em praça pública, também era um sonho de Pitty que se realizou dia 17 de setembro de 2023 no Largo da Mariquita, no bairro do Rio Vermelho. Visivelmente emocionada ela fez o show da turnê ACNXX, que é dividido em três atos; o repertório completo de Admirável Chip Novo, algumas canções de Espelhos – Versões Completas de Admirável Vídeo Novo e outros sucessos. Como o grande destaque é a parte sonora do show, para o cenário ela optou por usar tecidos ao invés de telões e efeitos especiais. Também utilizou gravações de áudio, simulando conversas dela com o produtor do disco Rafael Ramos na época do lançamento, “transportando” o público para 2003. Pitty, que também assina a direção do show, é acompanhada por sua banda Martin Mendonça (guitarra), Paulo Kishimoto (baixo) e Jean Dolabella (bateria). ACNXX Ao Vivo em Salvador completa o ciclo de lançamentos em comemoração ao aniversário de Admirável Chip Novo, os clipes remasterizados, o álbum Espelho – Versões Completas de Admirável Video Novo, Admirável Chip Novo (RE)ATIVADO, com outros artistas interpretando as músicas e agora o áudio-visual. Isso sem falar na turnê, onde tudo começou e com a qual a artista segue rodando o Brasil. O audiovisual ACNXX Ao Vivo em Salvador será lançado pela gravadora Deck nos aplicativos de música nesta sexta-feira (2). O vídeo irá ao ar nos canais Bis, Multishow e depois ficará disponível no YouTube. Datas de exibição Dia 02/02 às 22h – Canal BIS Dia 03/02 às 14h30 – Multishow Dia 02/02 – GloboPlay
Crítica | The Beanie Bubble: O Fenômeno das Pelúcias

Engenharia do Cinema Depois dos sucessos de “Air” e “Tetris“, “The Beanie Bubble: O Fenômeno das Pelúcias” se mostra como mais um título que mostra a trajetória de um empresário que construiu um império de sucesso. Mostrando a história de como o pacato Ty (Zach Galifianakis) resolveu executar com sua amiga próxima Robbie (Elizabeth Banks), em montar um império de ursinhos de pelúcia (em uma época onde não era tão popular este brinquedo, nos mercados). Inspirado no livro de Zac Bissonnette, a história é narrada na perspectiva de três mulheres que assumiram enorme importância dentro do cenário empresarial dos “Ursinhos Ty”. A primeira é a própria Robbie, que começou tudo do zero com o próprio Ty; A segunda é a mãe solteira Sheila (Sarah Snook), que posteriormente virou a esposa daquele; A terceira é a estudante administrativa Maya (Geraldine Viswanathan), que passou de secretária para uma das principais assistentes e desenvolvedoras de ações do selo. Imagem: Apple TV+ (Divulgação) Em mérito do roteiro de Kristin Gore (que também assina a direção com Damian Kulash), ele procura não explorar um arco clichê desse tipo de filme, mas sim mostrar o quão Ty se sentia cada vez mais influenciado por essas três mulheres, em suas decisões empresariais. Sim, é estranho ver Galifianakis sem barba, e isso só mostra que o próprio está em seu papel mais sério e dramático na carreira (mostrando que ele pode ser muito melhor que apenas o Alan de “Se Beber, Não Case!“). Por mais que pareça ser uma comédia pastelão (por conta do visual no material de marketing), estamos falando de um drama. Como exemplo, temos nomes ótimos que fazem bons contrapontos com o ator citado, como Sarah Snook e Elizabeth Banks (que já provaram ter uma ótima carga dramática, para esse tipo de produção). O mesmo não se pode dizer de Geraldine Viswanathan, que acabou sendo prejudicada pelo roteiro (que repentinamente para de explorar ela, da metade para o final, deixando muitas coisas vagarosas). Embora tenhamos três posicionamentos da mesma história, é nítido que houve um cuidado por parte da dupla de diretores, para não ficar exaustivo e repetitivo em algumas situações (embora há o famoso arco “mais tarde, vamos te explicar”). Por mais que pareça uma história desinteressante, isso também fortalece a produção para chegarmos em seu desfecho. “The Beanie Bubble: O Fenômeno das Pelúcias” consegue se consagrar como mais uma interessante produção que mostra a criação de outro produto bastante popular, ao redor do mundo.
Crítica | Invasão Secreta

Engenharia do Cinema SPOILERS DA SÉRIE INVASÃO SECRETA SERÃO RETRATADOS EM UM PARAGRAFO, NO FINAL DA ANALISE, POR ISSO, SE VOCÊ NÃO VIU A PRÓPRIA, FIQUE ATENTO AO AVISO! Depois do tremendo fiasco que “Mulher-Hulk: Defensora de Heróis“, conseguiu fazer no ano passado (se consagrando facilmente como a pior série na história da Disney+/Marvel Studios), “Invasão Secreta” não só demorou um pouco mais para chegar, do que foi tratado como um verdadeiro “tudo ou nada”, do selo. Porém, muitas pessoas estavam esperando uma pegada no estilo “Vingadores Guerra Infinita” (como este arco é retratado nos quadrinhos), só que acabamos sendo brindados com uma narrativa que beira mais uma versão light de “Capitão América: O Soldado Invernal“. A história começa logo depois que Nicky Fury (Samuel L. Jackson) retorna ao planeta terra, e é notificado por Talos (Ben Mendelsohn), que alguns Skrulls estão se infiltrando no meio dos seres humanos, e começando a iniciar uma Guerra para dominação do nosso planeta. Imagem: Marvel Studios (Divulgação) Dividida em seis episódios, com cerca de 45 minutos cada, temos um arco que engloba apenas os últimos filmes pelos quais a própria Shield é citada (como os dois últimos solos do Capitão América, “Capitã Marvel” e claro, os dos últimos “Vingadores“). Sim, o enredo não se preocupa em dosar personagens, mas sim jogar uma situação que já estava se formando anteriormente dentro do próprio UCM (como ocorreu nos quadrinhos). Mas mesmo que a química de Jackson e Mendelsohn sendo um dos carros fortes, nós sentimos que quando a dupla passa a dividir cenas com Emilia Clarke (G’iah, filha de Talos), faltou uma narrativa melhor para nos importamos com a própria, e até mesmo comprarmos suas motivações, uma vez que ela está totalmente perdida (conflitos com o Pai, não é uma desculpa que funciona mais neste contexto). Faço também uma menção honrosa para Don Cheadle (Rhodey/Máquina de Combate), que exerceu a melhor interpretação de seu personagem, em todas as produções da Marvel (inclusive, aumenta a curiosidade e ansiedade para vermos o seu longa solo, que já foi confirmado para o Disney+). Em contraponto, o vilão Gravik (Kingsley Ben-Adir) consegue ser um dos melhores das últimas produções do selo, em formato de série, só que quando está beirando para o arco final, vemos que o fator “muitos roteiristas revisaram o texto” (já que passou por 11 mãos diferentes durante a produção e, este caos fica nítido) prejudicaram o que poderia ser um antagonista excelente (uma vez que ele também tem uma motivação plausível). Ciente que o material base não era dos melhores, o diretor Ali Selim mostra que sabe dosar cenas dramáticas e de ação (que conseguem prender mais atenção, mais do que qualquer episódio de “She-Hulk”), de modo que a próprias não fiquem cansativas e forçadas em sua apresentação. “Invasão Secreta” não consegue ser tão marcante, quanto seu arco nas HQs, e mesmo tendo uma pegada mais séria do que as últimas produções do selo, entretém e apenas isso. SE VOCÊ NÃO VIU A SÉRIE, A PARTIR DE AGORA, COMEÇARÃO OS SPOILERS! Como foi dito em um dos parágrafos acima, um dos pontos prejudiciais nesta minissérie é o quesito de roteiro. Temos uma Maria Hill sacrificada no início da atração, e em momento algum sentimos que a própria está sendo vingada (como fizeram com o Agente Coulson, no primeiro “Vingadores”). Depois, descobrimos algo mais chocante ainda, que é o fato de Rhodney ser um Skrull há anos, e o verdadeiro sequer vivenciou os eventos de “Vingadores Ultimato”. Não existe um “boom”, tudo soa de forma vazia, cansativa e “eles deveriam ter criado uma atmosfera melhor”. E mesmo com o penúltimo episódio abrindo porta para um “grande final”, somos brindados com um arco que se assemelha a qualquer filme policial, intercalando com uma batalha final entre Gravik e G’iah. Essa situação chega até ser uma piada, pois até o presente momento a atração nos preparou tudo para ser este o primeiro e Nick Fury (uma vez que o próprio, aparentemente iria ter sua grande cena de ação). E ainda somos “brindados” com uma versão pobre das lutas do “Dragonball Z“, onde um Kamehameha finaliza tudo em um segundo (depois de 10 minutos deles estarem fazendo coreografias de luta).
Crítica | The Witcher (3ª Temporada – Parte 2)

Engenharia do Cinema Sendo vendida como a grande despedida de Henry Cavill, da série “The Witcher”, essa segunda parte consegue ser mais caótica e problemática do que a antecessora. Agora se tratando dos episódios seis, sete e oito, cada um destes tem como foco mostrar as consequências da batalha entre magos e elfos, e como Geralt (Cavill), Yennefer (Anya Chalotra) e Ciri (Freya Allan), irão sair destas complicações. Sem entrar no mérito de spoilers, a única sensação que temos nesta nova parte, é que tiveram de encher linguiça ao máximo. Se o quinto capítulo ficou mostrando a mesma situação, em diferentes perspectivas, agora temos um sétimo mostrando Ciri em um deserto (durante quase 95% do próprio, e se parece uma versão de “Duna”, feita pela Azylum), que nitidamente representa o vazio de ideias dos roteiristas e da própria Netflix, com a série (comprovando que Cavill se desligou da atração, por causa destes deslizes grotescos). Imagem: Netflix (Divulgação) E como o próprio marketing já havia salientado que haveria uma baixa no elenco, e que iria “chatear” muitos fãs, quando a própria acontece, a única sensação foi a de tédio, pois não existiu uma proximidade com o espectador, muito menos que justificasse as nossas “possíveis” lágrimas. Um dos carros chefes da atração, são as ótimas cenas de batalha de Geralt, e agora como o próprio se encontra em estado de recuperação, o arco não pega um terço para focar em seus treinamentos e esforços para se curar. Literalmente, ele aparece, some, ficam focando na vida de Yennefer, ele reaparece e isso continua sendo repassado (lembrando que Ciri está “fora de cena”). A segunda parte da terceira temporada de “The Witcher“, só confirma que a própria Netflix conseguiu enterrar mais uma série, e dificilmente conseguirá recuperar sua qualidade com a chegada de Liam Hemsworth. Leia nossa crítica da Primeira Parte da temporada de “The Witcher”, Clicando Aqui.
Crítica | Agente Stone

Engenharia do Cinema Idealizado desde 2020, “Agente Stone” foi pensado como uma nova franquia de ação da Netflix, com produção da Skydance (mesmo estúdio responsável por selos como “Missão Impossível“). Usando e abusando do rótulo de Gal Gadot como protagonista, com um discurso que seria uma versão feminina da produção encabeçada por Tom Cruise (inclusive a própria já falou que não aceita fazer cenas arriscadas como ele, em prol ao cinema), chega a ser vergonhoso ter este rótulo aplicado aqui, pois tudo que existe de clichê, facilitação e forçado, vemos nesse filme. Após descobrir a existência de um artefato que poderá comandar toda a humanidade, a agente Rachel Stone (Gadot) parte na busca para impedir que a hacker Keya (Alia Bhatt), consiga se apoderar deste. Imagem: Netflix (Divulgação) Por mais que o escopo se assemelhe ao recente “Missão Impossível: Acerto de Contas – Parte 1“, o roteiro de Greg Rucka (“The Old Guard“) e Allison Schroeder é tão forçado e previsível, que nos primeiros 20 minutos já sacamos todo o enredo e, presenciamos cenas de ação extremamente mal feitas (uma vez que o orçamento bateu na casa dos US$ 200 milhões) em quesitos de CGI, direção e enquadramentos (as tomadas de luta, são tão mal feitas, que nem parece ter rolado a existência de um treinamento por parte dos atores). Isso também chega a ser demérito do diretor Tom Harper (que está acostumado a fazer produções mais dramáticas como “The Aeronauts” e “As Loucuras de Rose“), que não consegue ser um bom conhecedor do cinema de ação (tanto que este filme, poderia funcionar melhor, se fosse dirigido por algum ex-dublê como David Leitch e Chad Stahelski), e nitidamente estava perdido em vários arcos (como em uma simples cena de salto de Rachel no mar, que possui vários cortes para disfarçar o uso de dublês). Em quesito de atuações, não existe nenhuma que realmente seja boa, uma vez que todo o elenco (inclusive Gadot), são totalmente canastrões. E isso também foi prejudicado pelo roteiro, que em momento algum se preocupa em dosar o arco dos protagonistas (tanto que tiveram a audácia de descartar e não usarem dignamente a veterana Glenn Close). Não duvido que ainda desenvolvam spin-offs em cima desses mesmos personagens e venderem como “aqui você vai ver mais sobre este universo”. “Agente Stone” termina se tornando mais uma produção genérica para o catálogo da Netflix, que possivelmente terá continuações feitas a rodo, só para terem esse mesmo intuito.
Crítica | The Last of Us (1ª Temporada)

Engenharia do Cinema Sendo um dos primeiros grandes sucessos de 2023, a primeira temporada de “The Last of Us” pode ser vista como uma extensão do sucedido Game de Playstation (que abriu uma divisão voltada para filmes e séries). Dividida em nove episódios, a atração entrou para o famoso hall do “ame ou odeie”, mas uma coisa é fato: Pedro Pascal e Bella Ramsey, intérpretes de Joel e Ellie, possuem uma enorme química em cena. Porém, a mesma acaba pecando um pouco ao tentar esquivar em algumas subtramas, que não acrescentam em absolutamente nada no arco central. Após uma pandemia global transformar os seres humanos em zumbis com uma aparência de fungos ambulantes, Joel (Pascal) vive como um mercenário. Em um dos seus trabalhos, ele acaba se deparando com a jovem Ellie (Ramsey), pela qual deve ser levada para uma outra cidade dos EUA. Sem saber exatamente o motivo da importância da garota, ele acaba aceitando a missão. Mas não imaginava os diversos desafios que terá de enfrentar pelo caminho. Imagem: HBO (Divulgação) Um fato nesta primeira temporada, é que os roteiristas Craig Mazin (“Chernobyl“) e Neil Druckmann (criador do game) tinham como base “encher linguiça” para conseguir colocar conteúdo suficiente que desse nove episódios. Embora o arco do game seja ótimo e conseguisse dar tranquilo um conteúdo para esta primeira temporada, há uma divisão de arcos que realmente funcionam e outros que não. Enquanto de um lado temos uma extensão sobre a vida de Ellie e sua relação com Riley (Storm Reid), no outro temos um episódio sobre o romance entre Bill (Nick Offerman) e Frank (Murray Bartlett), pelos quais acabam sendo esquecidos pela própria narrativa já no episódio posterior. A primeira situação é válida, já a segunda soa totalmente forçada e poderia até ser substituída por mais da vida pessoal de Joel e até mesmo seu passado com Tess (Anna Torv). Apesar desses descuidos no roteiro, as cenas de ação e suspense fazem jus a premissa, uma vez que consegue captar nossa atenção nos momentos certos, e até mesmo tirar lágrimas quando menos esperamos. Inclusive, uma vez que vemos os infectados em ação, a adrenalina sempre é muito bem impactante e transposta (inclusive há tomadas em primeira pessoa, realmente bem feitas). Mas ainda sim, isso é mostrado pouco em relação ao game (que conseguia colocar estes em vários cenários). No quesito de atuação, à medida que a atração vai avançando, fica nítido que Pascal e Ramsey nasceram para fazerem os protagonistas desta atração. Além deles serem compatíveis com relação à figura “Pai e Filha”, o entrosamento deles é natural e você acaba cada vez mais interessado em desenvolver estes. Não posso deixar de dizer que ainda existem algumas menções honrosas que devem ser feitas, como as participações breves de Melanie Lynskey (Kathleen Coghlan), Lamar Johnson (Henry Burrell) e Keivonn Woodard (o filho surdo/mudo de Henry, Sam Burrell) e Merle Dandridge (Marlene, que também viveu a mesma no game). A primeira temporada de “The Last of Us” consegue ser bastante fiel ao game, preenchendo algumas lacunas que estavam abertas e deixa um gosto enorme para o segundo ano.
Entrevista | Sami Chohfi – “Os músicos já não vivem tão bem quanto viviam”

Crítica | A Diplomata (1ª Temporada)

Engenharia do Cinema Séries de política costumam ser chatas e complicadas de se compreender (caso você não esteja habituado ao assunto). Após o sucesso de “House of Cards” (que terminou de uma forma grotesca, por conta da demissão de Kevin Spacey), a Netflix ficou órfã de produções da temática e agora realizou esta “A Diplomata” para preencher esta lacuna. Ciente da complexidade que aquela havia em sua trama, sempre agregada a situações que remetiam uma realidade (totalmente mais leve do que vemos no Brasil), a showrunner e criadora da atração Debora Cahn (“Homeland”) procura desenvolver uma trama mais simples e que conquista o público alvo facilmente. A história é centrada na embaixadora dos EUA no Reino Unido, Kate Wyler (Keri Russell), que acabou sendo jogada no cargo de forma totalmente aleatória nesta função (uma vez que estava acostumada a fazer negociações comerciais no Afeganistão). Em um cenário totalmente delicado entre estes países e o próprio Oriente Médio, ela não terá de tentar amenizar os conflitos entre todos (que cada vez mais só pioram), como também a enorme crise política que o primeiro enfrenta por debaixo dos panos. Além de tentar reaver seu casamento com Hal (Rufus Sewell), que também trabalha no governo com ela. Imagem: Netflix (Divulgação) Em um primeiro momento, várias coisas são jogadas no colo do espectador, com o intuito de nos sentirmos na pele da própria Wyler. E isso nitidamente funciona, pois além de Russell está ótima no papel (tanto que em sua expressão fica nítido o quão ela está casada e preocupada, ao mesmo tempo), a trama chega a fazer um completo sentido dentro do cenário político atual (embora não chegue a jogar indiretas em algumas situações atuais, já que a produção foi gravada em 2021). Mas outro tópico certeiro, é não apelar demais para termos técnicos, para relatarem algumas situações que poderiam ser complicadas, apenas com o intuito de deixar tudo mais “luxuoso” dentro do cenário mostrado (um erro que inclusive, tem ocorrido em outras produções da temática e que não possuem o teor desta). Como por exemplo, uma situação que envolve a morte de uma “pessoa importante” (não vou entrar em mérito de spoilers) e os desdobramentos que isso acaba tendo, não são complicados de se entender e a produção acaba também explicando ao público, algumas atitudes e contextos (uma vez que a própria Kate, também é leiga). Dividido em oito episódios, com cerca de 45 minutos cada (inclusive o segundo ano já foi confirmado), pode-se dizer que a relação entre a protagonista e os outros coadjuvantes funciona nos episódios também, pois os mesmos também possuem subtramas muito bem cuidadas, como o ministro de Relações Exteriores, Austin Dennison (David Gyasi), Ali Ahn (Ali Ahn) e o próprio Hal (que com a ótima atuação de Sewell, à todo momento não fica certo de qual lado ele está). “A Diplomata” termina sendo uma interessante produção política da Netflix, que literalmente foi realizada com o intuito de agradar os que já conhecem e não sabem sobre o assunto com mais ênfase.