Bel-Air, releitura de Um Maluco no Pedaço, chega ao Star+

Nesta quarta-feira (18) estreia no Star+ a série Bel-Air. Situada na América moderna, a série oferece uma nova e dramática visão da jornada de mudança de vida do protagonista Will, das ruas do oeste da Filadélfia às mansões fechadas de Bel-Air. Confira abaixo tudo que já sabemos sobre a nova série exclusiva da plataforma. História de Bel-Air Com dez episódios no total e com um tom de drama, a série mantém-se fiel à premissa original e acompanha Will deixando para trás a única casa que ele já conheceu por uma segunda chance em um lugar desconhecido. Agora, ele vê sua vida virar de cabeça para baixo ao se mudar para um dos bairros mais luxuosos de Los Angeles, encontrando novos desafios e preconceitos em um mundo de riqueza e aspiração. Elenco Com os clássicos personagens já conhecidos pelo público, Bel-Air tem o seu elenco formado por Jabari Banks como Will, Adrian Holmes como Philip Banks, Cassandra Freeman como Vivian, Olly Sholotan como Carlton, Coco Jones como Hilary, Akira Akbar como Ashley, Jimmy Akingbola como Geoffrey, Jordan L. Jones como Jazz, e Simone Joy Jones como Lisa. Produção Will Smith, Quincy Jones e Benny Medina assumem funções de produtores executivos nesta nova versão junto de outros grandes nomes. T.J. Brady e Rasheed Newson são os showrunners da série, além de co-escrever o roteiro ao lado de Morgan Cooper. Cooper, por sua vez, também é um dos co-produtores executivos do programa, além de dirigir alguns episódios.

De Volta Para o Futuro teve cão de mentira e apoio de Tony Hawk; veja curiosidades

Um dos maiores clássicos da cultura pop, De Volta Para o Futuro é aquele tipo de filme que encanta todas as gerações. O primeiro longa estreou em 1985 nos cinemas norte-americanos e apresenta o adolescente Marty McFly (Michael J. Fox) e seu excêntrico amigo cientista, Dr. Emmett L. Brown (Christopher Lloyd) vivendo uma curiosa aventura a bordo de uma máquina do tempo instalada em um carro DeLorean, viajando por diferentes períodos da história de Hill Valley, na Califórnia. Depois de uma confusão, Marty usa sem querer a invenção do doutor e acaba voltando no tempo, para o dia 5 de novembro de 1955. Por isso, a data se tornou um marco e é celebrada pelos fãs do mundo todo. Aliás, vale destacar que os três filmes estão disponíveis no Star+. De Volta Para o FuturoFilme | 1985 Marty McFly, um típico adolescente estadunidense dos anos 80, é mandado de volta para 1955 a bordo de um DeLorean movido a plutônio, inventado pelo cientista Doc Brown. Lá ele encontra os pais ainda adolescentes. De Volta Para o Futuro 2Filme | 1989 Um problema com um dos filhos de Marty McFly no futuro faz com que Doc Brown e Marty viajem até 2015. No entanto, o vilão Biff complica as coisas e faz com que a dupla tenha que retornar a 1955 para normalizar suas vidas no presente. De Volta Para o Futuro 3Filme | 1990 Em 1955, Marty recebe uma carta do Doc Brown datada de 1855 e descobre que ele será assassinado. Agora precisa voltar ao passado exatamente no dia 2 de setembro do mesmo ano para tentar salvar seu amigo, mas não sem antes ter que enfrentar inúmeras dificuldades. Curiosidades da trilogia De Volta Para o Futuro 1. Máquina do tempo Antes de escolherem o DeLorean como o veículo da viagem no tempo, os produtores do filme cogitaram até mesmo uma geladeira nas primeiras versões do roteiro. No entanto, eles ficaram com medo que as crianças brincassem de viajar no tempo em casa e acabassem trancadas nos refrigeradores. 2. Cachorro de verdade? Você se lembra que Doc Brown coloca um cachorro dentro do DeLorean para testar a viagem no tempo? Pois então, nas cenas à distância, trata-se de uma pessoa fantasiada de cachorro! Só vemos um cão de verdade quando a cena é em close. 3. Idade dos atores Michael J. Fox é apenas dez dias mais novo que Lea Thompson, que interpreta sua mãe no filme. Além disso, ele é três anos mais velho que o ator que faz seu pai, Crispin Glover! 4. Skate com especialista O esporte não era muito popular quando o filme foi gravado, mas os produtores tiveram a ajuda de um nome que viria a se tornar uma lenda do skate: Tony Hawk.

Chucky | Confira 12 curiosidades sobre a franquia Brinquedo Assassino

O Brinquedo Assassino mais famoso de todos os tempos chegará ao Star+ nesta quarta-feira (27) com a estreia exclusiva de Chucky, a nova série inspirada na icônica franquia cinematográfica de mesmo nome é desenvolvida, escrita e produzida por Don Mancini, criador da saga Chucky. Chucky é um dos vilões mais aterrorizantes e icônicos da telona. O boneco ruivo possuído pela alma do serial killer Charles Lee Ray, entrou na cultura pop em 1988 com a estreia de Brinquedo Assassino. A partir de então, a franquia teve seis sequências, todas escritas por Mancini. Veja abaixo 12 curiosidades sobre a franquia 1. Don escreveu Brinquedo Assassino quando ainda estava na escola de cinema da UCLA. O projeto original era diferente do que apareceu nas telas; 2. A perspectiva do vudu e canto de Damballa não estavam no roteiro original de Brinquedo Assassino, mas foram acrescentados mais tarde. 3. O nome Charles Lee Ray é um combinação dos nomes Charles Manson, o líder criminoso e cérebro por trás de diversos assassinatos cometidos durante 1959, Lee Harvey Oswald, o homem acusado de assassinar o presidente americano John F. Kennedy em 1963 e James Earl Ray, o homem que matou Martin Luther King em 1968. 4. No roteiro original de Brinquedo Assassino, Andy faz um pacto de sangue com o boneco Chucky, e é por isso que o roteiro foi intitulado originalmente de Blood Buddy (Amigo de Sangue). Outro título provisório foi Batteries Not Included (Não Inclui Baterias). 5. O slogan de Brinquedo Assassino 3, “Olha quem está à espreita”, foi inspirado no filme Olha Quem está Falando de 1989. 6. A Noiva de Chucky é o primeiro filme que nunca menciona a Play Pals, para mostrar que os filmes estão se afastando de seus comentários sobre a comercialização. 7. Segundo relatos, a cena da banheira em A Noiva de Chucky estava no rascunho original do roteiro de Mancini para Brinquedo Assassino, que é como a babá de Andy estava destinada a morrer pela primeira vez. 8. A Noiva de Chucky (1998) foi o filme da franquia com maior bilheteria até aquele momento na história do título. 9. A Semente de Chucky foi o primeiro filme de Chucky no qual Mancini atuou também na direção. 10. Inicialmente, Mancini queria Quentin Tarantino como o diretor de Semente de Chucky. 11. Em A Maldição de Chucky, Charles Lee Ray usa o mesmo estilo de faca que Chucky usa no primeiro filme. 12. Ao final de O Culto de Chucky, Nica caminha com Tiffany em uma homenagem ao filme com Jennifer Tilly, Ligadas Pelo Desejo (Bound). Chucky, a nova série exclusiva do Star+, chega nesta quarta-feira (27) com um episódio duplo e depois, toda quarta-feira, estreia um episódio inédito somente no Star+. Sinopse de Chucky A série conta com oito episódios de uma hora e foi desenvolvida, escrita e produzida por Don Mancini, criador da saga Chucky. A nova história se passa em uma tranquila cidade americana, onde o adolescente Jake Wheeler (Zachary Arthur) descobre um boneco antigo de Good Guy em uma venda de garagem. A partir de então, a vida no agradável subúrbio se transforma em um inferno, quando uma onda de assassinatos arrepiantes começam a revelar os segredos mais profundos e sombrios de todos. Enquanto Chucky (Brad Dourif) desencadeia o caos, rostos familiares de seu passado retornam e ameaçam revelar suas origens obscuras como um menino aparentemente comum que, de alguma forma, tornou-se o lendário boneco assassino. Completam o elenco da série Björgvin Arnarson (Devon), Alyvia Alyn Lind (Lexy), Teo Briones (Junior), Devon Sawas (Logan), Jennifer Tilly (Tiffany Valentine), Fiona Dourif (Nica/ Charles jovem) e Christine Elise McCarthy (Kyle).

Conhecendo o Blues #4 – Little Walter

Considerado o mais importante gaitista da história do Blues, Little Walter mudou o curso da harmônica e foi um artista revolucionário. Marion Walter Jacobs nasceu no estado da Louisiana em 1930. Aos 13 anos de idade já se apresentava pelas ruas de New Orleans e seu grande ídolo foi o pioneiro da gaita John Lee “Sonny Boy” Williamson. 1945 foi um ano importante em sua vida. Ele chegou a Chicago e um novo mundo se abriu para o jovem músico, então com 15 anos de idade. Ele realizou suas primeiras gravações em 1947 ao lado do cantor e guitarrista Jimmy Rogers, para o pequeno selo Ora Nelle. “Eu conheci um garoto que realmente sabe tocar!”, foi o que Rogers disse a Muddy Waters se referindo a Little Walter. O trio virou um fenômeno em Chicago e logo seriam conhecidos como The Headhunters. Em 1950, iniciam-se uma série de gravações históricas e uma parceria com Muddy Waters que é sem dúvidas uma das mais impactantes da história do blues. Dois anos depois, a carreira de Little Walter decola quando ele lança a música Juke, um instrumental incendiário, que levou o blues e a harmônica para novos caminhos. Walter era um improvisador sem igual, criava temas imbatíveis e cantava de forma vibrante e visceral. Talvez ele não tenha sido o primeiro a tocar com a gaita em um microfone plugado no amplificador, mas criou sons incríveis que ecoam até os dias de hoje. Ele gravou diversos hits como líder para o selo Checker (subsidiário da Chess Records) entre 1952 e 1967. Aliás, não posso deixar de citar três verdadeiros clássicos: My Babe, Nobody But You e Just Your Fool. Triste fim Walter tinha sérios problemas com drogas e com o álcool, além de ser uma pessoa que se metia em muitas encrencas. No dia 14 de fevereiro de 1968, ele se envolveu numa grande briga depois de um show e foi pra casa com fortes dores de cabeça. Foi dormir naquela noite com graves ferimentos pelo corpo e nunca mais acordou. 10 músicas para conhecer um pouco da obra de Little Walter Just Keep Loving Her (1950) – Little Walter Trio Going Away Baby (1950) – Jimmy Rogers Off The Wall (1953) – Little Walter and his Jukes Mellow Down Easy (1954) – Little Walter and his Jukes Hoochie Coochie Man (1954) – Muddy Waters Sugar Sweet (1955) – Muddy Waters It Ain´t Right (1956) – Little Walter and his Jukes Temperature (1957) – Little Walter Crazy Mixed Up World (1959) – Little Walter Crazy Legs (1961) – Little Walter

Entrevista | Richie Kotzen: “Adrian e eu temos pensamentos em comum e outros diferentes”

Dois grandes guitarristas unidos em um projeto de tirar o fôlego. Adrian Smith e Richie Kotzen estrearam o álbum Smith / Kotzen, projeto gravado nas Ilhas Turcas e Caicos, um pouco antes do início da pandemia. Composto por nove faixas, Smith / Kotzen é uma perfeita colaboração entre os dois músicos altamente respeitados que escreveram todas as músicas, compartilharam os vocais principais e também trocaram as funções de guitarra e baixo ao longo do disco. Repleto de melodias e harmonias poderosas, o disco incorpora a atitude espirituosa do rock clássico dos anos 1970 com um caldeirão de influências que vão do blues, hard rock, R&B tradicional e mais, misturando as origens e experiências de cada um do par para resultar em um som totalmente contemporâneo. Kotzen conversou com o Blog n’ Roll sobre a parceria com o guitarrista do Iron Maiden, carreira, gravação do álbum na ilha, Brasil e lockdown. Confira o papo abaixo. Como surgiu essa parceria com Adrian Smith? Nós nos conhecemos há uns nove ou dez anos. É difícil dizer exatamente como nos conhecemos, porque em Los Angeles você vê e conhece pessoas com frequência. Mas, ao longo dos anos, nossa amizade foi crescendo, nossas esposas ficaram amigas, e sempre falamos muito sobre música. E sempre nos feriados, a gente se encontrava para fazer uma sessão e tocar algumas músicas. Mais recentemente, em uma dessas sessões, alguém sugeriu que eu e o Adrian tentássemos fazer uma música juntos. E, felizmente, isso aconteceu, e hoje estamos aqui. O que permeou a montagem desse set? Todas as músicas são idênticas… brincadeira (risos). As faixas me lembram muito aquele rock clássico que cresci ouvindo. É um álbum agradável, que tem um flow muito bom. É um daqueles álbuns legais de rock clássico, e cada música tem sua personalidade. O single Taking My Chances é uma faixa forte, que queríamos mostrar primeiro, mas todas são importantes. Você percebe que as canções são da mesma banda, mas a vibe muda, claro. Cada música representa nosso sentimento quando as escrevemos. Como foi gravar o álbum em uma ilha paradisíaca do Caribe? Cara, isso foi muito divertido. Eu nunca tinha ido para lá. É um lugar lindo, tropical, com um mar maravilhoso. Foi incrível! O único problema foi que eu não queria fazer nada além de ficar deitado na praia (risos). Tivemos alguns dias de folga, e depois começamos os trabalhos. Foi bem legal, e gostei muito de ter feito dessa forma. Espero que o próximo seja assim também. Tiveram problemas na hora de voltar por conta da pandemia? Não tivemos problemas, porque saímos de lá antes de tudo começar por aqui. Eu lembro que tive minha festa surpresa de aniversário em Las Vegas, depois fiz shows em um cruzeiro em Miami, e em seguida encontrei o Adrian para gravarmos o álbum. Quando terminamos, já estávamos planejando a turnê mundial e marcando os shows. Nossa ideia era lançar o álbum em março ou abril de 2020 e começar a turnê logo em seguida. Mas, obviamente, a pandemia chegou e tudo isso mudou. Como estão os planos para a divulgação de Smith / Kotzen com esse impedimento? Estamos fazendo o que podemos. Divulgamos algumas músicas, o álbum completo está pronto para ser lançado, estamos dando muitas entrevistas e contando nossa história. Eu sou um cara das antigas, então não vejo a hora de poder tocar ao vivo. No Texas, por exemplo, eles liberaram shows, então talvez a gente faça uma turnê por lá. O lockdown dificultou algo em sua vida? Para mim, não foi tão ruim como para muitas pessoas. Eu sou grato por ter conseguido descansar um pouco, porque precisava de um tempo livre. Quando você é um cara como eu, se te oferecem três semanas de shows da América do Sul, você vai. Ou então, meses na Europa, eu vou também. Então, é difícil dizer não quando essas oportunidades surgem. Eu não queria tirar essa folga, mas senti uma tranquilidade quando as coisas pararam. Claro que odeio a covid-19, obviamente, mas ficar em casa nesse lockdown funcionou para mim. Voltando ao álbum, como foi cruzar as influências de vocês dois? Adrian e eu temos pensamentos em comum e pensamentos diferentes. Por exemplo: nós dois amamos bandas clássicas de rock. Mas, por outro lado, eu também gosto de alguns elementos, e o Adrian de outros, como jazz e blues. Eu não curto tanto, mas tenho muita influência do soul e do r&b. E isso foi bom, porque tivemos muitos pontos onde nos conectamos bem, e outros que nos ajudaram a trazer algo diferente para o álbum. Você é um cara com muita bagagem no rock, ainda mais pelas passagens pelo Poison e Mr Big. Acredita que ainda carrega algo dessas vivências no seu som? Todas as coisas que você faz como músico ajudam a formar suas características. Para mim, eu não sei ao certo o que aprendi com cada membro de cada banda que passei, porque são anos na estrada, e períodos relativamente curtos com as bandas. Mas, certamente, para um cara jovem que tocava na garagem, tocar com outros grandes artistas e interagir com eles é um aprendizado enorme. Conheci muita gente gigante, e essas pessoas me ensinaram muitas coisas que começaram a fazer parte da minha personalidade musical. Você tem uma relação legal com o Brasil, certo? Brasil é um dos lugares que mais gosto de visitar e tocar. Sempre tenho experiências incríveis quando vou ao Brasil, com ótimos públicos e pessoas apaixonadas por música. Minha esposa é brasileira e a conheci em São Paulo. É um lugar importante para mim, e espero voltar logo. Já aprendeu a falar em português? Só frases ridículas e palavrões (risos). Mas vou parar de ser preguiçoso e tentar aprender algo útil.

Rosana Reis, de São Vicente, está de volta: “o rap me resgatou”

Após 11 anos longe do rap, Rosana Reis, 45, de São Vicente, voltou à ativa. Ela, que por ter vivido tantas experiências e ter enfrentado condições subumanas, coloca o dedo na ferida dos problemas sociais que permeiam a sociedade.  Das antigas, a rapper pegou no mic pela primeira vez em 1993. Mas em 2008 parou de cantar e foi estudar. Entretanto, em 2020, foi incentivada a voltar para o rap e assim o fez, após terminar o curso de Psicologia no final de 2019. Coincidentemente, foi um período que ficou desempregada, devido à pandemia da covid-19. “O rap me resgatou! Fiquei sem chão. Um ano desempregada, eu poderia ter entrado em depressão. Mas escrever, me ajudou a manter o foco”.   Rosana Reis A rapper quer que as pessoas reflitam sobre os problemas da sociedade ao ouvirem suas músicas. “Eu falo do que vivencio, do que vejo, das queixas das pessoas, o ambiente em que vivemos. Aqui na Rua Mecanizada, em São Vicente, onde moro, conhecida como paraíso do sétimo céu, enche muito quando chove, por exemplo. Demora cerca de três dias para esvaziar. Os ônibus não passam, as pessoas demoram para chegar ao trabalho. Enfim, são queixas da população”.  Linha do tempo de Rosana Reis Rosana nasceu em São Vicente, mas devido às dificuldades, aos noves anos o pai dela a levou para Sergipe. Retornou à cidade de origem aos 15 anos, quando teve o primeiro contato com uma das vertentes do movimento hip hop: o break. “Minha mãe me levava nas matinês (bailes à tarde). Foi o primeiro contato com a cultura hip hop, por meio do break. Vi a equipe Red Crazy Crew, os caras dançando”.  Rosana Reis Mais tarde, a futura rapper frequentou outro baile onde entendeu de fato o que era movimento hip hop. “Entendi que existia DJ, grafiteiros, os mc´s, dançarinos, uma cultura de fato”. Nesse período, ela conheceu pessoas da cultura e foi acompanhando eventos. Recebeu um convite do rapper Marconi no final de 1993 para fazer parte do grupo Subúrbio Negro de São Vicente. Ela topou, na época tinha 18 anos, e foi a primeira experiência enquanto rapper. Mas ela ressalta que nesse período cantava as letras do grupo, não eram delas. Em meados de 1994 começou a fazer eventos junto com o Marconi e promover nas escolas. Único sistema Rosana então em 1996 criou um grupo chamado Único Sistema, porque estava deixando o Subúrbio Negro de São Vicente. Além dela, o grupo era composto pela Alcione Marçal, Luciana, Elaine, Chocolate e Dj.Claudinha. O objetivo era ter um grupo só de mulheres. Infelizmente, a formação só fez duas apresentações e não durou um ano.  Após isso, o Marconi pediu que ela voltasse para o Subúrbio Negro de São Vicente, mas Rosana não queria, porque em São Paulo havia um grupo com o mesmo nome. Então, ela aceitou cantar junto com ele, mas usando o nome Único Sistema. Eles também ficaram pouco tempo em atividade, até 1997, pois ela não queria mais cantar. DRK Rosana casou em 1998 e só retornou ao rap em 2004, com o DRK. A formação consistia no rapper Doido, ela e o DJ Koala. Em 2008, ela parou de cantar novamente, porque o grupo se encerra e após isso termina o casamento. Em 2009, ela casou novamente, volta a estudar, mas não a cantar. Entretanto, continuou a escrever, tanto que gravou algumas letras, mas sem pretensão de cantar para o público. O retorno solo de Rosana Reis No início de 2020, Rosana explicou que a artista Gabitopia a convidou para ir à Batalha do Caoz, em São Vicente. O objetivo era que Rosana se sentisse incentivada ao ver outras mulheres e meninas cantando. Outras pessoas também a incentivaram a voltar para o rap. E foi o que fez.  Desde então, Rosana já foi soltando músicas e clipes, além de participar de cyphers. Ela afirma que mais um clipe está para sair, chamado Obstinação, produzido pelo Junior Castro.  A artista ainda foi convidada para participar de uma parceria com um dos integrante do grupo Porcelanosos, da província de Kwanza norte, na Angola. Rosana pretende continuar com os lançamentos dessa forma, gravando e divulgando. Ela convive com um problema de saúde e afirma que tem períodos que está bem e outros que não. Assim, ela prefere lançar logo os trabalhos, sem ficar se contendo, por isso não tem planos para lançar um álbum. Equipe e aprendizados de Rosana Reis Para colocar os trabalhos na rua Rosana conta com um time importante. “O Douglas DGS é rapper e esse ano começou a fazer meus beats. O Canjão é o produtor dos beats também, o estúdio dele é o Dubarraco Produções. Ele faz a masterização e mixagem das minhas músicas. Junior Castro e G.Gomes fazem meus clipes. O Mysthério do grupo Wufologos faz meus Lyric vídeos”. Mesmo com o auxílio de todos, a rapper afirma que está tentando aprender para ser mais independente. “Esse ano também estou aprendendo a trabalhar com chroma key e a fazer beat, para conseguir ser mais independente. Apesar de gostar de trabalhar com essa equipe, tenho que ter mais autonomia e isso vem com conhecimento”. Por conta da pandemia do covid-19, Rosana afirma que o chroma key a ajuda a gravar os clipes em casa. Assim, toma os cuidados necessários para concluir os trabalhos. Somando ao RAP Rosana menciona admiração pelo duo Rap Plus Size, pela rapper M.I.A, pela Gabitopia e Preta Jô. Ela entende que toda mulher acrescenta ao rap, independente do tema ou bandeira que levanta em suas músicas. “Eu canto sobre problemas sociais, porque vivi isso. Eu tenho colegas que focam na questão do machismo, da mulher negra, e eu apoio. Se cada uma de nós ficarmos engajadas em uma luta a gente tem a acrescentar”. Rosana Reis Em relação a ser mulher no rap, Rosana desde que iniciou, lida com o machismo. Em suma, toma cuidado com quem ela faz feat, pois não aceita trabalhar com alguém que mantém essa postura. Além de não dar atenção

Entrevista | Silva: “Eu e Anitta amamos ska e reggae”

Os primeiros acordes de Passou Passou, faixa de abertura do novo álbum do capixaba Silva, Cinco, já passam uma mensagem bem legal: o músico inova como poucos. O ska, com uma batidinha bem característica do som jamaicano dos anos 1960, mostra o artista totalmente fora da zona de conforto. E faz isso com muita qualidade. Para alguns pode lembrar até o Los Hermanos. Talvez pela brasilidade colocada na faixa. “Gosto muito de ska e rocksteady, adoro os sopros que eles usam. Eu nunca tinha usado isso no meu trabalho. Pra mim era algo muito distante, gostava só de ouvir. Aí quando comecei a experimentar isso nos shows, deu certo. Fica Tudo Bem estava diferente do disco, coloquei uma bateria na entrada com contratempo de ska. Mas as pessoas não associavam isso. Mas pensei que poderia fazer coisas nessa linha. Entraram dois skas nesse disco”. Silva conta que chegar na sonoridade foi um desafio. “Geralmente as coisas que gosto são muito anos 1960 e 1970. Estava acostumado a ouvir, mas como fazer soar parecido era um desafio. Igual não tem como ficar, eles usavam equipamentos diferentes. Levei dois ou três dias para chegar na bateria de Passou Passou. A pandemia me possibilitou ser bem minucioso nessa gravação”. Passou Passou não é o único ska do álbum. Facinho, com a participação de Anitta, é a outra surpresa para os fãs do gênero jamaicano. “Eu tava fazendo Facinho já pensando na Anitta. Ela gosta muito de reggae e ska. Aí eu falei: patroa, vamos fazer um hit? Bem a cara dela isso. Mandei, ela adorou e já topou”. João Donato Mas o álbum de Silva traz muitas outras sonoridades. Vai da MPB ao jazz, mas passa pelo ska e samba. Isso sem falar nas participações especiais de João Donato e Criolo. Quem Disse, a canção que ele gravou com Donato, é jazz puro. “A música também já foi pensada no Donato, mas foi engraçado porque ele acabou mudando a música toda. Era para ser um samba mais acelerado, mas ele entrou no estúdio, com o conhecimento dele que é muito avançado, coisa de gênio, jazzística, e deixou tudo simples. Ele parou e disse: essa música tá acelerada, né? E deixou completamente diferente, mas muito com a cara do Donato. Foi uma honra muito grande”. Criolo Sobre a parceria com Criolo, Silva conta que sempre admirou o artista. “Adoro o jeito como ele fala as coisas, a música dele é muito boa”. “A gente só se conhecia de oi, tudo bem. Mas no réveillon passado, estávamos na mesma festa em Salvador, e tive a oportunidade de trocar uma ideia com ele. E rolou essa vontade de fazer algo junto. Ele criou uma parte para a segunda parte da letra, fez até uma dancinha, deu umas ideias de palco”. O resultado de Soprou, canção gravada com Criolo, é um samba que remete à origem no Recôncavo Baiano, como se composto por Caetano Veloso e vocalizado por Clara Nunes, mas em roupagem apropriada para o dueto de Silva com Criolo. A segunda parte, escrita por Criolo, surpreende e traz o ouvinte do passado para o presente-futuro que a gente gostaria de ver e ouvir.

CCXP: Pai das Tartarugas Ninja rasga elogios ao gaúcho Mateus Santolouco

Co-criador de Tartarugas Ninja, Kevin Eastman, rasgou elogios ao desenhista e roteirista gaúcho Mateus Santolouco, um dos principais artistas da atual série de quadrinhos da franquia. Os dois participaram de um painel em celebração ao legado dos personagens, na CCXP Worlds. “O Mateus trouxe algo muito bom. Ele é meu favorito. Seu nível de detalhes é impecável, sua interpretação é maravilhosa. Sua narrativa, as escolhas na ação e direção e composição de páginas é algo que me dá arrepios. Me inspira. Sou muito grato a ele. Suas contribuições moldaram o futuro das Tartarugas Ninja”. Santolouco escreveu e desenhou Shredder in Hell (Destruidor no Inferno), HQ que mostra o vilão Destruidor em uma jornada pós morte. Em suma, foi justamente essa passagem que mexeu com Eastman. O gaúcho, no entanto, revelou que não havia conhecido Eastman na época que produziu esse quadrinho. E contou a origem da sua ligação com a Tartarugas Ninja. “O desenho passava de manhã e não conseguia assistir, era o horário que eu estava na escola. Mas quando chegou o fliperama, em Porto Alegre, a cidade na qual morava, pude conhecer mais. No entanto, foi quando saiu o filme que fiquei realmente fã deles. Era basicamente a única coisa que eu queria desenhar naquela época”. Logo depois, Santolouco foi além e contou que após o lançamento do primeiro filme, passou a ler os quadrinhos. “Consegui ler rapidinho, escondido dos professores. Lia no fundão da sala de aula. Era muito diferente da TV, super capturou minha imaginação e fiquei curioso. Gostei de ver as Tartarugas nesse nível mais sombrio”. Origem independente Em outro momento especial do painel, Eastman relembrou os primórdios das Tartarugas Ninja. Em um universo dominado por Marvel e DC Comics, não foi nada fácil encontrar o espaço para os seus personagens. “Tínhamos dinheiro para fazer 3 mil cópias, mas nunca imaginamos que venderia tudo. Quando esgotou em semanas, nós ficamos ‘o que?’. Aí imprimimos mais 6 mil e esgotou”. A independência financeira com o seu quarteto mágico veio logo depois, com a edição 2, quando imprimiu 15 mil cópias. A forma como lembrou o início da carreira realmente foi um dos pontos altos do primeiro dia da CCXP Worlds.