Álbuns icônicos de Joan Jett viram livro de história em quadrinhos
Joan Jett mudou a história do rock’n’roll e das mulheres para sempre com sua arte. Nos anos 1970, ao lado de suas colegas do Runaways, alcançou o auge e desde então nunca mais parou. Ela foi considerada uma das melhores guitarristas de todos os tempos pela revista Rolling Stone. E a canção I Love Rock ‘n Roll atingiu o 1º lugar da Billboard, considerada uma das 30 melhores músicas de todos os tempos, tanto que é trilha sonora de gerações. E após 40 anos dos seus lendários álbuns Bad Reputation e I Love Rock ‘N’ Roll, a editora Belas Letras traz ao Brasil um kit de colecionador exclusivo com um livro de histórias em quadrinhos inspirado nas músicas da musa da guitarra. Grandes roteiristas e ilustradores de graphic novels se uniram para dar vida às músicas em 17 histórias de ficção neste HQ para adultos em uma edição fora das edições padrão, a começar pelo próprio formato do livro. Ele tem o tamanho de 29cmx29cm, ou seja, quase um vinil de 12 polegadas, o maior de todos. O livro ainda tem um formato alternativo, uma edição vira-vira onde você lê até a metade, vira o livro “de cabeça para baixo” e começa novamente pelo “fim” para ler até a outra metade. O projeto foi supervisionado pela própria Joan Jett e já está disponível no Brasil. As histórias trazem mulheres cheias de personalidade como protagonistas que se aventuram a ser e fazer o que quiserem de suas vidas sem ligar para opiniões alheias. Cada história é ilustrada por uma artista diferente, por isso elas variam em estilos e cores, o que dá mais diversidade e ação para as narrativas. “Quando começamos a trabalhar na obra, refletimos sobre toda a rejeição e a oposição que Joan enfrentou da indústria como uma mulher com uma guitarra, especialmente no início de sua carreira. Felizmente, ela bloqueou esse ódio e mostrou a quem duvidava que ela poderia fazer isso sozinha. O mundo dos quadrinhos, bem como o mundo do Rock, é bastante sub-representado em termos de mulheres, especialmente no mainstream. Achamos que esta era uma ótima oportunidade para celebrar escritores de quadrinhos e ilustradores que por acaso são mulheres e que, como Joan, estão constantemente sendo questionadas sobre como é ser ‘uma MULHER…’ em seus respectivos setores”, revela Carianne Brinkman, presidente do selo Blackheart, de Joan Jett.
Sigo sem ligar para a minha reputação: os 30 anos de Bad Reputation
Bad Reputation já foi a trilha de tantas garotas livres, rebeldes e corajosas do cinema e das séries que tornou-se um hino de independência atemporal. Contudo, hoje, dia 23 de janeiro, o icônico hit e seu respectivo álbum comemoram 30 anos de história. Em uma época que o hard rock reinventava o rock n’ roll em uma de suas tendências mais marcantes, as regras para o lugar das mulheres na música deixaram de existir. Em resumo, Joan Jett foi uma das grandes inspirações de todas as mulheres. Com seus cabelos bagunçados, jaquetas de couro surradas e coturnos, a Rainha do Rock deixou de ser uma simples performer para consolidar-se na marca feminina do rock. Aliás, um símbolo de transgressão, uma inovação que espantava e encantava na mesma medida. Um símbolo que toda menina fã de rock precisava. Enfim, relembre Bad Reputation para comemorar essa data especial
Críticas | Arctic Monkeys, Goldfinger, Boom Boom Kid, Smashing Pumpkins, Billie Joe…
Arctic Monkeys – Arctic Monkeys Live At The Royal Albert Hall O show desta mesma turnê do Arctic Monkeys foi apresentado aqui no Brasil, no Lollapalooza 2019, com um set bem parecido. Portanto, não é surpresa aos fãs dos Monkeys a relação de ‘morde-assopra’. Em resumo, canções recentes mais climáticas dividem espaço com os rock indie barulhentos de outrora. Embaixo do manto do hype, o Arctic Monkeys é uma banda eficiente. Ao vivo não inova, mas entrega uma execução fiel e bem trabalhada de suas músicas. Goldfinger – Never Look Back Acompanhado de um time de estrelas – Mike Herrera (MxPx), Travis Barker (Blink-182), entre outros – John Feldman retorna seu Goldfinger com mais um disco super bem produzido. Ele mantém as bases punk-pop e ska-punk, mas com uma produção e refrões que têm muito a ver com a sonoridade de 2020. A busca pelo pop perfeito talvez tire um pouco da displicência e do charme que a banda carregava nos anos 1990, mas ainda é um belo trabalho. Boom Boom Kid – Bienvenido: Zona de Descanzo Primeiro disco acústico de estúdio do Boom Boom Kid. O ex-Fun People recria uma porção de suas canções em versões unplugged low-profile, por vezes usando e abusando de efeitos/reverb, ou na voz, ou no violão. Além dos resgates, ainda temos faixas inéditas e versões na seleção final. Prolífico como poucos, Nekro é um dos maiores artistas do cenário alternativo sul-americano e se acostumou a fazer muito com pouco. Radkey – Green Room Os irmãos Dee, Isaiah e Solomon Radke formam uma das bandas punk mais interessantes dos últimos anos. Power trio de canções simples e refrões ótimos, chegaram a seu quarto disco, lançado de forma independente e com ajuda de uma campanha de crowdfunding. Aqui a banda apresenta uma coleção de canções punk com viés pop, resgatando melodias dos Ramones circa anos 1980 e também algo de Misfits. Vale a pena. Smashing Pumpkins – CYR O Smashing Pumpkins sempre operou em três instâncias musicais: canções baseadas em riffs pesados de guitarra, baladas épicas e mais recentemente, músicas calçadas em synths. Este é praticamente todo baseado nesta terceira opção. Olhando pra trás, CYR dialoga principalmente com a fase Monuments to an Elegy. É um álbum difícil na discografia do grupo, apesar de soar pop na maior parte do tempo. Billie Joe Armstrong – No Fun Mondays No começo da quarentena, o vocalista do Green Day anunciou que lançaria um cover por semana, até ‘o mundo retornar ao normal’. As semanas passaram e Billie lançou 14 covers no projeto No Fun Mondays. Agora, porém, as reuniu neste LP. Apesar das diversas fontes originais, aqui as canções ficaram todas com aquele jeitão power-pop. Guitarra, vocais melódicos e refrões ganchudos. É o músico fazendo o que faz de melhor. The Network – Trans Am O Network surgiu em 2003 como uma banda new wave secreta cujos integrantes “pareciam demais” com os caras do Green Day. Na época o grupo sustentou a brincadeira de identidade secreta e soltou um disco tão excelente quanto descompromissado. Pra quem se decepcionou com o último disco do Green Day, o Network vem para restaurar sua fé no trio de Oakland, soltando aqui neste EP quatro faixa novas super divertidas. New Model Army – Carnival (Redux) “Carnival foi o único álbum em que a gravação, mixagem e masterização não trouxeram o resultado perto do que era pretendido originalmente“. A declaração é do vocalista Justin Sullivan sobre seu CD de 2005. Contudo, neste 2020, onde a banda comemora aniversário de 40 anos e teve seus planos abortados, este álbum está sendo relançado e ‘reimaginado’. Com o resgate, recebeu nova mixagem e faixas inéditas. Para redescobrir. Refused – The Malignant Fire O Refused tem o costume de sempre lançar um EP pouco antes ou pouco depois de um novo álbum full. No caso, The Malignant Fire é sucessor do disco War Music, lançado ano passado. Se no conteúdo o Refused continua pregando para convertidos, no som o grupo tenta sempre dar alguns passos fora da fórmula. O óbvio seria a morte artística desta banda que já ousou moldar ‘a forma que o punk virá’. Hardcore fora da caixa. Killer Be Killed – Reluctant Hero O novo do Killer Be Killed, formado por Max Cavalera (Soulfly, Cavalera Conspiracy); Greg Puciato (The Dillinger Escape Plan); Troy Sanders (Mastodon); e Ben Koller (Converge), vem com uma unidade muito maior do que no álbum de 2014. Aqui as canções se conversam muito mais, são inclusive mais palatáveis que as do primeiro disco, com muitos vocais melódicos e ótimos refrões. Metal inteligente, agressivo e criativo. Nick Cave – Idiot Prayer – Nick Cave Alone At Alexandra Palace Em junho, durante o período de lockdown no Reino Unido, Nick Cave fez uma live no Alexandra Palace, em Londres. Somente acompanhado de seu vozeirão e seu piano, Cave transmitiu a classuda apresentação em live paga que agora virou CD. O clima intimista e de solidão fazem a cama para as 22 faixas que preenchem o setlist lembrando a fase Grinderman, dos Bad Seeds e faixas de seu trabalho mais recente. Obra de arte! Joan Jett & The Blackhearts – Playin’ With Fire (Live In Long Island, NY ’81) Em 1981, Joan estava voando baixo ao lado de seus Blackhearts, divulgando o excelente Bad Reputation. Aqui temos o registro de um show transmitido via rádio e lançado via bootleg diversas vezes nos últimos 30 anos. O setlist de 21 músicas é divertido, tem as faixas do disco da época e covers, tocado por uma banda afiadíssima, em seu melhor momento comercial e criativo. Excelente!
Homenageando a banda T. Rex, Joan Jett divulga sua versão de Jeepster
Joan Jett deu as caras nesta sexta-feira (17) de lançamentos. A artista divulgou uma nova versão de Jeepster. Vale lembrar que a faixa estará no disco AngelHeaded Hipster. Em resumo, o trabalho é um tributo à Marc Bolan e a banda T. Rex. O disco traz diversos nomes de peso, como Nick Cave, U2, Elton John, entre outros. Ademais, o projeto será divulgado no dia 4 de setembro.
L7 regrava o clássico Fake Friends com Joan Jett
Da série “parcerias que não sabíamos, mas precisávamos”, surge L7 e Joan Jett juntas para uma versão animada de Fake Friends. O clássico, lançado por Joan Jett & The Blackhearts em 1983, ganhou novo tom aos vocais rasgados de Donita Sparks. Claro, a frontwoman da L7 cantou junto a Jett, que ainda a acompanha na guitarra. A faixa seria lançada na turnê da L7 pela Oceania, que ocorreria em maio, mas foi cancelada em prevenção à pandemia. Em comunicado, Sparks afirmou que foi uma decisão difícil. “Quando a turnê foi cancelada por conta desse horrível vírus, nós decidimos lançar as faixas de forma a elevar um pouquinho o espírito dos fãs, assim como os nossos”. “Novos materiais deixam todos felizes e animados, e talvez faça todos mexerem os quadris. É algo de positivo que a banda pode fazer pelos nossos fãs nestes tempos de incertezas. Quando o dever do rock n’ roll chama, a L7 responde”, conclui a vocalista. Confira a nova versão de Fake Friends:
Joan Jett and The Blackhearts tocam Light of Day de casa
Respeitando o isolamento social, Joan Jett and The Blackhearts divulgaram um vídeo tocando Light of Day para os internautas. Diretamente de suas casas, o grupo apresentou a faixa-título do filme, estrelado por Joan Jett e Michael J. Fox em 1987. No filme, Jett e Fox interpretam irmãos que tocam em uma banda de Cleveland, chamada Barbusters. A canção, que compõe a trilha sonora do longa, ficou em 33º na Hot 100. Desde então, a música faz parte do set da banda. Bruce Springsteen também apresenta a faixa, que já fez parte do set por mais de 300 vezes. Enquanto isso, a turnê de estádios da banda segue sem datas confirmadas. A banda irá percorrer os Estados Unidos junto a Def Leppard, Poison e Motley Crue. Confira o vídeo de Light of Day: