Com Samiam, The Slackers, Blind Pigs e Rancore, Oxigênio Festival divulga lineup

A edição 2023 do Oxigênio Festival foi oficialmente lançada com um lineup diversificado, recheado de bandas importantes e em alta do punk, hardcore e rock alternativo nacional e internacional. São mais de 20 bandas que se apresentarão entre os dias 26 e 27 de agosto, em um amplo hangar do Aeroclube Campo de Marte, em São Paulo. A realização é da GIG Music e Hangar 110. Assim como nas últimas edições, o Oxigênio Festival 2023 contará com dois palcos. No Aeroclube do Campo de Marte, com uma vista para a pista de decolagem e aterrisagem do local, a área externa é ampla e, como aconteceu na edição anterior, os palcos ficam distantes o suficiente para que tudo aconteça de forma independente e em horários alternados. O Oxigênio 2023 será palco, nos dois dias, para um dos shows mais esperados de anos: Rancore com a formação completa, a mesma do emblemático disco Seiva (3º da carreira, lançado em 2011), que mudou paradigmas do rock alternativo do independente nacional. Bandas internacionais renomadas e com grande público no Brasil também estão no lineup: no sábado, 26/08, Samiam, banda remanescente da cena punk do final da década de 1980 da Califórnia (Estados Unidos) e considerada pioneira do então chamado ‘emocore’, devido à mistura única de punk rock, hardcore, pop e indie. Ainda no sábado, The Slackers com seu altíssimo ska, fundado em 1991 em Nova York, o grupo tornou-se um dos mais influentes em todo planeta quando o assunto é tocar ska dos mais tradicionais, repleto de influências do reggae. Dead Fish volta ao Oxigênio com a turnê que celebra 30 anos de intensas atividades dessa principal banda da cena independente nacional. Quando o assunto é retorno, imprescindível mencionar o Blind Pigs, ícone do punk rock nacional que fez história na década de 90, e farão um show especial para o primeiro dia de festival. No domingo, além de duas bandas surpresas a serem anunciadas, a banda Granada, nome de peso do rock alternativo e que até hoje permeia a lembrança dos fãs do estilo, se apresenta no domingo, 27/08. É mais um show de reunião para tocar músicas dos três discos lançados, assim como aconteceu no Oxigênio 2019. Day Limns, umas das revelações da música independente nacional, que estourou no Youtube, é mais uma atração no domingo, mesmo dia do Zander, com a nova e enérgica formação, e Hevo84, expoente do emocore de décadas passadas. Lineup completo por dia 26 de agosto (sábado):Rancore, Samiam (EUA), Dead Fish, The Slackers (EUA), Blind Pigs, Chuva Negra, Colid, Molho Negro, Sapobanjo, Lilith Pop, Refugiadas e Karaokillers 27 de agosto (domingo):Rancore, Granada, Day Limns, Zander, Hevo84, Mia, Leela, Bad Luv, Putz!, The Zasters, Uelo, Karaokillers e duas bandas surpresas a serem anunciadas em breve Em paralelo à música rolando nos palcos, o festival terá espaços de arte urbana, fotografia e gastronomia, além de espaço de merchandise oficial. Serviço Datas: 26 e 27 de agosto de 2023 Local: Aeroclube Campo de Marte (próximo ao Sambódramo do Anhembi) Endereço: Avenida Santos Dumont, 1979 – Santana, São Paulo/SP Horário: 12h (abertura da casa) Local: Aeroclube Campo de Marte Endereço: Avenida Olavo Fontoura, 650, Santana – São Paulo, SP Ingressos (para cada dia de evento): R$170,00 – Pista 1º Lote R$220,00 – Camarote 1º Lote Passaporte (válido para os dois dias de evento) R$300,00 – Pista R$400,00 – Camarote(ingresso pessoal e INTRANSFERÍVEL válido para os dois dias de evento) Meia/Promo (válidos com a doação de 1kg de alimento não perecível ou apresentação de comprovante meia entrada de acordo com a Lei Federal nº 12.933/2013) Vendas e informações
Ska em Santos: Voodoo Glow Skulls, Less Than Jake, Mustard Plug e The Slackers

The Slackers retornam ao Brasil com turnê do álbum mais recente

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Entrevista | The Slackers – “O ska parece ser muito resistente”

A partir deste sábado (3), a banda novaiorquina The Slackers inicia uma longa turnê pelo Brasil, a segunda no ano. O primeiro show será em Palmas, em Tocantins. O último em Sorocaba, no dia 18 de novembro. Vic Ruggiero e companhia vão passar, ainda, por Santos, São Paulo, Porto Alegre, Caxias do Sul, Curitiba, Floripa, Natal, São José dos Campos e Campinas. Resta torcer para a supertempestade Sandy, que vem devastando a costa leste americana, não interfira na programação. Além da extensa sequência de shows, o vocalista Vic Ruggiero apresentará o trabalho solo em duas oportunidades: sexta-feira (2) em Palmas, e dia 19, no Inferno Club, em São Paulo. Em entrevista exclusiva ao Blog n’ Roll, o saxofonista Dave Hillyard falou sobre a expectativa quanto aos shows, influências, projetos paralelos, álbum novo e outras coisas. Para os fãs santistas que pretendem assistir ao show do Kiss em São Paulo no mesmo dia, a Base garante que os caras subirão ao palco somente às 3h da matina. Vale encarar a maratona. O que podemos esperar dos novos shows do The Slackers no Brasil? Há alguma surpresa? Bem, nós estamos felizes por estar de volta. Estamos trabalhando em algumas músicas novas que não foram gravadas ainda, portanto, pode ser que role uma ou duas dessas. Nós também estamos tocando Cleopatra, um cover do Skatalites, e tem sido muito divertido. Talvez não devesse dizer muito ou não vai ser uma surpresa, não é? Alguma previsão de lançamento de um novo álbum do Slackers? Vocês estão trabalhando nisso? Nossa última gravação foi o álbum Radio, que saiu pelo selo Whatevski no início deste ano. Essas faixas são todas covers. A maioria delas não são tipicamente ska/reggae, mas nós Slackerizamos elas e as fizemos soarem verdadeira para nós. Começamos a trabalhar em material novo e original. Temos em torno de cinco músicas. Esperamos que este material possa ser lançado no outono de 2013. Em cerca de dez meses, a partir de agora, vamos ter algumas coisas novas sendo liberadas. Temos também uma música nova, que será lançada na coletânea Brooklyn Rocksteady, que sairá no final deste ano. O que você acha do público brasileiro? Nós nos divertimos bastante no Brasil. Que história é essa de que o álbum Redlight vai se tornar um musical da Broadway? É verdade? Hahaha! Não. Isso foi uma brincadeira que fizemos no Dia da Mentira. Não temos planos de fazer um musical da Broadway. Quem são seus heróis na música? Acho que o meu primeiro “herói” na música foi o saxofonista do English Beat. Ele era o saxofonista principal da banda. Foi escutando ele tocar que tive vontade de fazer música. Eu queria soar como ele. Mais tarde me liguei em Roland Alphonso e Tommy McCook dos Skatalites. Então, esses caras me levaram ao jazz. Comecei ouvindo caras como Lester Young e Illinois Jacquet. Acho que John Coltrane é, provavelmente, o melhor saxofonista que já existiu. Ele sempre me deixa louco quando eu o escuto tocar. Só pra você ter uma ideia de como eu amo John Coltrane, o nome do meio do meu filho é Coltrane. E como você descobriu ska? Eu sou uma raridade entre os músicos com os quais comecei a tocar, porque queria tocar em uma banda de ska. Essa é a principal razão pela qual aprendi a tocar saxofone. Queria aprender a tocar as músicas do English Beat, Bad Manners e do Madness. Eles realmente me fascinaram. Meu pai ouvia reggae quando eu era um garoto, então eu já escutava Jimmy Cliff, Bob Marley e Peter Tosh desde muito jovem. Eu não tinha me envolvido com o ska até 1982-1983, quando era música popular no sul da Califórnia, onde eu cresci. Tive a felicidade de conhecer um monte de meus herois musicais. Toquei com Buster (vocalista) do Bad Manners quando eu era muito jovem, uns 19 anos de idade. Conheci e saí com um monte de caras do Skatalites, especialmente Roland e Tommy. Também tive a sorte de passar muito tempo com Glen Adams, dos Upsetters. Nós gravamos um álbum juntos chamado Hits Of Jackpot. Também tive a sorte de tocar com Larry McDonald, que é o melhor percussionista da Jamaica. Passei um longo tempo com Roy Campbell, que é um grande trompetista de jazz. Estes são os meus mentores musicais, os que moldaram o estilo da música que eu toco. Como você vê a cena ska no mundo de hoje? O ska parece ser muito resistente. Parece que ele está se espalhando pelo mundo. Estou sempre impressionado com o quão longe ele alcança. Para mim existe um certo tipo de som, uma certa faísca musical, que as bandas originais jamaicanas tinham e eu quero tentar carregar isso na minha música. Não estou interessado em apenas copiá-los. Passei tanto tempo aprendendo e me enraizando em sons jamaicanos que eu sinto que posso misturar isso tudo e trazer outras influências, e mesmo assim ainda manter muito do som original. Isso já esta no meu DNA depois de todos esses anos. Eu realmente amo ska. Uma das influências mais inspiradoras na minha vida. O que eu quero fazer é pegar aquela faísca original e levá-la para uma próxima etapa, fazer novas variações nos temas mais antigos, mas manter o espírito original da música. Como vai o Rocksteady 7 (projeto paralelo de David Hillyard)? Está bem. Estamos prestes a lançar nosso quarto álbum, Friends and Enemies, em dezembro. Friends and Enemies é um álbum de blues e ska. Ele mistura a atitude e os sons do blues americano com os ritmos de ska e reggae. Tenho escutado muito Howling Wolf e Sonny Boy Williamson. São essas músicas que eu misturei com ritmos jamaicanos nesse álbum do Rocksteady 7. Olhando para a frente, acho que meu próximo álbum do Rocksteady 7 será um álbum ska brasileiro. Escuto muito Jorge Ben Jor, Gilberto Gil, Tim Maia e Caetano Veloso. Estou aprendendo a tocar, instrumentalmente, um monte de suas músicas. Deixe uma mensagem para os brasileiros Estou ansioso para ver vocês nos shows. Sempre gosto de visitar ao seu país e espero vê-los novamente. Vocês tem grandes tradições musicais e espero ouvir e aprender mais. SERVIÇO – Slackers
The Slackers faz show dançante com pista vip em evento público
