Francisco, el Hombre coroa o ciclo de 11 anos com o longa Hasta El Final
Na literatura e na dramaturgia, as histórias são divididas em três atos. O último costuma ser o mais intenso, porque é nele que se encontra o clímax e a resolução da trama. Seguindo essa lógica, a banda Francisco, el Hombre chega a seu terceiro ato com uma celebração à altura de seus 11 anos de carreira: o recém-lançado álbum Hasta El Final, divulgado em maio. Agora, o grupo lança um longa-metragem que reúne os videoclipes de cada um das 16 faixas. Não é exagero dizer que a Francisco, el Hombre já passou pelo ouvido da maioria dos brasileiros, seja pelos mais de 40 milhões de plays no hit Triste, Louca e Má ou pela extensa lista de cidades em que a banda já se apresentou. Hasta El Final chega como um presente com clima de despedida, logo antes do já anunciado hiato da banda — ou “siesta criativa”, como eles preferem chamar — e comprime simbolicamente a trajetória de Mateo e Sebastián Piracés-Ugarte, LAZÚLI, Helena Papini e Andrei Martinez Kozyreff até aqui. O fim de uma música é o início de outra, assim como a pausa do conjunto é o ponto de partida para uma nova fase nas carreiras solo dos artistas. “Inicialmente, íamos só deixar uma GoPro ligada durante a sessão de fotos do álbum para, talvez, virar uns visualizers. Rapidamente, essa ideia se tornou um projeto grande e megalomaníaco, como tudo na nossa história até hoje”, detalha a baixista Helena Papini. Pautado pela conexão com o público e pelas apresentações ao vivo, o grupo encontrou no teatro os símbolos para ilustrar a grandiosidade desta última década. O espaço de shows Casa Rockambole, em São Paulo, foi escolhido como locação justamente pelo estilo bucólico e pelas cortinas pesadas atrás do tablado, que evocam na memória o palco de um teatro antigo. ”Foi a fluidez narrativa do disco que nos inspirou a fazer o filme, que funciona como o registro audiovisual de uma peça de teatro”, explica a baixista. As gravações, dirigidas por Gabi Jacob, foram feitas em 16 horas ininterruptas. Quem assiste aos vídeos na ordem das faixas, vê o processo exatamente como foi feito. A estrutura de começo, meio e fim permeia tanto os elementos sonoros, quanto os visuais. Apesar do álbum ser o resultado de quatro anos de trabalho, antes mesmo dos integrantes decidirem entrar em um hiato, é possível perceber um toque de “até logo” nas entrelinhas. Os últimos clipes retratam a produção de uma peça artística, enquanto a banda celebra mais de uma década de existência. Algumas coincidências também dão um clima mágico à despedida. “Enquanto estávamos gravando Outono, reparamos que no chão da Casa tem o desenho de uma árvore encravada. Foi um momento até poético”, lembra Helena. Os clipes que compõem o filme traduzem visualmente nas cenas, nas roupas e nos cenários o maximalismo sonoro que é tão característico da Francisco, el Hombre. Digno de um gran finale, a escolha do figurino foi motivada pelo trabalho em equipe de imaginar o que eles vestiriam se estivessem em uma premiação. O resultado são looks chiques e extravagantes, cheios de correntes, brilho e contraste de tons fortes de preto e vermelho. Ao longo da gravação, as roupas vão perdendo camadas e ganhando mais fluidez, mas ainda com a pompa de um tapete vermelho. A turnê de Hasta El Final tem datas e locais confirmados: 23 de junho, em Porto Alegre; 26 de julho, no Rio de Janeiro; e 27 de julho, em São Paulo. Os ingressos já estão disponíveis. Mais datas serão anunciadas em breve.
Vicka vence concurso e lançará álbum com Oswaldo Montenegro
A cantora e compositora Vicka só tem o que comemorar. A artista paranaense é a grande vencedora de um concurso promovido por Oswaldo Montenegro e lançará junto ao músico um álbum inédito e dez videoclipes. A novidade foi anunciada pelo próprio cantor em suas redes sociais. A novidade vem em meio a uma crescente nos trabalhos de Vicka. Em 2023, a artista foi indicada ao Prêmio Multishow pelo lançamento do EP Entrega. “Fiquei sabendo da seletiva para participar desse projeto com o Oswaldo através da minha madrinha, que é super fã dele. E dentre as suas canções escolhi ‘Intuição’ para fazer uma versão e colocar minha interpretação. Uma música que fala sobre cantar a vida e exaltar a beleza das emoções e que conecta com a mensagem que venho trazendo nas minhas composições”, explica Vicka sobre o processo seletivo. Agora com o anúncio, a paranaense espera ansiosamente pela concretização da oportunidade. “Fiquei emocionada e muito honrada em ter sido escolhida pelo júri para gravar um álbum com esse grande artista que é o Oswaldo, vai ser uma experiência incrível poder colaborar, aprender com ele e entrar nesse universo de poesia e arte”, completa.
Pato Fu lança mini doc com entrevista e clipes no projeto Sonastério Ilumina
O projeto Sonastério Ilumina lançou um episódio com um especial que celebra os 30 anos do Pato Fu. Para esta edição, o projeto apresenta grandes hits da carreira da banda mineira, com sucessos como Canção pra você viver mais, Fique onde eu possa te ver, Perdendo dentes, Sobre o tempo e SPOC. Todo o conteúdo em áudio e vídeo fica disponível nas principais plataformas digitais e no canal do Sonastério no Youtube. No estúdio Sonastério, localizado nas montanhas de Minas Gerais, os artistas ficam em imersão criativa para gravarem novas versões de suas músicas, em alta qualidade técnica audiovisual, para o projeto Sonastério ilumina. Todo o processo é registrado e disponibilizado em uma live session com seis músicas em versão inédita, além de um mini documentário com entrevista exclusiva e o making-off. Desde 1992 na estrada, o Pato Fu está sempre em transformação. A banda mineira já se destacou nas principais premiações nacionais, conquistou um Grammy Latino, vendeu discos de ouro e emplacou canções em trilhas de novela, e é também conhecida por se manter incansavelmente original. Bruno Barros, diretor da produtora, destaca a alegria em receber o grupo no projeto Sonastério ilumina, para a celebração deste aniversário. “Faltava muito essa figurinha no nosso álbum por ser uma banda tão importante pra cena musical mineira. Admiro muito as músicas do Pato Fu. Mas também as pessoas incríveis que eles são. Fazer 30 anos de carreira é pra poucos e isso só comprova a paixão que eles têm pela música”, destaca. O grupo mineiro possui 13 discos e cinco DVDs lançados e já tocou em países como Japão, Portugal, Inglaterra e Estados Unidos. Atualmente é composto por Fernanda Takai (voz), John Ulhoa (guitarra), Ricardo Koctus (baixo), Xande Tamietti (bateria) e Richard Neves (teclados). Para John Ulhoa, guitarrista e principal compositor do Pato Fu, gravar no Sonastério é como ganhar de presente um brinquedo raro. “Nessa época de home-studios que ‘resolvem tudo’, as condições que encontramos por lá são quase uma forma de arte perdida, mas que deixam qualquer músico com um sorriso nos lábios só de entrar naquelas salas. Pra além do espaço e equipamento, gente apaixonada pelo que está fazendo habita por ali. Faz com que a gente se esmere para estar à altura, num sentimento que sei que é recíproco e que resulta em muito som”, afirma o compositor. Já Fernanda Takai, vocalista, ressalta que a participação no projeto renova os ares da banda. “Eu já estive no Sonastério outras vezes participando de projetos com a Orquestra Ouro Preto, podcast, gravações e agora foi maravilhoso passar mais tempo com o Pato Fu, que raramente sai do habitat que é nosso próprio estúdio na Pampulha. Além de paisagens deslumbrantes, temos a arquitetura sonora perfeita para realizar projetos como o ilumina. Todo o staff também faz a diferença. São pessoas dedicadas e atenciosas, entendem bem do riscado e ainda alimentam a gente com muitas delícias”, destaca.
Slipknot revela EP e dois vídeos inéditos; ouça Adderall
O Slipknot lançou dois videoclipes para as músicas inéditas Memories (Adderall – Rough Demo) e Death March – ambos dirigidos pelo artista e membro fundador da banda, M. Shawn ‘clown’ Crahan. Juntamente com os audiovisuais, o grupo lançou o EP Adderall, que reúne versões alternativas e retrabalhos da música Adderall, junto com faixas não pertencentes ao LP. “Desconstruir para abrir continuamente o caminho para a evolução. Neste ponto do programa, nada é seguro”, comenta Clown. O EP Adderall dá sequência ao Bone Church, um single autônomo surpresa lançado no início deste ano com um vídeo também com a direção de clown, intitulado Yen – Director’s Cut (Bone Church). O audiovisual acumulou mais de um milhão de visualizações e continua crescendo. Lançado em setembro passado, o álbum mais recente do Slipknot, The End, So Far, alcançou o primeiro lugar na parada de álbuns mais vendidos da Billboard e a segunda posição na Billboard 200, marcando seu sexto álbum no top 10 da Billboard 200. O álbum também fez um sucesso impressionante em todo o mundo com estreias em primeiro lugar no Reino Unido, Austrália, Alemanha, Suíça e México, bem como no TOP 3 no Canadá, Nova Zelândia, Finlândia, Suécia, Japão e Bélgica.
Entrevista | Bryan Giles (Red Fang): “são músicas boas para quem está mal-humorado”
Cinco anos após Only Ghosts, o Red Fang está de volta com mais um ótimo disco de estúdio. Arrows, o quinto álbum da carreira, saiu no início de junho. Aliás, será a base da turnê da banda pelos Estados Unidos, após quase dois anos sem shows. Serão 29 shows em 32 dias, a partir de 15 de outubro, em Tacoma/WA. No entanto, antes, no dia 21 de agosto, fará uma apresentação em Las Vegas. O guitarrista e vocalista, Bryan Giles, conversou com o Blog n’ Roll sobre o processo de gravação de Arrows, pandemia, relação com os fãs, videoclipes divertidos e o carinho pelo Brasil. Confira abaixo. Como foi o processo de gravação de Arrows? Fizeram algo inusitado? Foi bom! Gravamos aqui em Oregon, e fizemos com o Chris Funk, que também produziu nosso primeiro e nosso segundo álbum. Eu me dou muito bem com ele e adoro a sensibilidade estética que ele tem. Ele se interessou em trabalhar conosco nesse álbum, então foi um processo bem natural. Nós gravamos as baterias em uma piscina. Foi estranho, mas deu certo (risos). Estava vazia, claro, e eu amei o resultado. A pandemia atrapalhou de alguma forma os planos da Red Fang? Nós gravamos o álbum em outubro de 2019. A pandemia não atrapalhou. E dá para perceber que as músicas não têm nada a ver com esse momento (risos). O que os fãs podem esperar de Arrows? Acho que são os mesmos músicos produzindo, e nós não mudamos nossa filosofia. Acho que fizemos o que gostamos, e todos nós gravitamos em torno de sons mais agressivos. Quando as pessoas escutam, elas reconhecem o som do Red Fang. Talvez esse álbum seja um pouco mais assustador que os outros, e eu gosto muito disso. O Red Fang sempre é muito criativo e divertido em seus vídeos. Essa característica será mantida em Arrows? Acabamos de divulgar nosso segundo vídeo. É divertido lançar esse tipo de coisa, então com certeza faremos mais. Gravamos antes da pandemia também. Como é voltar aos palcos após uma pandemia tão mortal? Nós temos uma turnê nos EUA marcada para outubro. Será a primeira vez que tocaremos para o público em um ano e meio, então estou bem animado. Imagino que não será exatamente a mesma coisa de antes, mas estou otimista para que todos estejam vacinados até lá e as pessoas possam tossir em público sem ser expulsas do local. Você acredita que as pessoas vão tirar lições da pandemia? Acredito que sim. Seres humanos estão acostumados a pisar nos próprios pés. Pessoas se preocupam com suas contas bancárias enquanto milhares estão morrendo. Estamos preocupados com o dinheiro, mas se o mundo está em chamas, não vamos ter onde parar nosso barco, porque todos estarão mortos. As pessoas são rasas muitas vezes, e não veem a perspectiva de tudo. Acho que é possível que a humanidade melhore, mas imagino que o mundo fique ainda pior, infelizmente. Acho que uma grande porção da população não está nem aí. Se a gente pensar em mudanças climáticas… é complicado. Nos importamos com a nossa geração e não ligamos para a dos nossos filhos. Arrows é indicado para quem? Nós aproximamos o tom das faixas, e o álbum é muito coerente nisso. É uma experiência bacana de 43 minutos, porque é um álbum contínuo. Mas, em relação às músicas, acho que elas são boas para quem está mal-humorado (risos). Você costuma buscar bandas novas no streaming? Gosto de algumas bandas novas, mas dependo muito dos meus colegas de banda para conhecer novas bandas, porque geralmente eles me apresentam. Mas, não tem banda há mais de um ano (risos), estou meio perdido. O que você lembra de divertido da passagem de vocês pelo Brasil, em 2018? Fizemos o Maximus Festival em 2018, e foi muito empolgante estar no Brasil. Foi bem legal conhecer as pessoas, e eu fiquei muito surpreso só de me chamarem para tocar no Brasil. A gente abriu para o Slayer em Porto Alegre, e aquilo me aterrorizou, porque os fãs de Slayer são assustadores. No entanto, foi um momento único, porque sou muito fã de Slayer e acompanho a carreira deles há muitos anos. Mas, lembro que fiz uma tatuagem no Maximus Festival. Foi de graça, e me disseram que o tatuador não falava inglês (risos). Tentei falar espanhol, mas me disseram que não seria legal e eu só fiquei quieto (risos). Fiz uma caveira em alta voltagem, e ficou bem legal.
Direto da Roça: Marley VDR se define como o caipira do rap em seu novo EP
O novo EP de Marley VDR, Direto da Roça, foi fragmentado em seis faixas que expressam as vivências de um rapper que é cheio de pensamentos e raízes sertanejas. Marley fala sobre sua conexão com o Interior e o Litoral Norte em versos carregados de poesia e beats pesados produzidos por três produtores diferentes, César Masthif, Daniel Chimp e Jarlan Akill. O trabalho rendeu até um pequeno documentário com duração de quase dez minutos que está disponível no canal do cantor. Todas as faixas tiveram videoclipe, em um projeto de audiovisual ousado que foi dirigido e produzido por Felipe Rodrigues que trabalhou pela primeira vez em parceria com o rapper. “Esse EP só existe, porque pessoas acreditaram em mim e no meu trabalho, sem eles, nada disso seria possível”, afirmou Marley. O projeto começou a ser escrito no final de 2019 e levou sete meses para ser concluído na escrita, depois veio a parte de gravações das músicas e do audiovisual. Significado de cada faixa de Direto da Roça O rapper explica que cada faixa tem um significado e representa um momento da vida e um sentimento dele. O Interlúdio traz a introdução de todo esse projeto que levou quase dois anos para ser concluído e a prepara o ouvinte para o que vem no restante do EP. Por exemplo, Caipira do rap conta a história dele no bairro de Monjolinho e exalta a cultura da Zona Rural da qual é pertencente. Já a canção Incógnita é uma alusão ao lado debochado e da postura do rapper em relação as dúvidas constantes dele a determinados assuntos. A música Amor eterno é uma verdadeira declaração de amor a mãe dele e as pessoas que mais ama neste mundo. “Amor eterno é o meu lado sentimental, faz parte das minhas conexões de afeto com outros indivíduos. Indicando que o elo mais precioso nessa terra é o de mãe para filho”, explica o rapper. Para garantir a identidade biográfica do projeto, o rapper encerra o trabalho com Pós Caos que apresenta todas às perturbações, medos e loucuras do Marley VDR. O EP ainda traz a faixa Ascensão, que mostra a força da rima de Marley VDR, um dos nomes mais vibrantes do cenário local na atualidade. Quem é o Marley O rapper nasceu em meio as montanhas de São Bento do Sapucaí, no aconchego do interior paulista e sempre viveu próximo da mãe. “Gostava muito de ler, escrever e interpretar textos. Entretanto, aos 16 anos senti que poderia colocar tudo aquilo que eu sabia na batida, e assim, criei as minhas primeiras músicas”. Desde criança, Marley ouvia rap e escrevia algumas letras, mas só conseguiu subir no palco quando tinha 17 anos. “A primeira vez que subi no palco foi um momento sagrado, emocionante e uma experiência totalmente espirituosa”, definiu Marley. Aos 18 anos, Marley fundou o Voz da Rua com o seu amigo Geovane Pereira, mais conhecido como Índigo MC. O grupo durou dois anos e ajudou a criar outros projetos culturais e sociais como: a Batalha do Baú e o Poetas da Montanha. Em 2019, Marley trocou o interior pelo Litoral Norte e foi morar em Ubatuba. Na praia, ele não tinha nenhum conhecido, mas decidiu que daria continuidade a sua carreira de rapper e conseguiu se impor na cena praiana. O resultado de todas essas histórias foram os desdobramentos da vida de um artista que já participou do principal Slam de São Paulo, das principais batalhas de rimas do Litoral Norte e que conseguiu lançar um EP que pode vir a se tornar um clássico do rap caiçara e caipira.
Vanessa da Mata revela mais dois sons de projeto ao vivo no Rio
Duas semanas após Nossa Geração e Tenha Dó de Mim, Vanessa da Mata liberou duas músicas do projeto Nossos Beijos Ao Vivo no Circo Voador. Em resumo, ela revelou Só Você e Eu e Quando Deixamos Nossos Beijos Na Esquina. Aliás, a segunda faixa dá nome ao seu sétimo disco e turnê. Posteriormente, os singles e clipes duplos do projeto terão mais dois lançamentos, totalizando oito registros gravados no Rio de Janeiro no início de 2020. Ademais, você pode curtir os dois vídeos logo abaixo.
Vídeos novos: Letters Into Eternity, Carabobina e Anderson Botega
Letters Into Eternity – Who I Am A banda Letters Into Eternity divulgou o videoclipe da música Who I Am. Com produção de Felipe Nothen, Tiago Schmidt e Diego Bordignon, o clipe foi gravado em Caxias do Sul, Porto Alegre e Los Angeles (EUA). Who I Am é o quinto single da Letters Into Eternity. Aliás, o primeiro lançado em 2020. Ademais, a música conta com a produção, mixagem e masterização de Marcelo Braga com coprodução de Felipe Nothen, e produção vocal de Renato Osório. A edição ficou a cargo de Mateus Oliveira. Sobre o tema da canção e os desafios de produzir um clipe à distância, o guitarrista e produtor, Felipe Nothen, diz: “a música fala sobre uma pessoa que tem um sonho, que busca e luta por isso. E ao mesmo tempo tem pessoas próximas a ela que tentam derrubá-la, tentam fazê-la desistir, mas no fundo são apenas pessoas amarguradas por terem desistido. Então pra elas é horrível ver alguém sendo mais forte do que elas foram. Mesmo com a distância, eu tive a ideia de fazer o vídeo e gravamos cada um de uma cidade, depois trabalhei para dar um tom de unidade na edição”. Enquanto divulga o videoclipe, a Letters Into Eternity já prepara seu próximo single, que deve ser lançado em dezembro. Posteriormente, em 2021, a banda promete lançar um EP ainda no primeiro semestre. Carabobina – Deixa de Rodear A dupla Alejandra Luciani e Raphael Vaz apresenta o primeiro clipe do Carabobina. Dirigido por Gabriel Rolim, aka Rollinos, o vídeo mostra a intimidade do casal que acaba de lançar seu disco de estreia, homônimo, lançado mundialmente pelo selo norte-americano OAR. Deixa de Rodear foi gravado no apartamento em que eles moravam em São Paulo, na mesma semana que eles se mudaram, num 2020 turbulento onde muitas coisas foram deixadas para trás, inclusive os cabelos de Fefel. Anderson Botega – Podium Com uma “pegada” rock e técnica apurada, o guitarrista santista Anderson Botega lançou o videoclipe do single Podium. Influenciado por grandes guitarristas do rock mundial, como Jimi Hendrix, Slash, Joe Satriani, Steve Vai, Jimmy Page e David Gilmour, Botega tem um objetivo com o lançamento do single: o de valorizar o rock instrumental. “Foi um processo natural. Gosto muito de tocar, estudar e, muitas vezes, improvisando na guitarra vêm muitas ideias e temas. No caso específico da Podium, ela partiu de um pedido para uma trilha de um evento musical que teve na cidade de Santos ano passado, o Wallbike Rocks. Gravei duas músicas e toquei elas no evento, a Podium e a Downhill, esta última foi o tema da propaganda do evento”, conta.
Capítulo Negro: Black Pantera lembra aos idiotas que existe racismo no Brasil
Na última sexta-feira (20), o Brasil viveu mais um capítulo triste de sua história recente. No Dia da Consciência Negra, passamos o dia perplexos com a morte brutal de João Alberto Silveira Freitas, no Carrefour, em Porto Alegre. Antes de tudo, um homem negro de 40 anos espancado por seguranças brancos despreparados. Contudo, sofremos um segundo ataque violento, logo na sequência. O presidente e o vice-presidente da República escancararam seus pensamentos mais escrotos, negando a existência do racismo no Brasil. E a trilha sonora para combater esse racismo sistêmico, estrutural, veio com a banda de hardcore Black Pantera, também na sexta-feira. Enquanto dão uma pausa nas gravações do novo álbum, os integrantes divulgaram o EP audiovisual Capítulo Negro. Em suma, Charles Gama (guitarra e voz), Chaene da Gama (baixo) e Rodrigo Pancho (bateria) escolheram três músicas com discurso forte sobre empoderamento e fizeram novas versões. Aliás, as escolhidas foram Identidade (Jorge Aragão), Todo Camburão tem um Pouco de Navio Negreiro (Alexandre Meneses/ Marcelo Lobato/ Marcelo Yuka/ Nelson Meirelles), e A Carne (Marcelo Yuka/ Seu Jorge/ Ulisses Cappelletti), conhecida na voz de Elza Soares. Faixa a faixa de Capítulo Negro Rodrigo Pancho conta que Identidade fez parte de sua adolescência. “Comecei aos 14 anos tocando percussão e Jorge Aragão na época era uma grande referência. Quando surgiu a oportunidade de fazer esse trabalho, fiz questão de incluir essa canção”. Chaene fala sobre a força dos versos de Todo Camburão tem um pouco de Navio Negreiro. “Apesar de ser uma música de 1994 ela é atemporal e remete à atualidade, se tornando ainda mais urgente com o aumento da violência racial por parte da polícia, do estado e da sociedade como um todo. É um marco na nossa carreira fazer uma releitura de uma canção como essa”. Logo depois, A Carne, que já faz parte do repertório do Black Pantera, fecha o EP. “Alguns anos atrás fomos convidados para tocar num festival no Dia da Consciência Negra e pediram que a gente escolhesse uma música que representasse a data. Escolhemos essa, muito emblemática, adaptamos ao nosso estilo e acabamos incluindo nos shows”, finaliza Charles Gama. Como as músicas tratam do mesmo tema: racismo e a luta contra o preconceito, a banda produziu também um curta de 12 minutos, dirigido por Leonardo Ramalho (Pajé Filmes), que já fez anteriormente os clipes de Punk Rock Nigga Roll e I Can’t Breathe. O ator Edson Militão participa do três atos, cada um com a trilha de uma das canções, que compõe o EP.