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O EP Isolado foi totalmente composto e produzido na quarentena. (Foto: @beatsbybrak)

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Isolado: EP do santista Dre Vila traz identificação para quem enfrenta quarentena

O rapper Dre Vila, 25 anos, de Santos, lançou o EP Isolado no último dia 5. O trabalho tem cinco faixas que abordam diversos sentimentos que as pessoas podem sentir durante o isolamento social. Assim como os beats, as letras surgiram em três dias de produção durante a quarentena. Embora possa parecer um tempo curto, a qualidade do EP está muito boa e ele passa uma vibe de identificação. 

“A ideia de fazer o EP foi justamente por achar que nesse momento as pessoas estão consumindo mais arte. Por saber disso, como artista me senti na obrigação de produzir algo que as pessoas pudessem ouvir e se identificar com cada coisa dita nas músicas. Foi a vontade de tentar “confortar” as pessoas. E também faze-las entender que cada angústia, tristeza, saudade ou qualquer sentimento parecido é compartilhado outras pessoas e que de alguma forma ela não está sozinha”. Dre Vila

Outra forma que Dre entende que o EP pode ajudar as pessoas é porque ele passa uma ideia de consolo.

“A intenção é que todos nós cantemos juntos nesse momento para que outras pessoas entendam que tudo isso é só uma fase. E no futuro vamos nos lembrar que devemos valorizar ainda mais o mundo saudável e sem aquilo que nos roubou muito sentimento bom que foi essa doença, a covid-19, que continua nos assombrando dia após dia”. 

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O produtor de todo o trabalho, Gilberto Júnior, compartilhou da ideia e produziu os beats do EP.

“Por isso, cada sentimento que os instrumentais passam tem parte do sentimento dele também”.

Após a produção dos beats e composição das letras, Dre e Gilberto partiram para o processo de gravação que durou quatro dias. O processo final foi a mixagem e masterização feito três semanas. 

Mais lançamentos

Além do EP Isolado, Dre pretende lançar outro EP ainda esse ano intitulado  Músicas pra ouvir na chuva. Ele também está em processo de gravação do álbum Quem não pode errar sou eu, que também deve sair esse ano.

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Começo de carreira

Dre Vila, morador do bairro Saboó, começou no rap na sua adolescência. A princípio, gostava do rock e reggae e até teve bandas desses estilos. Entretanto, decidiu apostar no rap de forma séria em 2016.

“Comecei a escrever de forma séria com objetivo de botar os trabalhos para frente. Mas também por entender que o país estava numa transição estranha de rappers brancos e de áreas nobres. Fiquei confuso sobre o rumo que o rap estava tomando no Brasil. Achava que se eu chegasse cantando as coisas que eu vivo e vejo seria visto como um “estranho”. Mas felizmente tive pessoas ao meu lado que me fizeram enxergar que o rap é minha casa, pelas minhas origens e pela cor da minha pele”, afirma. 

O rapper conta que uma época não se sentia maduro o suficiente para soltar os trabalhos.

“Eu não queria errar como via essa leva de “rappers” burguês errando nas linhas. Então, em 2018 decidi finalmente soltar um som. Mas só em 2019 com a parceria de dois amigos de infância que é o produtor Brak, e o MC St Begod soltamos o álbum Cigarro, Chiclete & Pólvora. Eu iniciei meus caminhos em meio ao movimento e me sinto muito feliz de ter dado as caras ao lado desses caras que são mais do que significantes na minha vida e no meio artístico”.

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