Foto: Alexandre Sant’Anna
Os shows de Marcelo Jeneci costumam ser uma celebração da música. Acompanhado de músicos extremamente técnicos ou mesmo orquestras, o paulistano entrega apresentações de alto nível. Foi assim quando abriu para Robert Plant, em São Paulo, em 2012, a primeira vez que o assisti. Essa técnica apurada se manteve nos demais shows.
Nesta sexta-feira, no Teatro Coliseu, a partir das 21 horas, Jeneci vem com uma nova roupagem. Sem músicos de apoio, o artista estará sozinho em cena. Jeneci Solo, como foi batizada a turnê, está no circuito nacional desde março e com um feedback positivo de público e crítica.
“É o primeiro momento que me encorajo a subir no palco sozinho, com liberdade total com os instrumentos para aproximar o público da célula íntima da minha criação. De onde vem e como nascem as canções, antes delas ganharem projeção com a banda”, comenta.
Para Jeneci, o maior desafio com essa turnê é conseguir o mesmo sentimento de catarse obtido com a orquestra. “Isso depende muito da força que você oferece ali. E vem funcionando bem. Depende da presença de espírito, da literalidade, da força do recado que você quer passar. Surpreende quem está no palco e quem está assistindo”.
A própria escolha dos locais para as apresentações da turnê é feita a dedo. Teatros históricos são o alvo do paulistano para esse projeto. “O show combina com o Coliseu, um local que carrega muitas memórias. Onde a ancestralidade acaba ganhando a cena”.
O repertório inclui várias canções dos seus dois álbuns de estúdio, Feito pra Acabar (2010) e De Graça (2013), mas com uma nova roupagem. Músicas inéditas, que estarão em seu próximo disco, além de sonetos da fase pré-carreira como músico e compositor, também foram incluídas.
“Trabalho com a música desde os meus 13 anos, mas demorei para chegar no universo da canção. Trabalhei bastante como músico instrumentista para outros artistas. E o show já começa com esses dois mundos, o instrumentista, que apareceu primeiro, até os 25 anos. E depois, querendo dizer algo além dos acordes”.
A faixa inaugural do show, instrumental, foi feita por Jeneci quando tinha 15 anos, um soneto. “Depois já emendo com uma canção que representa a fase do Feito pra Acabar, meu álbum de estreia”.
O terceiro disco de Jeneci deve render um single na primavera, segundo o artista. A gravação completa até o final do ano e o lançamento do álbum em 2017. O músico prefere ainda não revelar muita coisa da produção.
“Esse caminho de transmutar um novo trabalho, olhar para um lugar que só existe um branco e dali extrair um recado necessário, com a necessidade do nosso tempo, é algo que tem um tempo próprio”, argumenta.
Apontado como um dos artistas mais criativos da atualidade, Jeneci afirma ouvir Lineker, Curumin, Cidadão Instigado e Bruno Mars quando tem tempo. “Influenciam na minha obra, mas prefiro o meu silêncio na hora de compor meu trabalho”.
Jeneci Solo em Santos
Data: 29 de julho (sexta)
Local: Teatro Coliseu
Horário: 21h
Censura: Livre
Ingressos
Tribunas: R$ 80 (inteira) e R$ 40 (meia)
Plateia: R$ 100 (inteira) e R$ 50 (meia)
Camarote: R$ 120 (inteira) e R$ 60 (meia)
Vendas antecipadas nos locais abaixo relacionados:
Quiosque Compreingressos
3º Piso Do Shopping Miramar – Gonzaga – Santos
Segunda à Sábado das 10 às 22hs – Domingo das 15 às 21hs
Bilheteria Teatro Municipal De Santos
Canal 1 – Vila Mathias – Telefone 13 3226.8000
De Terça à Sábado Das 14 às 19hs
