Entrevista | Coisa Nossa – “É uma tentativa de resgate do DNA da MPB”

O grupo Coisa Nossa, formado por João Mantuano e Paula Raia, a “Raia”, lançou seu álbum de estreia, homônimo, na última sexta-feira (6). O novo disco, com 11 faixas, traz um estilo mais intimista, além de influências de MPB, jazz e rock. Os dois artista já tinham trabalhos solos de destaque antes da junção no Coisa Nossa. João vinha de parceria com Chico Chico em 2021, lançando um álbum que concorreu ao Grammy Latino do mesmo ano. Enquanto isso, Paula lançou um livro de poesias em 2022, além de também ter se apresentado com Chico Chico no mesmo ano com uma música inédita. Em conversa com o Blog n’ Roll, os cantores falaram sobre o processo de produção do álbum, além do começo da relação de amizade dos dois. Aliás, João e Paula chegaram a produzir 40 músicas para o Coisa Nossa e pretendem lançar um novo projeto com essas canções. Como foi o processo de produção desse álbum do Coisa Nossa? João: Pô, foi lindo, inspirador. A gente se conhecendo, eu e a Paulinha entrando no estúdio, em todas essas músicas, me trouxe também muita sabedoria, muita experiência, uma experiência que não tinha como ter sem essa estrutura que a gente tem. Então, deu em resultados que acho que pra um futuro mais longínquo vai vir mais coisas ainda.  Paula: Acho que a gente teve um processo de pré-produção que foi mais uma coisa minha e do João mesmo. Longa, assim, um processo longo e que a gente se conheceu muito, né? A gente criou um vínculo muito forte, de muita intimidade. Quando chegamos no processo de produção, já com o Filipe, com a Constança, com o Álvaro, com os músicos, a gente já sabia muito bem também o que a gente estava fazendo, sabe? Claro que muita coisa a gente descobre no processo do estúdio, mas a gente já tinha o nosso vínculo muito bem estabelecido. Acho que isso facilitou também muita coisa do processo, sabe? E como começou essa relação mais íntima de vocês?  Paula: A gente se conhece não tem muito tempo, né? Eu já acompanhava o trabalho do João à distância. A gente já até chegou a tocar no mesmo festival que aconteceu no Oi Futuro. Não sei nem se você lembra disso, João. Mas a gente já teve vida separadamente. Sempre achei o João um artista incrível. Depois que lancei meu álbum, nós dois individualmente já éramos do selo Toca Discos, do Rodarte e da Constância, e aí o Rodarte sugeriu que a gente fizesse um encontro pra gravar um single. Logo depois, o Rodarte criou um grupo de WhatsApp nosso, a gente foi trocando coisas, mandei poesias do meu livro, ele mandou conceitos que ele tinha também sobre a poesia. A gente viu que ali já tinha alguma coisa em comum entre a gente.  Depois nos encontramos na minha casa, assim, despretensiosamente, no sofá da minha casa pra compor uma primeira música. E foi um encontro longo, onde a gente também, foi se conhecendo aos poucos e a gente fez a nossa primeira música e daí em diante a gente compôs mais… Hoje em dia a gente já deve ter um repertório de mais de 40 canções e por aí. Enfim, de tanto que deu certo isso aí. Vocês transitam entre diversos estilos, quais são suas inspirações? João: A gente, justamente, na conversa ali de como nascer o projeto e como criar, a gente chegou em uma comunhão, eu e a Paulinha, de querer fazer algo brasileiro, né? Pegar essas vertentes mais brasileiras mesmo e conversar com essa área, com essa linguagem. E sempre tive junto. Acho que as compilações dos outros trabalhos, com Chico Chico e Solo, tem uma pegada também de MPB ali, mas vai mais para o rock. Rock e jazz. Então quis pegar músicas populares brasileiras. Aí fui atrás dos gêneros clássicos, além da mistura de gêneros também. Peguei meu violão com uma linguagem folk, isso transpassa nas nossas composições. E essa linguagem folk misturada com um que, assim, brasileiro, seja num forró ou de samba, nas melodias e nas harmonias, essa mistura faz com que tenha essa cara. As nossas referências, influências, acho que vieram através do popular. E aí a gente foi atrás dos nossos ícones, dos nossos ídolos. E aí acabamos chegando nesse resultado de misturas, que a gente pega desde um Macalé, de uma coisa mais misteriosa e de um arranjo mais sofisticado, até um Roberto Carlos. Essa coisa bem simples, de palavras simples, de músicas hits que se aproximem dessa linguagem brasileira geral, MPB.  Paula: É que a música brasileira tem essa característica própria por si só, no DNA dela, de uma mistura muito grande. O brasileiro é isso. É inegável que a nossa mistura é difícil até de definir, enfim, o que é a música popular brasileira. A gente sabe porque a gente sabe, mas não tem uma definição muito clara disso justamente porque vem de muitos lugares. E acho que, bem ou mal, é uma tentativa de um resgate dessa mistura, desse DNA da música popular brasileira. E de trazer esses ícones que o João falou, de certa forma, para a nossa inspiração artística, para a construção da nossa identidade. João: E aí continua uma linha de raciocínio, uma linha histórica, que a gente consiga se inserir nela e conversar com esse meio, com essa linguagem. E além disso, a música popular é muito diversa, brasileira. Muito. Tem milhões de gêneros de raiz, culturas de raiz, tipo o coco, o jongo ou até mesmo o carimbó. Coisas assim são conversáveis e a ideia é trazer sempre mais.  Vocês citaram que têm diversas composições juntos, imagino que nem todas estão no álbum. Qual é a composição favorita de vocês? Paula: Essa é uma das perguntas mais difíceis de responder, porque acho que essa resposta muda muito a cada dia, a cada semana, a cada mês. Hoje, a minha composição favorita do álbum é Mata Escura, mas já foi Diferentes Semelhanças, que é

Sensação indie, duo brasiliense YPU lança álbum de estreia

Uma das grandes sensações do indie rock nacional. o duo brasiliense YPU lançou seu disco de estreia numa parceria da Monstro Discos com o site/selo Scream&Yell. Disponível em todas as plataformas digitais, Paranoar ganhou também uma versão em vinil verde, 180 gramas. Musicalmente, o disco combina experiências poéticas, políticas, domésticas, sentimentais & um mergulho vibrante nas sonoridades de Brasília. A YPU é formada por Ayla Gresta – compositora e trompetista – e Gustavo Halfeld, guitarrista e produtor musical. O álbum foi precedido pelo single Somebody in Love with You, lançado no último dia 30 de junho, que proporcionou um vislumbre da sonoridade inspirada nas gravações de funk, rock e disco dos anos 1960 e 1970, com microfones e compressores analógicos. A experiência mais ampla vem agora com o álbum completo: as canções se tornam marcos de catarse e calor, refletindo a jornada da dupla em redescobrir a si mesmos e ao mundo após uma pandemia distópica. Paranoar traz referências afetivas comuns a tantos de nós, desde o pop a partir da perspectiva feminina de auto liberação, (Madonna, Cyndi Lauper), ao classic rock com catarses amorosas (Rita Lee, Queen), indo até o sertanejo raiz de canções de estrada e de saudade (Paulinho Pedra Azul, Geraldo Azevedo). Transformação, música de trabalho de Paranoar, fala de amar sem as amarras da posse. Influenciada por formas de pensar e existir dos povos originários, a canção de arranjo inesperado e dançante descreve o percurso do amor romântico à aventura do amor livre. A introdução, em que a melodia da voz é embalada por backing vocals, chocalho e alfaia, cria o mundo onírico e tenso da idealização, embalado por percussões brasileiras. O clima é quebrado pela entrada surpreendente de bateria, baixo, guitarra e órgão, com balanço envolvente. As referências mais marcantes da canção vêm do trabalho de artistas como Khruangbin, O Terno, Gal Costa, Os Mutantes e Moraes Moreira. O álbum foi gravado entre fevereiro e março de 2023 na casacajá (Brasília) um estúdio-hangar capitaneado por Halfeld que já recebeu e gravou importantes artistas como Lee Ranaldo (Sonic Youth), Yonatan Gat, Ava Rocha, Toninho Horta, Dinho Almeida (Boogarins) e Glue Trip. ‘paranoar’ traz mescla de influências: funk, disco, MPB e classic rock. As músicas têm um aspecto lúdico, solto e sensual. Além das texturas de guitarra e das intervenções de trompete, a sonoridade da YPU agora incorpora grooves percussivos, vocais em contracanto, linhas de baixo sinuosas, beats dançantes e um toque de psicodelia. Halfeld seguiu a orientação que costuma dar às bandas que produz: arranjar e ensaiar músicas com a potência de show para a captação ao vivo em 3 diárias. O álbum pulsa esse registro do momento. Paranoar foi mixado por Halfeld e Gresta, com produção conjunta de João Mansur (‘Akhi Huna). A masterização foi realizada por Felipe Tichauer, da Red Traxx Mastering, ganhador de 12 Grammys Latinos. A YPU também contou com a colaboração de músicos renomados, como Marcelo Moura, Ramiro Galas, Dinho Lacerda e Flávio Franklin, ampliando sua potência sonora e transmitindo a energia arrebatadora de suas performances ao vivo.

Build Up, álbum de estreia de Rita Lee, ganha versão de luxo

*“Abram alas/ I wanna be a star!/ Sucesso, aqui vou eu”. É assim que Rita Lee abre o seu primeiro disco solo, Build Up, de 1970. A canção, inspirada nos clássicos musicais, ganhou o luxuoso arranjo de orquestra do maestro tropicalista Rogério Duprat. Muita gente enxergava na letra uma espécie de premonição ou ambição de Rita. A verdade é que ela compôs a canção inspirada no musical Build Up Eletronic Fashion Show, do qual era a protagonista. Explica-se: como a gravadora Philips notava em Rita o enorme potencial como estrela solo, aproveitou-se a primeira separação dos Mutantes, em 1970, e a convenceu a fazer musicais. Eles aconteciam na FENIT, uma espécie de precursora da São Paulo Fashion Week, que promovia a indústria têxtil nacional através de desfiles e shows. Com o sucesso de Nho Look, o primeiro musical de Rita no evento, a gravadora resolveu investir ainda mais. O segundo espetáculo viria acompanhado do lançamento de um disco, com coordenação de produção de Manoel Barenbein. E, assim, nasceu Build Up: a história de uma moça simples que tinha o sonho de se tornar uma estrela. O disco, relançado pela Universal Music, é luxuoso. Além do vinil azul translúcido marmorizado, vem com a famosa capa gatefold (capa dupla original), que na época do lançamento foi restrita a poucos exemplares. Depois, era encontrado apenas em capa simples. Rita contou, na época, que achou um devaneio a convidarem para cantar em musicais. Mas, aceitou. E, misturando rock, música latina, orquestra e gospel, o disco nos entrega um dos mais belos registros vocais de uma Rita muito jovem. Prova disso é a gravação de Calma, a segunda música do LP, de Arnaldo Baptista. Quando o disco começou a ser produzido, os Mutantes decidiram voltar e Arnaldo acabou participando da produção e assinou duas canções com Rita. Mas o grande parceiro da estrela nesse LP foi o músico e taxista Élcio Decário. Rita o conheceu ao pegar um táxi e, ao saber que compunha, quis logo conhecer algumas de suas músicas. Adorou e começaram a trabalhar juntos. Delicada e genial, Viagem ao fundo de mim, só de Rita, bem que poderia ser uma canção de amor. Mas descreve uma experiência com LSD. Fechando o lado 1, Precisamos de Irmãos e Macarrão com linguiça e pimentão, que é, literalmente, uma receita cantada. O deboche é uma crítica à ditadura militar, uma vez que os jornais passaram a publicar receitas no lugar de notícias censuradas e Rita decidiu fazer o mesmo em seu disco. O LP foi gravado no Estúdio Scatena, na região central de São Paulo, e traz guitarras de Lanny Gordin. O lado 2 começa com o primeiro grande hit de Rita: José. A música, versão de Joseph, de Georges Moustaki, foi um presente de Nara Leão e chegou ao número 1 nas rádios. Mas, segundo contou Rita anos depois, o mais importante foi notar que, finalmente, havia gravado uma música que agradou Chesa, sua mãe. Hulla-Hulla, doce e deliciosa canção extraterrena de Rita e Élcio, é um dos momentos mais geniais do disco. Ela abre caminho para uma versão suingada e urgente de And I Love Him (And I love her, dos Beatles). Tempo Nublado é a próxima, seguida de Prisioneira do Amor, um tango hilário, com interpretação inspiradíssima de Rita e com arranjo de Duprat. Eu vou me salvar, um rock gospel, fecha o disco de maneira primorosa, nonsense e debochada. Um primeiro disco perfeito da garota que se tornaria o maior nome do rock brasileiro. *Autor do texto: Guilherme Samora é jornalista, editor e estudioso do legado cultural de Rita Lee

Maria Maud lança álbum de estreia; ouça!

Antes de entender o que era música, Maria Maud já se sentia atraída por ela. Nem sabia falar direito e já pedia para os pais repetirem incansavelmente Glass, Concrete & Stone, de David Byrne. Ali já se notava o elo que ficou mais forte quando a garota ganhou seu primeiro violão aos oito anos. Maria cresceu, virou cantora e compositora e agora narra suas vivências intensas nos auge dos seus 22 anos em MAUD, seu álbum de estreia. Ao todo são nove faixas com produções assinadas por Ariel Donato e Gabriel GB, dois amigos que ganhou no caminho de feitura do disco. Ali tem muito de música pop, um pouco de indie e células do rock e da disco. Um álbum moderno, com um certo ar de nostalgia, trazida na bagagem de Maria traz na bagagem, que além de David Byrne tem também Beatles, Rolling Stones, Caetano Veloso, Funk, MPB. O show de lançamento acontece no Rio de Janeiro (Manouche) nesta terça-feira (16). “Eu quero que as pessoas entendam que independentemente da idade, têm o direito de se transformar quantas vezes for preciso. E que está tudo bem em viver uma fossa, mas sabendo que vai passar”, afirma Maria. “As canções falam de tristeza, tesão, raiva, amor e o aprendizado em conviver com esses sentimentos”, conta a cantora. O resultado do álbum encheu Maria de orgulho. “Notar que as pessoas entendem e sentem as mesmas coisas que eu sentia na hora que compus o disco é algo que me deixa muito feliz”. “Minha vontade é emocionar e se meu verso fizer alguém um pouco melhor, eu vou me sentir muito realizada”, almeja.

Silk Sonic, de Bruno Mars e Anderson .Paak, enfim, lança álbum de estreia

Esse é o momento que todos esperávamos no ano: An Evening With Silk Sonic chegou. Bruno Mars e Anderson .Paak colocam na rua o álbum de estreia do duo Silk Sonic, com a ajuda de convidados especiais como Bootsy Collins. O álbum, disponível em todas as plataformas digitais, inclui os três singles lançados anteriormente e sucessos absolutos nos charts: Leave The Door Open, Skate e Smokin Out The Window, junto a outras cinco faixas inéditas. Em resumo, as sementes da colaboração foram plantadas em 2017 quando os dois excursionaram juntos na etapa europeia da turnê 24K Magic World Tour. Logo depois, uma jam session tarde da noite na estrada acionou imediatamente a química entre eles. Aliás, pouco antes de o mundo se recolher em quarentena, Bruno chamou Anderson. “Lembra daquela ideia que nós tivemos em 2017? Vamos fazê-la!” Smokin Out The Window, single mais recente, chegou na semana passada com a Billboard notando como “Anderson .Paak e Bruno Mars retomam todo o espírito retro da Soul Train setentista no clipe da faixa”. Por fim, uma sessão em estúdio se transformou em uma colaboração que durou meses, culminando na “setlist predestinada.” O lendário Bootsy Collins batizou o duo e chegou como “convidado de honra” para o An Evening With Silk Sonic, seu álbum de estreia.

Santista Enzo Borges canta o amor e a juventude em álbum de estreia

O álbum Nineteen, estreia solo do cantor santista Enzo Borges, é uma jornada de autoconhecimento de sua juventude, do amor, a ansiedade e de si mesmo como homem negro. Lançado no último dia 22, o álbum tem 11 faixas em inglês, compostas e produzidas pelo próprio artista. As principais influências são artistas como Fresno, Paramore, Wallows e Phoebe Bridgers, que equilibram o estilo indie rock das composições. Mas um jeito mais simples de descrever a obra é a influência dos filmes, cujo álbum lembra muito uma trilha sonora. “Estou sempre vendo filmes que têm essas temáticas de jovens crescendo, entendendo o que querem ser no mundo. É o que quis mostrar nesse álbum”. Ex-aluno do colégio Santa Cecília, Enzo sempre teve contato com a arte. Aos oito anos, fez aula de teatro, e com 12, ganhou o primeiro violão do tio. Fã da escrita e de contar histórias, ao mesmo tempo que aprendia a tocar o violão, compunha as primeiras músicas. A música corre no sangue – as avós cantavam durante a juventude, o que despertou o amor pela arte nos pais de Enzo, que sempre o apoiaram em sua carreira. Nineteen é composto em inglês, língua que faz parte da sua vida desde a infância, quando cursou. Enzo foi responsável pela composição das letras, escritas quando ele ainda tinha 19 anos, enquanto ainda entendia mais sobre si mesmo e a vida, e passava por um processo de amadurecimento. Já a mixagem e masterização do álbum foram feitas quando ele completou 20 anos. Ele tocou todos os instrumentos, exceto pela bateria, que foi programada. Carreira de Enzo Borges com a Baluarte O cantor também é vocalista da banda santista Baluarte, formada entre 2018 e 2019. Apesar de ser um dos quatro compositores, e a banda ter letras em estilo parecido com sua carreira solo, a Baluarte tem referências bem mais ecléticas. “Algumas temáticas são parecidas. Mas são lugares diferentes, impressões diferentes”, conta. O álbum Nineteen, de Enzo Borges, está disponível em todas as principais plataformas de música: Spotify, Deezer, Apple Music, iTunes, Amazon Music, e YouTube. Ouça a faixa Quiet my Mind:

Green Day anuncia álbum com apresentações marcantes no BBC Sessions

Abrindo seu cofre e revisitando séries de históricas performances e transmissões ao vivo no Reino Unido, o Green Day anunciou o álbum ao vivo The BBC Sessions, que será lançado em 10 de dezembro. O primeiro single revelado é 2000 Light Years Away. A coleção de 16 faixas apresenta quatro performances fundamentais gravadas nos lendários estúdios Maida Vale da BBC em 1994, 1996, 1998 e 2001 juntos em um álbum, marcando a primeira vez que essas gravações foram masterizadas para um lançamento oficial. Quatro meses depois de lançar Dookie, o Green Day entrou nas sagradas muralhas do Maida Vale Studios da BBC no dia 8 de junho de 1994 e arrasou com um set rouco e forte de quatro músicas: She, When I Come Around, Basket Case e 2000 Light Years. A banda estava no auge de sua explosão mundial. Naquele dia, eles ainda tiraram vantagem do tempo livre de estúdio e ainda descobriram a abertura de Imsoniac no banheiro: o que seria Armatage Shanks. Eles voltaram à BBC durante 1996 trabalhando aquele álbum, apareceram com Brain stew/Jaded e Walking Contradictions. Dois anos depois, eles lançaram uma bomba super carregada com Nice Guys Finish Last no meio da era Nimrod. Por fim, eles fecharam o verão de 2001 com quatro hinos de Warning, entre eles Church On Sunday. E tudo isso está em The BBC Sessions. The BBC Sessions vai estar disponível no exterior com notas sobre cada faixa que Steve Lamacq, convidado do lendário Evening Show da Radio 1 fz de cada faixa – ele estava presente em cada uma das sessões descritas acima. A banda está no momento na The Hella Mega Tour, sua turnê norte-americana de estádios com ingressos esgotados. Essa turnê trouxe a banda a alguns dos mais renomados palcos dessas dimensões, incluindo Dodger Stadium, Wrigley Field, Citi Field, Fenway Park entre outros. The Hella Mega Tour, com Weezer e Fall Out Boy, vai terminar no Reino Unido e Europa no próximo ano, clique aqui para a lista completa de datas. Confira a tracklist completa de BBC Sessions She (Live at the BBC June 8 1994) When I Come Around (Live at the BBC June 8 1994) Basket Case (Live at the BBC June 8 1994) 2000 Light Years Away (Live at the BBC June 8 1994) Geek Stink Breath (Live at the BBC November 3 1996) Brain Stew/Jaded (Live at the BBC November 3 1996) Walking Contradiction (Live at the BBC November 3 1996) Stuck With Me (Live at the BBC November 3 1996) Hitchin’ A Ride (Live at the BBC February 12 1998) Nice Guys Finish Last (Live at the BBC February 12 1998) Prosthetic Head (Live at the BBC February 12 1998) Redundant (Live at the BBC February 12 1998) Castaway (Live at the BBC August 28 2001) Church On Sunday (Live at the BBC August 28 2001) Minority (Live at the BBC August 28 2001) Waiting (Live at the BBC August 28 2001)

Com rock psicodélico e blues, Ancestral Diva divulga álbum de estreia homônimo

Ancestral Diva

Rock psicodélico, blues e resistência. É com esse espírito que a banda Ancestral Diva divulga o seu álbum de estreia no dia 23 de julho. Homônimo, o disco é inspirado na música setentista e versa sobre a liberdade, a paz e o amor.  Ao todo, 11 faixas integram o álbum. Entre elas, estão a faixa Lamento, gravada em colaboração com a drag queen, Dolly Piercing, e os singles Macumbeira e Dançando no Inferno. Esta última, inclusive, conta com uma performance teatral de Ricardo Righi na introdução.  As sessões de gravação ocorreram no estúdio Última Gota, em Belo Horizonte, Minas Gerais. Na ocasião, a banda contou com o suporte do produtor artístico e engenheiro de áudio, Vitor Lopes. A masterização ficou a cargo de Fred Chamone.  O vocalista Babo Gruppi explica o significado de “Ancestral Diva”.  “É um nome inspirado no simbolismo das árvores milenares que resistem ao tempo. Elas têm suas raízes enterradas, mas seguem vivas respirando. E esse sentimento de que é preciso resistir para sobreviver, está presente em todo o nosso disco”, frisou.  O guitarrista Zé Mário Sousa, por sua vez, frisa que o grupo teve um caldeirão de influências durante o processo de produção do álbum.  “Nós gostamos da sonoridade stoner/blues. Por isso, nos inspiramos em novos nomes como All Them Witches e Royal Blood. No entanto, também curtimos muita coisa nacional e ouvimos desde de Secos & Molhados a Pabllo Vittar. No Brasil, o Jards Macalé foi a principal referência. Ele lançou uma obra prima chamada ‘Besta Fera’. Esse álbum nos influenciou bastante”.  A banda Ancestral Diva está em atividade desde 2019 e é oriunda do projeto The Spacetime Ripples, que em 2017 excursionou nos Estados Unidos. Além de Babo e Ze, a formação ainda é constituída pelos músicos Luce Lee (baixo, piano e synths) e Saulo Ferrari (bateria e percussão). 

Ouça Love is Weird, prévia do álbum de estreia de Julia Michaels

Se preparando para o lançamento de seu álbum de estreia, a cantora e compositora Julia Michaels apresentou Love is Weird, a segunda canção do novo trabalho. Contudo, a nova canção mostra a cantora em algo mais intimista. No entanto, nada que os fãs já não estejam acostumados. Love is Weird mescla uma produção arejada e um violão suave, enquanto Julia delicadamente compara os relacionamentos com uma “operação para voltar ao jogo”, antes de admitir que: “O amor é estranho. Não sei como vim parar aqui…Ele aparece e desaparece”. Em resumo, esta hipnótica melodia destaca sua habilidade misteriosa de se sintonizar com emoção. Aliás, Julia também disponibilizou a pré-venda de seu disco, Not In Chronologial Order, com lançamento marcado para o próximo dia 30. Anteriormente, do novo trabalho de Julia Michaels, foram apresentadas as músicas All Your Exes e Lie Like This. Julia falou sobre o álbum. “Eu vi a tracklist do disco na minha cabeça. No início, muito de meu coração partido veio junto, até encontrar um novo amor no final. Essa é a trajetória deste álbum: Eu não estou mais chateada com o amor. Eu sei o que o amor é funcional e que estar apaixonado e hesitar por qual motivo esse amor pode parecer tão perfeito”.