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“Tem o estilo do Nowhere”, diz batera do Ride sobre novo disco; Show em SP é neste sábado

LUCAS KREMPEL E CAIQUE STIVA
Foto: Andrew Ogilvy

Foram necessários 30 anos até a estreia do Ride no Brasil. No entanto, o momento não poderia ser melhor. Dentro do Balaclava Fest, que tem destacado o shoegaze nos últimos anos, a banda britânica chega com um set consistente e prováveis prévias do disco This Is Not a Safe Place. Previsto para 16 de agosto, o álbum já rendeu o single Future Love. Enquanto não chega, o público pode curtir a apresentação da banda. O show será neste sábado, a partir das 19h, na Audio, em São Paulo.

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O baterista do Ride, Laurence Colbert, conversou com o Blog n’Roll sobre o novo trabalho. Segundo ele, apesar do hiato e dos intervalos ao longo da trajetória, a banda manteve a mesma proposta de gravação.

“Geralmente um integrante chega com várias ideias, nós nos reunimos, gravamos e fazemos todos os processos para finalizar o disco. É um processo que funciona bastante para nós. Eu diria que tem muito mais guitarras e muito menos eletrônica. Além disso, é mais pesado e mais escuro. Acho que os fãs antigos vão gostar bastante”.

Colbert conta que 20 músicas foram feitas para This Is Not a Safe Place, mas metade ficará de fora. Das dez selecionadas, quatro foram compostas por ele. “Todos somos compositores e todos contribuem bastante. Algumas a gente ainda vai guardar para o futuro, mas outras a gente descarta. O legal é que todos ajudam de alguma forma”.

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Basquiat entre as inspirações

Entre as inspirações para o disco novo, o baterista citou alguns conceitos do artista nova-iorquino Jean-Michel Basquiat, que teve boa parte de sua obra exposta no Barbican, em Londres.

“Alguns dos conceitos de Basquiat foram importantes para nós. De quando ele explorava as coisas nos anos 1980 por Nova Iorque. Toda a questão da cultura dos sem teto que ele encontrava pelas ruas. A exposição foi uma inspiração. Porque pegamos conceitos disso, mas tem muito mais que isso no álbum. A exposição foi poderosa, mas temos mais coisas”.

Mais shoegaze, menos eletrônico

Se no último álbum, Weather Diaries, de 2017, a banda experimentou um pouco de influências eletrônicas – muito em função do produtor Erol Alkan, a pegada de This Is Not a Safe Place deverá ser diferente. Mas Alkan segue junto. Famoso pelos remixes de Bloc Party, Franz Ferdinand, Daft Punk e Interpol, o DJ foi residente por anos da Trash, clube londrino que abraçou o indie no início da década passada.

“Pegamos muitas influências de post-punk. Guitarras pesadas, principalmente. Tem muito som de guitarra e pouca coisa de música eletrônica. Tem o estilo do álbum Nowhere (debute de 1990), muito mais do que Weather Diaries“.

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Pioneirismo

Embora faça menção ao início da carreira, Colbert acredita que muita coisa mudou na sonoridade e postura dos integrantes no palco. Considerada uma das pioneiras do shoegaze, a banda guarda com carinho esse rótulo.

“Estou contente que estamos inclusos como artistas de shoegaze. É legal ser uma das primeiras bandas nesse estilo. Acredito que Nowhere era um álbum de shoegaze, mas os outros não. Nós estávamos lá quando começou, mas a gente mudou bastante”.

Fã de música eletrônica, o baterista afirma que tem escutado bandas com poucas guitarras. “Gosto muito de música eletrônica, é o que mais escuto no momento. Estou ficando velho, não ouço mais adolescentes com guitarras na mão”.

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Experiência de Andy Bell no Oasis

Ao falar sobre a experiência do guitarrista, Andy Bell, como ex-integrante do Oasis e Beady Eye, o baterista revelou que as ideias do músico foram importantes para o sucesso da banda em 2015, quando anunciaram o retorno.

“Ele tinha muitas dicas de como devíamos fazer nossas turnês. Se não fosse pela experiência dele, não seríamos os mesmos após nossa reunião. Entretanto nos últimos anos essa importância foi diminuindo porque fomos ganhando a nossa própria experiência”.

Serviço

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Balaclava Fest
Com Ride, Wild Nothing, Land of Talk, Terno Rei, Luiza Lian, Vagabon e mais
27 de abril – sábado
Abertura da casa: 17h00
Classificação: 16 anos

Audio – Av. Francisco Matarazzo, 694 – Barra Funda – São Paulo – SP
Capacidade da casa: 3.200 pessoas
Acesso para deficientes: sim
Local para alimentação: sim
Wifi: sim

Venda Ingressos: Bilheteria Audio (de segunda a sábado das 13h às 20h)
Site ou aplicativo Ticket360
Preços: De R$ 150,00 a R$ 390,00
Cartões: Visa, Master, Amex, Hipercard

Pontos de venda Balaclava Fest | Sem taxa de conveniência:
Audio
Av. Francisco Matarazzo, 694 – Água Branca, São Paulo
Próximo ao Metrô Palmeiras – Barra Funda
Horários: Segunda a sábado das 13h às 20h.

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