TNT e HBO Max transmitem Grammys no próximo domingo

A maior celebração da música fará parte da temporada de prêmios na TNT e HBO Max neste domingo (4), com transmissão ao vivo do Grammys. A transmissão começará às 21h30 na Crypto.com Arena, em Los Angeles. Além disso, assim que a transmissão terminar, a festa do Grammys poderá ser revivida na HBO Max, onde ficará disponível por duas semanas. A cobertura completa terá início às 21h30 na TNT, a partir de entrevistas com os artistas direto de Los Angeles e análises de comentaristas especializados. A 66ª edição do Grammys Awards será apresentada pelo quarto ano consecutivo pelo comediante, autor, podcaster e apresentador de televisão Trevor Noah, que tem duas indicações ao prêmio. Além disso, grandes artistas como Billie Eilish, Burna Boy, Dua Lipa, Luke Combs, Olivia Rodrigo, Billy Joel e Travis Scott estrelarão o Grammys, liderando a lista de artistas anunciada até agora. A banda U2 fará ainda uma apresentação especial no Sphere, em Las Vegas, marcando a primeira transmissão de uma apresentação neste espaço, que inaugurou uma nova era de inovação no entretenimento ao vivo. As artistas femininas brilharam nas indicações, com a destacada SZA liderando a lista com um total impressionante de nove indicações, incluindo categorias-chave como álbum, música e disco do ano. Phoebe Bridgers, Victoria Monet e Taylor Swift seguiram logo atrás com 7 indicações cada, enquanto artistas de renome como Billie Eilish (6 indicações), Olivia Rodrigo (6 indicações) e Miley Cyrus (5 indicações) também se destacaram na corrida. Além disso, este ano serão introduzidas três novas categorias: Melhor Performance Musical Africana, Melhor Álbum de Jazz Alternativo e Melhor Gravação de Dança Pop. Estas adições fazem parte de uma série de atualizações implementadas para tornar o processo da 66ª edição do prêmio mais justo, transparente e preciso.
Último show de Elza Soares é exibido por TNT e HBO Max

Dois dias antes de seu falecimento, aos 91 anos, Elza Soares, uma mulher negra que passou anos de sua vida enfrentando o preconceito e a discriminação, realizou o sonho de eternizar a sua música no Theatro Municipal de São Paulo. No dia 5 de novembro, às 20h30, a TNT e a HBO Max exibirão o último show da cantora, o documentário musical inédito Especial Elza Ao Vivo no Municipal, que contém 15 das suas mais icônicas faixas. Do subúrbio do Rio de Janeiro ao sucesso mundial, os registros realizados nos dias 17 e 18 de janeiro de 2022 foram transformados no álbum Elza ao vivo no Municipal, lançado no dia 13 de maio de 2022, Dia de Preto Velho na umbanda e também de resistência ao racismo e abusos cometidos em mais de 300 anos de escravidão no Brasil. A exibição chega à TNT e HBO Max como parte da programação especial do mês da Consciência Negra para relembrar e celebrar a luta contra a opressão. No Especial Elza Ao Vivo no Municipal, foram selecionadas 15 faixas que contam as passagens de sua vida e como ela enxergava o mundo no auge de seus 91 anos. A música Meu Guri, que abre o disco, ganhou clipe inédito com depoimentos da cantora em relação ao corpo, performance, músicas, vestes e adereços. Se Acaso você chegasse, A Carne e Maria da Vila Matilde, entre outras, são gravados em uma mistura de ritmos, repertórios latinos e denunciam o racismo presente na sociedade brasileira. A canções refletem os desafios enfrentados pela cantora conhecida por sua voz rouca e potente. Com linguagem e estilo de documentário musical, o Especial Elza Ao Vivo no Municipal traz uma curadoria de áudios e imagens inéditos de momentos importantes da vida da cantora, o que também evidencia o caráter documental da obra. Gravado durante a pandemia e, por isso, com apenas cinquenta pessoas na plateia, o show tem direção musical de Rafael Ramos, além de roteiro e direção cinematográfica de Cassius Cordeiro.
Crítica | Besouro Azul

Engenharia do Cinema Originalmente previsto para ser uma produção lançada no HBO Max, “Besouro Azul” acabou se tornando um filme voltado para os cinemas depois de David Zaslav assumir como CEO da Warner Bros Discovery (decisão que foi tomada também para “A Morte do Demônio: A Ascensão“). Indo na contramão das produções habituais da DC, a narrativa se foca totalmente ao público latino (Brasil e México, em especial) e temos mais um caso de enredo que funciona parcialmente, por conta de decisões erradas da própria equipe. A história tem início com o jovem Jaime Reyes (Xolo Maridueña), voltando para sua cidade natal depois de se formar em direito. Após descobrir que sua família está com problemas financeiros, ele acaba indo trabalhar na mansão dos Kord, onde tem seu caminho cruzado com Jenny Kord (Bruna Marquezine), que lhe entrega um misterioso artefato. Ao ter contato com este, o próprio acaba assumindo o manto do Besouro Azul. Imagem: Warner Bros Pictures (Divulgação) Por se tratar de um filme que possuiu duas fases durante sua pré-produção (conforme foi dito no primeiro parágrafo), fica nítido que o roteiro de Gareth Dunnet-Alcocer passou por outra mão que não foi a sua, uma vez que os dois últimos atos acabam caindo em total contradição com o que foi apresentado de início. Enquanto no princípio temos uma ótima construção de Jaime, tudo acaba sendo colocado de lado quando ele assume o manto do herói, e é quando sua família acaba ganhando um destaque maior. Sim, o enredo se divide em dar protagonismo para esses dois pólos. Embora Xolo Maridueña esteja nitidamente a vontade no papel, e com uma ótima química com Bruna Marquezine (que está falando muito bem o inglês, mas termina sendo mais uma espécie de Nick Fury, ao invés de interesse amoroso do protagonista), a dupla é deixada de lado quando estamos nos aproximando do arco final. Neste, vemos mais do lado mais altruísta dos Reyes, onde nós temos os Pais (Damián Alcázar e Elpidia Carrillo), a irmã atirada Milagro (Belissa Escobedo), o Tio maluco Rudy (George Lopez, que rouba a cena), e a Vovó “Rambo” (Adriana Barraza, que curiosamente fez parte do elenco de “Rambo 5“). Embora o desenvolvimento deles esteja porcamente escrito, é perceptível que houve boa vontade por parte de todos, na execução em cena. Porém, por se tratar de uma produção cuja premissa é ser mais um enredo na pegada de “Sessão da Tarde“, esses fatores não acabam prejudicando totalmente a obra. Como muitos de nós brasileiros crescemos vendo várias produções mexicanas como “Maria do Bairro“, “Chapolin“, logo iremos identificar várias referências ao redor da narrativa (inclusive na direção do próprio Angel Manuel Soto, que às vezes parece estar guiando uma novela mexicana). Indo ainda mais na contramão da DC atual, os efeitos visuais e as cenas de ação estão bem mais dirigidas e conduzidas (inclusive, a batalha final não chega a ser excessivamente escura e impossível de se ver, como nas últimas produções do próprio gênero). Só que quando vamos para a vilã vivida por Susan Sarandon (que assumiu o papel após a desistência de Sharon Stone), além de ser genérica, se ela não estivesse na produção, não teria feito a menor diferença. “Besouro Azul” não chega a ser a bomba que todos estavam pensando, mas também foge de ser uma obra prima da DC. Só consegue ser divertidinho e gostosinho de ser conferido, sem muito alarde. Obs: existem duas cenas pós-créditos.
Crítica | The Last of Us (1ª Temporada)

Engenharia do Cinema Sendo um dos primeiros grandes sucessos de 2023, a primeira temporada de “The Last of Us” pode ser vista como uma extensão do sucedido Game de Playstation (que abriu uma divisão voltada para filmes e séries). Dividida em nove episódios, a atração entrou para o famoso hall do “ame ou odeie”, mas uma coisa é fato: Pedro Pascal e Bella Ramsey, intérpretes de Joel e Ellie, possuem uma enorme química em cena. Porém, a mesma acaba pecando um pouco ao tentar esquivar em algumas subtramas, que não acrescentam em absolutamente nada no arco central. Após uma pandemia global transformar os seres humanos em zumbis com uma aparência de fungos ambulantes, Joel (Pascal) vive como um mercenário. Em um dos seus trabalhos, ele acaba se deparando com a jovem Ellie (Ramsey), pela qual deve ser levada para uma outra cidade dos EUA. Sem saber exatamente o motivo da importância da garota, ele acaba aceitando a missão. Mas não imaginava os diversos desafios que terá de enfrentar pelo caminho. Imagem: HBO (Divulgação) Um fato nesta primeira temporada, é que os roteiristas Craig Mazin (“Chernobyl“) e Neil Druckmann (criador do game) tinham como base “encher linguiça” para conseguir colocar conteúdo suficiente que desse nove episódios. Embora o arco do game seja ótimo e conseguisse dar tranquilo um conteúdo para esta primeira temporada, há uma divisão de arcos que realmente funcionam e outros que não. Enquanto de um lado temos uma extensão sobre a vida de Ellie e sua relação com Riley (Storm Reid), no outro temos um episódio sobre o romance entre Bill (Nick Offerman) e Frank (Murray Bartlett), pelos quais acabam sendo esquecidos pela própria narrativa já no episódio posterior. A primeira situação é válida, já a segunda soa totalmente forçada e poderia até ser substituída por mais da vida pessoal de Joel e até mesmo seu passado com Tess (Anna Torv). Apesar desses descuidos no roteiro, as cenas de ação e suspense fazem jus a premissa, uma vez que consegue captar nossa atenção nos momentos certos, e até mesmo tirar lágrimas quando menos esperamos. Inclusive, uma vez que vemos os infectados em ação, a adrenalina sempre é muito bem impactante e transposta (inclusive há tomadas em primeira pessoa, realmente bem feitas). Mas ainda sim, isso é mostrado pouco em relação ao game (que conseguia colocar estes em vários cenários). No quesito de atuação, à medida que a atração vai avançando, fica nítido que Pascal e Ramsey nasceram para fazerem os protagonistas desta atração. Além deles serem compatíveis com relação à figura “Pai e Filha”, o entrosamento deles é natural e você acaba cada vez mais interessado em desenvolver estes. Não posso deixar de dizer que ainda existem algumas menções honrosas que devem ser feitas, como as participações breves de Melanie Lynskey (Kathleen Coghlan), Lamar Johnson (Henry Burrell) e Keivonn Woodard (o filho surdo/mudo de Henry, Sam Burrell) e Merle Dandridge (Marlene, que também viveu a mesma no game). A primeira temporada de “The Last of Us” consegue ser bastante fiel ao game, preenchendo algumas lacunas que estavam abertas e deixa um gosto enorme para o segundo ano.
Crítica | Amor e Morte

Engenharia do Cinema Depois da minissérie “Candy“, estrelada por Jessica Biel, ter uma passagem bastante tímida no streaming da Star+, “Amor e Morte” literalmente conta a mesma história, porém com um novo elenco e alcance ainda maior (devido a popularidade do HBO Max). Só que o foco desta produção, dividida em sete episódios e estrelada por Elizabeth Olsen, tem como foco o julgamento da dona de casa Candy Montgomery (interpretada por esta), que foi acusada de assassinar a machadadas a amiga Betty Gore (Lily Rabe). Enquanto a primeira desenrolava os fatos que encadearam este cenário. Tendo como base o livro “Evidence of Love“, de John Bloom e Jim Atkinson, a história mostra a vida da pacata dona de casa, Candy, que após resolver ter um caso com Allan Gore (Jesse Plemons), começa a refletir mais sobre os limites em sua vida. E é neste meio tempo, que ela acaba tendo uma rixa com a esposa deste, Betty, que acaba resultando na brutal morte desta. Imagem: HBO Max (Divulgação) Fica nítido que o showrunner David E. Kelley (“Big Little Lies“) está ciente sobre o fato do espectador não ter de pensar muito sobre o que lhe aguardará no resultado final (ainda mais pela série estrelada por Biel, ainda está fresca na mente do público). Então, ele opta por focar na complexidade que foi o julgamento, uma vez que Candy era vista como uma cidadã exemplar e totalmente com viés conservador. Como estamos falando de uma produção dirigida por dois diretores distintos (Lesli Linka Glatter e Clark Johnson), fica perceptível que a atração se divide em dois tempos. O primeiro é a construção do caso de Betty e Allan, que serve para criarmos simpatia e interesse pela história da dupla e das pessoas ao seu redor. A segunda já nos mostra o cenário jurídico, porém, mesmo se tratando de uma história que ocorreu em 1980, há muitos descuidos no roteiro. Um mero exemplo é a forma como a sociedade trata o crime, e como os familiares de ambos estão vivenciando a situação (uma vez que os EUA sabem dos detalhes, por conta dos noticiários). E fica nítido que poderiam ter ido mais além do que desencontros em cafeterias e mercados, resultando em desperdiço de nomes como Patrick Fugit (“Quase Famosos”) e Krysten Ritter (a Jessica Jones, da Marvel). Em compensação, o projeto serviu também como uma atração que comprova o talento dramático de Elizabeth Olsen (que, nos últimos anos, vinham se reduzindo às produções da Marvel). Mesmo sendo um cenário bastante delicado, conseguimos perceber o grau de psicopatia, medos e injustiças que ela vivencia em sua rotina. Uma lástima que o mesmo não consegue ser transposto por Jesse Plemons (“Ataque dos Cães“), que realmente parece não ter expressão e convicção alguma do que está fazendo (e não é por conta do cenário do seu personagem, e sim porque ele não estava bem neste papel). “Amor e Morte” termina sendo uma interessante minissérie, que não só comprova o talento dramático de Elizabeth Olsen, como também conquista o espectador já em seu princípio.
HBO Max vai exibir show de The Weeknd na Califórnia; veja data

Com cenas capturadas nas três apresentações que realizou entre setembro e novembro de 2022, o show de The Weeknd no Sofi Stadium, na Califórnia (EUA), ganhará transmissão exclusiva no dia 25 de fevereiro, na HBO Max. O show faz parte da turnê de divulgação After Hours Til Dawn, que reúne o repertório de seus mais recentes álbuns, After Hours, de 2020; e Dawn FM, de 2022. Anteriormente, o astro canadense também anunciou as datas da After Hours Til Dawn Tour, com passagens por Rio de Janeiro (7 de outubro) e São Paulo (10 de outubro).
Primeiras Impressões | The Last of Us (1ª Temporada)

Um fato é que essa foi uma das séries mais aguardadas dos últimos tempos. Inspirada no famoso game do Playstation, criado por Neil Druckmann, “The Last of Us” carregou durante anos uma legião de fãs que sempre sonharam em ver a história de Joel e Ellie sendo retratada de forma dramatúrgica nos cinemas ou nas telinhas. Em uma nova empreitada da Playstation, onde a plataforma abriu uma divisão responsável por adaptar seus games exclusivos, ela acabou levando o projeto para a HBO, que assinou com o respeitado cineasta Craig Mazin (“Chernobyl“) para realizar um seriado do mesmo. Durante a vinda de toda a equipe e dos protagonistas para a CCXP22, todos sempre falaram a mesma coisa sobre o resultado final “essa é uma série totalmente fiel ao jogo, mas com algumas alterações com o intuito de responder algumas pontas soltas na história”. E realmente neste episódio piloto só ficou nítida esta sensação. Após uma pandemia global transformar os seres humanos em zumbis com uma aparência de fungos ambulantes, Joel (Pedro Pascal) vive como um mercenário. Em um dos seus trabalhos, ele acaba se deparando com a jovem Ellie (Bella Ramsey), pela qual deve ser levada para uma outra cidade dos EUA. Sem saber exatamente o motivo da importância da garota, ele acaba aceitando a missão. Mas não imaginava os diversos desafios que terá de enfrentar pelo caminho. Imagem: HBO Max (Divulgação) É nítido que desde o primeiro segundo da obra havia um nítido respeito dos envolvidos pela adaptação, em relação ao jogo. Agora existe um contexto maior explicando que o caos já estava se formando realmente muitos anos antes do imaginável (e o próprio ser humano levava tudo na brincadeira, pois não acreditava na gravidade da fala dos cientistas), e a importância de alguns objetos mostrados no próprio jogo, como o relógio que a filha de Joel, Sarah (Nico Parker) lhe dá antes do surto começar (e que é sempre citado até mesmo durante o segundo game). São estes pequenos detalhes que fazem a história da série chamar atenção até mesmo dos fãs mais viciados do mesmo. Com cenas totalmente semelhantes em algumas horas, inclusive a fotografia se assemelha e muito há momentos do game (inclusive há tomadas em primeira pessoa, dentro do carro), principalmente no arco que envolve a fuga de Joel, Sarah e Tommy (Gabriel Luna). Os efeitos visuais também estão realmente impactantes, e se assemelham e muito ao cenário apocalíptico proposto (com detalhes totalmente semelhantes ao jogo). Porém, neste primeiro episódio o show é mesmo de Pedro Pascal, que realmente mostra que é totalmente compatível para a escolha de interpretar Joel. Ainda é bastante cedo para falar que Bella Ramsey fez uma boa Ellie, pois ela aparece relativamente pouco neste episódio (que possui cerca de 80 minutos). Em seu episódio piloto, a série de “The Last of Us” chega provando que assim como seu game, nasceu para ser uma das maiores produções em formato de seriado, na história. Engenharia do Cinema
The Last of Us tem teaser divulgado pela HBO Max; assista!

The Last of Us, a série dramática original da HBO baseada no aclamado videogame de mesmo nome, desenvolvido pela Naughty Dog exclusivamente para plataformas PlayStation, estreará em 2023 na HBO Max e no canal HBO. Nesta segunda-feira (26), a HBO divulgou um teaser da série. A série contará a história do que acontece vinte anos após a civilização moderna ser destruída. Joel (Pedro Pascal), um sobrevivente experiente, é contratado para contrabandear Ellie (Bella Ramsey), uma menina de 14 anos, para fora de uma zona de quarentena opressiva. O que começa como um pequeno trabalho logo se transforma em uma viagem brutal e dolorosa, pois os dois devem atravessar os EUA e dependem um do outro para sobreviver. The Last of Us é estrelada por Pedro Pascal, como Joel. Na história, Bella Ramsey interpretará Ellie, Gabriel Luna será Tommy, enquanto Anna Torv será Tess. Também são protagonistas Nico Parker como Sarah, Murray Bartlett como Frank e Nick Offerman como Bill. Storm Reid será Riley, Merle Dandridge fará de Marlene. Jeffrey Pierce estrelará como Perry, Lamar Johnson como Henry e Keivonn Woodard como Sam. Além disso, a produção também contará com as participações de Graham Greene como Marlon, Elaine Miles como Florence, Ashley Johnson e Troy Baker.
Crítica | Pacto Brutal: O Assassinato de Daniella Perez

Engenharia do Cinema Com toda certeza essa foi uma das produções nacionais que entrará para a história como uma das mais impactantes nos últimos anos. “Pacto Brutal: O Assassinato de Daniella Perez” narra toda a trajetória de como ocorreu o inescrupuloso assassinato da atriz Daniella Perez, em dezembro de 1992, pelo próprio colega de novela dela, o também ator Guilherme de Pádua e sua esposa Paula Thomaz. Dividido em cinco episódios, a atração conta com vários depoimentos (em grande parte pela mãe da própria, a roteirista Glória Perez). Os diretores Guto Barra (que também cuidou do roteiro deste documentário) e Tatiana Issa procura traçar a história na perspectiva total da família de Daniella, e seus vários amigos (afinal, ela era uma atriz e bailarina com 22 anos e estava em tremenda ascensão na carreira). E é nítido que tanto Glória, quanto Raul Gazolla (que era casado com Daniella) ainda demonstram enorme amor por ela até hoje, e se sentem sem entender tudo que ocorreu. E isso é transposto para nossa pele, e sentimos por completo a dor deles (inclusive, é inevitável se emocionarmos). Imagem: HBO Max (Divulgação) Mas o que é interessante, é o fato da história ser contada em forma de um verdadeiro quebra-cabeça, pois além da dupla citada, há vários depoimentos de personalidades da época e que cercavam Daniella como Alexandre Frota, Fábio Assunção, Eri Johnson e muitos outros parentes da atriz como o irmão, tio e primos. Sempre acompanhados de cenas das investigações, imagens televisivas e até mesmo reconstituições. E facilmente somos transportados ao contexto turbulento, que mexeu com todos os envolvidos durante boa parte dos anos 90/inicio dos anos 2000. Porém, em momento algum a narrativa tenta justificar ou até mesmo defender Guilherme e Paula, muito pelo contrário, é apresentado por intermédio de depoimentos de pessoas que conviveram com ambos (dentro e fora da prisão) sobre o quão a personalidade da dupla sempre foi doentia e que estavam dispostos a tudo por ter holofotes. Por que eles não estão presentes fisicamente falando neste documentário? Porque simplesmente estamos falando de um projeto que foca totalmente na família da vítima, e o quão eles mesmos tentaram a todo custo até bater de frente com a justiça brasileira para conseguir fazer a lei ficar melhor (algo que raramente é até mostrado em nosso cinema e dramaturgia). “Pacto Brutal: O Assassinato de Daniella Perez” é uma das mais fortes e necessárias minisséries nacionais lançadas nos últimos anos, e nos faz refletir o quão a sociedade brasileira está cada vez mais denegrida.