Tarcísio Meira morre aos 85, vítima de Covid-19
Dusty Hill, do ZZ Top, morre aos 72 anos
O baixista do ZZ Top, Dusty Hill, morreu nesta quarta (28) na casa dele, no Texas (EUA). Os companheiros de música, o guitarrista Billy Gibbons e o baterista Frank Beard, lamentaram a morte em um comunicado. “Estamos tristes com a notícia de que nosso compadre, Dusty Hill, faleceu enquanto dormia em sua casa em Houston. Nós, junto com legiões de fãs do ZZ Top em todo o mundo, sentiremos falta de sua presença constante, sua boa natureza e compromisso duradouro em fornecer aquela base monumental para o Top’”, disseram. De acordo com o TMZ, não está claro se a morte de Dusty, que ao lado de Gibbons marcou o rock, está de alguma forma relacionada a uma questão de saúde recente. Semana passada, o grupo anunciou que uma lesão no quadril obrigou o baixista a abandonar uma série de shows nos EUA. Dusty é um dos membros fundadores originais do ZZ Top, sendo o baixista principal e vocalista secundário. Aliás, ocupava a posição desde que a banda de rock foi lançada em 1969. Entre os maiores hits do trio estão Gimme All Your Lovin‘, La Grange, Sharp Dressed Man e Jesus Left Chicago.
Joey Jordison, fundador do Slipknot, morre aos 46 anos
O baterista Joey Jordison, ex-integrante e fundador da banda de metal Slipknot, morreu aos 46 anos. A informação foi confirmada pela família dele e a causa da morte não foi divulgada. A declaração diz: “Estamos com o coração partido por compartilhar a notícia de que Joey Jordison, prolífico baterista, músico e artista faleceu pacificamente enquanto dormia em 26 de julho de 2021. Ele tinha 46 anos”. “A morte de Joey nos deixou com o coração vazio e sentimentos de tristeza indescritível. Para aqueles que conheceram Joey, entenderam sua inteligência rápida, sua personalidade gentil, coração gigante e seu amor por todas as coisas familiares e musicais.” Segundo o site TMZ, não foram encontradas drogas ilícitas na casa onde Jordison foi encontrado. Um legista irá ainda examiná-lo para descobrir o que o teria levado a óbito. Em 2016, durante a premiação Metal Hammer Golden Gods Awards, o baterista revelou que sofria de uma doença neurológica. “Eu fiquei muito, muito doente com uma doença horrível chamada de mielite transversa. Eu perdi [a habilidade das] minhas pernas. Eu não conseguia mais tocar. É uma espécie de esclerosa múltipla, que eu não desejaria ao meu pior inimigo. Eu me reergui, passei a frequentar a academia e voltei para a porra da terapia para acabar com essa merda.” Joey ajudou a fundar o Slipknot em meados da década de 1990, sendo fundamental na fase clássica da banda. Ele deixou o grupo em dezembro de 2013 sem revelar o motivo. O baterista posteriormente emitiu um comunicado dizendo que não havia abandonado o grupo. Em 2014, o vocalista Corey Taylor disse à Metal Hammer que despedir Jordison após 18 anos foi “uma das decisões mais difíceis” que o grupo já fez, acrescentando que Joey estava “em um lugar em sua vida” que “não é onde estamos”. O atual baterista do Slipknot é Jay Weinberg, filho do baterista de longa data de Bruce Springsteen, Max Weinberg. Em 2018, Jordison completou uma turnê europeia com o supergrupo de death metal Sinsaenum.
Kevin Clark, ator de “Escola de Rock”, morre aos 32 anos
Fábio Figueiredo, ex-vocal do John Wayne, morre aos 34, vítima da covid-19
Fábio Figueiredo, ex-vocalista da banda paulistana John Wayne, morreu neste domingo, aos 34 anos, vítima de complicações da covid-19. Em suma, o músico, que sofria de diabetes, foi infectado pelo vírus recentemente. Posteriormente, a situação evoluiu para um quadro de pneumonia e tuberculose. No entanto, apesar do momento delicado, o ex-integrante do John Wayne, um das bandas mais festejadas do underground nacional, chegou a ter alta do hospital, após uma forte melhora. Logo em seguida, de volta ao trabalho, ele voltou a sentir sintomas e não resistiu. Nas redes sociais, o perfil da banda John Wayne colocou uma linda nota de despedida. Nota oficial: é com imensa tristeza e dor que comunicamos, que o Fah, nosso amigo, primeiro vocalista e eterno irmão… Publicado por JohnWayne em Domingo, 31 de janeiro de 2021
Guitarrista do The Animals, Hilton Valentine morre aos 77 anos
O guitarrista da formação original do The Animals, Hilton Valentine, morreu na sexta-feira (29), aos 77 anos. A causa do óbito não foi revelada. Valentine começou sua carreira com a banda The Wildcats. Contudo, sua forma de tocar atraiu o interesse de Chas Chandler, Alan Price e Eric Burdon, que o recrutaram para se juntar ao seu novo grupo The Animals, em 1963. Aliás, sua adição mais a do baterista John Steel completaram a formação original de uma das maiores bandas da história. O músico permaneceu com o grupo até 1966, quando uma nova formação foi lançada sob o nome de Eric Burdon and the Animals. Em resumo, os grandes momentos de Valentine com o Animals foram nos singles House of the Rising Sun, I’m Crying, Don’t Let Me Be Misundersained e We Gotta Get Outta This Place. Posteriormente, o guitarrista fez parte de várias reuniões com o grupo, antes de sair definitivamente em 2001. Como artista solo, lançou alguns discos. Logo depois, passou a gravar alguns trabalhos com a banda Skiffledog.
Lendário apresentador Larry King morre aos 84 anos, vítima da covid-19
Opinião | Sylvain Sylvain e o New York Dolls me moldaram como artista
Comecei a ouvir New York Dolls quando eu tinha 14 anos, em 1993. À época, estava descobrindo o punk rock e absorvendo informações numa velocidade absurda. Era tudo muito confuso, ainda mais para um roqueiro jovem que até que conseguia ser bem eclético dentro de todas as ramificações do gênero. Me lembro de uma entrevista do Johnny Rotten esculachando os Rolling Stones e aquilo me marcou, justamente porque amava os Stones tanto quanto amava os Pistols. Queria entender o porque das coisas serem assim. Posso dizer que a partir desse momento essas divisões preconceituosas, que existem dentro do gênero, começaram a me incomodar. Não à toa, meu interesse pelo New York Dolls crescia de forma incontrolável. Em todas as revistas que me deparava com alguma notinha sobre a banda, eles eram mencionados como pais do punk, protopunk, mas o que sempre vi foi uma grande banda de rock. Na verdade, enxergava a banda como uma versão punk crossdresser do Stones (Johansen sempre me lembrou o Mick Jagger). Portanto, não demorou muito para se tornar uma das minhas favoritas. Consegui gravar uma fita K7 em uma loja de discos, com a coletânea Rock n’ Roll, lançada em 1994, e ia para cima e para baixo ouvindo no meu toca fitas portátil. Não era bem um walkman, mas uma versão de baixo custo, que tocava as faixas um pouco mais rápidas quando a pilha estava forte e mais lerdas quando estavam acabando. Adorava todas as faixas, em especial a Trash, que por um acaso era de autoria do grande Sylvain Sylvain. Tempos depois me lembro de tocar ela em alguns ensaios do The Bombers. Punk rock de forma diferente Conhecer o New York Dolls me fez enxergar o punk rock de uma forma totalmente diferente. Era possível ser punk e rock ao mesmo tempo. Juntando isso com o visual andrógino adotado pela banda, o Dolls me mostrou que não existiam regras. Não existia um dress code ou cartilha para ser punk. Não era necessário ostentar um moicano ou algum outro clichê para ser punk. Em 1997, surrupiei de alguém minha primeira edição do livro Mate-me por favor, do Legs McNeil e Gillian McCain. Pirei! O New York Dolls era exatamente o que procurava em uma banda. O reconhecimento deles na comunidade musical e a postura que tiveram durante a sua primeira meteórica encarnação me encantaram. Posso dizer que me moldaram em diversos aspectos como artista (e não só pelas roupas com estampas de oncinha e guitarras semiacústicas). Passagem pelo Brasil Em 2004, a banda se reuniu. Posteriormente, em 2008, pude realizar o sonho de vê-los ao vivo, no mítico Hangar 110. Foi uma emoção indescritível ver meus heróis no mesmo palco que já havia tocado diversas vezes. O que mais me chamou a atenção foi o quão incrível era a dupla Sylvain Sylvain e David Johansen. Isso me fez perceber o quanto que perdi por só ter prestado atenção no papel do Johnny Thunders como guitarrista. Aliás, em 2006, eles já haviam lançado o incrível One day it will please us to remember even this e eu já deveria ter me ligado. Afinal de contas, mesmo desfalcado do lendário Thunders, o DNA da banda se manteve intacto. Comecei a prestar mais atenção no Sylvain, na sua carreira pós Dolls (The Criminal$ é um absurdo de tão bom), nos seus heróis musicais e acabei entendendo a importância da sua influência no material produzido pela banda. Sua postura também me agradava muito. Uma vez questionado sobre a importância do legado do New York Dolls, soltou a seguinte pérola… “Lotar arenas para mim é chamado de sucesso apenas no mundo dos negócios da música. Nós tivemos sucesso com as pessoas. Tivemos sucesso com os artistas. Sucesso com os oprimidos. Tivemos sucesso com os esquisitos. Esse sucesso dura para sempre, porque são eles que estão criando tudo”. Infelizmente Sylvain nos deixou após lutar bravamente contra um câncer por mais de dois anos e meio. Sua música e postura, no entanto, viverão para sempre. Obrigado por tudo mestre! Hoje passei o dia inteiro ouvindo sua obra e você deveria fazer o mesmo.